quinta-feira, março 31, 2005

Comparações, com as devidas diferenças
Na sua última edição, o jornal Finantial Times, pela pena de Peter Wise, faz um retrato brilhante sobre a actual conjuntura do nosso País. Um suplemento dedicado a Portugal, que muito nos deve orgulhar perante os nossos parceiros europeus. Escrevo orgulhar, pelo facto do Finantial Times nos dedicar algumas das suas páginas e não pela matéria que o justifica.
A dada altura, Wise (se bem recordo, é assim que se escreve o nome do jornalista) refere que os próximos tempos vão ser difíceis para os portugueses, uma vez que a situação economia poderá vir a melhorar num futuro a médio prazo (vá lá, vá lá) e não a curto prazo, como muitos de nós gostaríamos. E que o nosso principal objectivo deve ser o de arrumar a casa (entenda-se purificar todos os sectores da nossa sociedade) e só depois sonhar em ganhar peso no exterior, junto dos centros de tomada de decisões.
De repente, esta análise faz-me lembrar o meu Beira-Mar. Como é que nós queremos sonhar com voos altos no campeonato se internamente as soluções encontradas só dão para o torto! Exemplos? Stellar Group; jogadores contratados que são vistos em horas impróprios e em locais impróprios; completo abandono das actividades ditas amadoras (basquetebol, etc.); novo Estádio; acordo com a Cãmara Municipal de Aveiro; etc. Também nós temos, ou pelo menos tínhamos, um dirigente na Liga mas isso de nada vale, nem nunca valeu.
Será que Peter Wise acompanha assim tão de perto o meu Beira-Mar e, desse modo, arranjou inspiração para escrever tão acertadamente sobre Portugal?

terça-feira, março 29, 2005

"O futuro permanece escondido até dos homens que o fazem"
France, Anatole
Segundo alguma imprensa regional, Artur Filipe, dedicado beiramarense, mostrou disponibilidade para tomar conta dos destinos do meu Beira-Mar. Ao que se julga, com o apoio inequívoco de Caetano Alves! Para Mano Nunes, está reservado o lugar de Presidente da Mesa da Assembleia Geral. Curioso. Só de me lembrar as trocas de "galhardetes", durante o período de camapnha eleitoral para as últimas eleições, entre Artur Filipe e Mano Nunes, não posso deixar de ficar admirado estas "amizades" tão coloridas!
Alguém me pode explicar o que se está a passar?

segunda-feira, março 28, 2005

Um valor seguro dentro e fora dos relvados

A chegada de Hassan Ahamada ao meu clube começou por ser uma verdadeira incógnita. Poucos conheciam o jogador Ahamada. As suas credenciais eram, no entanto, válidas: já actuou com a camisola das camadas jovens da selecção francesa e que alinhou pelo Nantes na Liga dos Campeões. Mesmo assim, porém, só o próprio técnico Luís Campos é que parecia, no início, ser o único a dar o devido valor ao jovem extremo jogador.
Após um período inicial de adaptação a uma nova realidade, Ahamada começou a mostrar os seus dotes de futebolista. Sendo certo que ainda possam existir alguns cépticos entre a massa associativa do Beira-Mar, Hassan Ahamada já deu um ar da sua graça. No último encontro em casa, diante do Estoril, marcou o seu primeiro golo ao serviço do meu Beira-Mar. Foi ao minuto 57 que valeu o empate depois de João Paulo, ex-Beira-Mar, ter aberto o activo. No último jogo-treino, frente ao satélite Avança, apontou quatro tentos na vitória por 8-3.
Durante a sua formação, apenas representou três emblemas. O AS Cavale Blanche, de 1987 a 1992, o Stade Brestois 29, de 1992 a 1996, e o Nantes, de 1996 a 1999. E foi precisamente nesta forte formação francesa que Ahamada deu os seus primeiro passos enquanto profissional. Agora, com o emblema do Beira-Mar ao peito, Ahamada procura ajudar o clube a manter-se na SuperLiga. Já actuou em oito jornadas, tendo realizado cinco encontros completos e em apenas três não esteve em campo o jogo todo, num total de 565 minutos.
Fora dos relvados, Hassan Ahamada mostra ser uma pessoa muito dada e extremamente simpática. Fazendo-se sempre acompanhar da sua mulher e da sua pequena Llena, Ahamada não dispensa a companhia do seu amigo Ali.
Porque, na minha opinião, não são só os dotes de futebolista que devem pesar na decisão de contratar um jogador para envergar a imponente camisola auri-negra, Ahamada, pela sua postura dentro e fora dos relvados, tem demonstrado valor para representar e dignificar o emblema da instituição Sport Clube Beira-Mar.
Por mim, Ahamada tem lugar garantido no plantel do meu clube durante as próximas épocas. Basta que ele queira e o Beira-Mar consiga negociar o seu passe.
Ah! É verdade: e que consiga a importante e imprescindível manutenção.

terça-feira, março 22, 2005

Como é que poderei cativar...

Ontem, no intervalo do Sporting - FC Porto, dirigi-me para a sede do meu Partido, PPD/PSD, para participar no plenário concelhio. Este é um evento que muito prezo na medida em que sempre gostei de reuniões que envolvessem os dirigentes, quer sejam partidários, desportivos, ou de outra natureza uma vez que se disponibilizam, perante os seus pares, para o debate de ideias e consequentes soluções.
Mas não é sobre o plenário do meu PPD/PSD que queria partilhar este espaço. O motivo deste post tem a ver com um diálogo que mantive, em plena Lourenço Peixinho, com um grande amigo que já não o via há algum tempo. Tentarei, o mais fidedignamente possível, transcrever o diálogo. Aqui vai:
Amigo: Sérgio Loureiro!, Sérgio Loureiro!
Sérgio Loureiro (SL): Ora viva. Está bom? Há quanto tempo não o via. Tem andado afastado de Aveiro?
Amigo: Continuo a viver em Aveiro. Acontece que o meu emprego me obriga a ausentar-me frequentemente para o estrangeiro. (Abro um parênteses para informar que ele é director comercial de uma multinacional).
SL: Isso explica tudo. Então e o bebé, já nasceu?
Amigo: Sim, já sou pai de um rapagão. E já tem cinco meses!
SL: Então os meus parabéns e à mãe também. Como é que ele se chama?
Amigo: Francisco.
SL: Curioso! Quando for pai e se for menino é precisamente esse o nome que irei dar ao meu filho.
Amigo: Tenho lido os seus artigos no Diário de Aveiro. Isso é que é uma fé na permanência do seu Beira-Mar na SuperLiga! Por você, o clube, além de nunca descer, estaria todos os anos a lutar pelo título.
SL: O que é que quer?! É uma relação que nem consigo explicar. Para mim, o Beira-Mar é o melhor clube. E estando nesta situação, julgo que é meu dever, através do Diário de Aveiro, fazer acreditar as pessoas de que é possível a manutenção. Se não somos nós, sócios e adeptos, a acreditar quem será? A Académica?, o Estoril?, o Moreirense?
Amigo: Homem, você tem razão! Mas que o clube está em maus lençóis, lá isso está! Já agora, que é entendido no Beira-Mar (coisa que discordo! Sou tão entendido como qualquer sócio ou adepto) dê-me uma ou duas razões válidas para me tornar sócio do seu Beira-Mar.
Bom. Confesso-vos que foi o bom e o bonito. Este meu amigo nem é de Aveiro; sempre o conheci como grande portista. De repente, senti o chão a fugir-me dos pés.
SL: Então... quer dizer... o Beira-Mar não é só futebol...
Amigo: Espere lá, Sérgio Loureiro, mas desde sempre ouvi dizer que o clube privilegia o futebol em detrimento das modalidades ditas amadoras.
SL: É mais ou menos verdade. A nossa classificação não ajuda nada a cativar as pessoas; o nosso futebol não é dos mais encantadores a nível nacional... Obviamente que existem mais do que uma razão...
Amigo: Peço-lhe ao menos uma!
E eis que me vem à cabeça a mais brilhante das razões para cativar uma pessoa a ser sócia do clube.
SL: Olhe, fica a ser meu convidado para assistir à grande festa da permanência na SuperLiga na última jornada do campeonato. Não conheço ninguém melhor que os beiramarenses e aveirenses quando chega a hora de festejar uma qualquer conquista por parte do clube. Ao ver o ambiente, certamente quererá ser sócio deste grande clube.
Amigo: E você teima em acreditar na permanência. Mas tudo bem, fica combinado!

segunda-feira, março 21, 2005

ESTAREI A SONHAR?
"O SC Beira-Mar foi a melhor equipa. Fomos uma equipa equilibrada. O Belenenses, se me recordo, apenas teve uma oportunidade e, de resto, não conseguiu chegar à nossa baliza".
Luís Campos, in beiramar.pt
Será que existe alguma confusão de jogos? Confesso que não fui ao Restelo. Mas, por aquilo que tenho lido, o Belenenses, infelizmente, dominou o jogo; o Beira-Mar foi uma verdadeira sombra dele mesmo. Uma oportunidade de golo para os azui do Restelo? Mas eles não marcaram dois golos? Queres ver que eu, enquanto sócio, ando a ser gozado por este cavalheiro?
Perdoa-lhes Paulino, mas eles não sabem mesmo o que fazem!

sexta-feira, março 18, 2005

Ao telefone com... Fusco
Ontem, por dever profissional, telefonei ao meu amigo Fusco. Admito que já tinha saudades de ouvir o Fusco. Assim como todos os beiramarenses sentem , por certo desde que ele partiu, imensas saudades de um homem que sabia, como poucos, usar a faceta de capitão de equipa: para chegar ao treino era o primeiro a aparecer; quando terminava o treino detinha-se a falar com treinadores, jogadores e era o último a entrar no balneário; depois do banho era o último a sair. Este homem fez esperar e desesperar os jornalistas que queriam falar com ele!
A última vez que estive com o Fusco foi em Setúbal. Mesmo a jogar no Pinhalnovense, o nosso Fusco continua a gostar imenso do Beira-Mar. Quando o encontrei, estava feliz com a vitória da equipa no campo do Setúbal. Partilho convosco a situação que, na altura, aconteceu. O Fusco estava a abandonar as instalações do Estádio quando teve o "azar" de passar junto ao sector dos Ultras Auri-Negros. Foi desde logo "engolido" por abraços e cumprimentos. E isto só acontece a quem merece. Ele merece muito mais.
A conversa que nós tivemos, e que irá ter honras de publicação na edição de amanhã do Diário de Aveiro, foi, como é óbvio, sobre o próximo jogo do Beira-Mar diante do Belenenses. Fusco não teve dúvidas em afirmar que a recuperação auri-negra teve início na recente vitória sobre o Estoril. E que o Beira-Mar iria ganhar ao Belenenses. Como nota de curiosidade, Fusco lembrou que o nosso clube recentemente foi ao Restelo derrotar os azuis de Belém por claros 5-0 "com quatro golos do Fary".
Ao recordar tal facto, Fusco demonstrou enorme felicidade.
Como sei que ele é frequentador assíduo de tudo o que existe sobre o nosso Beira-Mar na blogoesfera, aproveito mais esta oportunidade para lhe mandar um forte abraço, votos de que o "seu" Pinhalnovense continue a liderar a zona sul da segunda divisão B e que sinto, cada vez mais, que o futuro do Fusco passa pelo meu Beira-Mar. Isto não é uma convicção, é uma firme certeza.

quarta-feira, março 16, 2005

"A confiança que temos em nós mesmos, reflecte-se em grande parte, na confiança que temos nos outros"
La Rochefoucauld, François
Como é do conhecimento público, pelo menos para todos aqueles que têm a santa paciência de lerem os meus textos, tenho uma enorme confiança que o meu Beira-Mar se vai manter na SuperLiga. É uma daquelas coisas que só os grandes e verdadeiros beiramarenses sentem e acreditam. Então, depois da vitória deste Domingo diante do Estoril...
Bom, mas aquilo que gostava de partilhar convosco tem a ver com uma aposta.
Ontem, depois de almoçar, resolvi ir ao barbeiro. Coisa pouca usual uma vez que quando vou tratar da minha aparência exterior (nós homens também somos um pouco vaidosos, confesso) faço-o ao fim do dia e, na maior parte das vezes, ao Sábado. O meu barbeiro de sempre também é sócio do Beira-Mar. Acontece que este ano vive descrente e já deixou de ir ao futebol. Como gosto de provocar, no bom sentido, as pessoas teimei com ele que o Beira-Mar se ia manter na SuperLiga. Contrariou-me, sempre, que não. Após alguma discussão, sempre baseada na boa-educação, chegámos aquilo que mais queria. Uma aposta entre os dois. Se o Beira-Mar ficar na SuperLiga, corta-me, por uma vez, o cabelo gratuitamente. Se descer, por uma vez pago o dobro. Tal e qual como fizemos na recta final da temporada 2002/2003.
Cá para mim, sinto que acabei por poupar 8 euros...

terça-feira, março 15, 2005

"Os livros podem ser divididos em dois grupos: aqueles do momento e aqueles de sempre"
Ruskin, John
Ontem, ao final do dia, disse à minha esposa que queria ir ao Porto. Mais propriamente à FNAC - passe a publicidade - para ver alguns livros temáticos. Após alguma hesitação, pesando os prós e os contras, lá chegámos à conclusão que o dia de ontem era o ideal para passarmos algumas horas na minha pesquisa livreira. Como a minha esposa vai ter dois exames, quase seguidos, na universidade, não queria que quando começasse a estudar, tivesse que interromper os estudos.
Chegados àquele enorme mundo comercial, como é o NorteShopping, jantámos primeiro. Depois, entrei no meu mundo! Quando me vejo no meio dos livros, esqueço a realidade exterior. É uma sensação única de pura liberdade. Quis, em primeiro lugar, ver quais as novidades sobre comunicação. Havia, de facto, muita coisa. Aproveitei a oportunidade e comprei alguns. Nem vou aqui escrever o valor que gastei. Uma exurbitância. Os livros estão caros. É um facto. Mas alguns deles custam verdadeiras fortunas. Aquilo que fiz, foi um arrombo nas nossas economias. Mas, enfim, está feito, está feito.
Entretanto, enquanto lá estava e a minha esposa se entretia a folhear uns quantos, dei uma «espreitadela» em livros de desporto. Verifiquei o quanto se pode fazer na gestão do meu Beira-Mar para ser um caso de sucesso em todas as modalidades. Fazendo uma comparação sobre aquilo que li e a realidade do meu clube, chego à conclusão que temos tanto que fazer...

segunda-feira, março 14, 2005

Renascer das cinzas
Olha, olha! Afinal os beiramarenses sempre disseram presente. E a equipa ganhou. Pelo menos, valeu pela vitória, já que a exibição... O que conta mesmo são os três pontos. Obrigado Aveiro. Agora vamos ao Restelo jogar para ganhar. Voltamos a acreditar. Por Aveiro e pelos aveirenses; pelo Beira-Mar e pelos beiramarenses.

sexta-feira, março 11, 2005

"A coragem significa um forte desejo de viver, sob a forma de disposição para morrer"
Chesterton, Gilbert
São apenas 10 jogos para o final da SuperLiga. Dez partidas para grandes jogadores que saibam honrar e dignificar a camisola auri-negra. Mas também são 10 finais em forma de desafio para os sócios e adeptos do SC Beira-Mar. Nesta hora saibamos dizer presente; saibamos mostrar que estamos com a instituição e queremos que este clube grande continue entre os grandes. Porque é mais do que certo que para o ano tudo será diferente. E se alguns anos atrás a mensagem passada era "Stop ao sobe e desce" a próxima mensagem, dos sócios e adeptos para os responsáveis, tem que ser "Stop ao constante sofrimento nos finais dos campeonatos".

quarta-feira, março 09, 2005

"Todo o homem é culpado do bem que não fez"
Voltaire
Os verdadeiros culpados
Passei o dia de ontem ansioso pelo início do treino do meu Beira-Mar. Queria que as 15h e 30 m chegassem o mais rapidamente possível. A minha maior preocupação consistia em saber qual o treinador que iria orientar o treino: se Paulino (na melhor das hipóteses) se... Luís Campos (na pior de todas as hipóteses). Depois de um telefonema, a triste notícia. O treino começou com Luís Campos a orientá-lo! Que tristeza a minha. Mais uma semana de contínuo sofrimento e o depositar de esperanças nalguns jogadores para levar de vencida o Estoril.
Depois, mais para o final do dia, vejo que um responsável do meu clube veio a terreiro culpabilizar o plantel. Pergunto: serão todos os jogadores culpados? Eu venho a público afirmar que a maior parte da culpa vai inteirinha para quem despediu António Sousa; para quem assinou o protocolo com o Stellar Group; para quem não toma uma atitude firme para com a Câmara Municipal de Aveiro (não me esqueço que a tal reunião clarificadora estaria prevista para ter lugar no final de 2004); para quem construíu este plantel; para quem não manteve Paulino, como treinador, a seguir ao jogo com a Académica; para quem foi buscar (ui, que arrepio) o Luís Campos. Alguém é capaz de adivinhar, afinal, a quem estarei eu a apontar a culpa pela situação do meu Beira-Mar?

N.B.: grande texto, ontem no Diário de Aveiro, dos representantes da última equipa sénior de basquetebol do meu Beira-Mar. Um conjunto de verdades que devem corar de vergonha o tal pai e o tal filho.

terça-feira, março 08, 2005

Beira-Mar, queres ficar na SuperLiga? Então ouve este apelo

A pergunta é simples e bastante objectiva. Aqui, só cabem duas respostas. Ou o Beira-Mar quer, ainda, ficar na SuperLiga ou, pelo contrário, quer deixar tudo como está e esperar tranquilamente pelo final deste penoso, horrível e repugnante campeonato, que está a fazer a da jornada que passa, e cair da Divisão de Honra.
Ficarmos pior do que aquilo que já estamos já não é possível. Somos a chacota da SuperLiga, somos umas verdadeiras vitaminas para toda e qualquer equipa que se encontre em situação aflitiva. Neste momento, os clubes que ainda faltam jogar connosco apenas e só têm um desejo; que a jornada diante do Beira-Mar seja o mais cedo possível de forma a somar três pontos. Então, se calha em jogarem no Estádio Mário Duarte, se lhes permite em vir jogar a Aveiro na suposta casa do adversário, já se sabe, à partida, que no mínimo um ponto está garantido. Mais, veja-se o ridículo da situação: se o clube que vier jogar a Aveiro empatar, esse clube sai daqui com a perfeita noção de que perdeu dois pontos minimizando o ponto alcançado.
Pior que isto, não pode haver meus amigos. Viajamos de cidade em cidade para servirmos de tranquilizadores a quem está mal. Depois vêm alguns descarregar toda a ira nos árbitros. Coitados, terão que ter sempre as costas largas para os eternos perdedores. Pelo amor de Deus, apanhem juízo e corem de vergonha ao ver a equipa a arrastar-se em campo.
Reparem bem que para se fazer o jeito ao Benfica, pobrezinhos certamente não têm um plantel tão equilibrado como o nosso, adiámos o jogo para quinta-feira. Eles, o Benfica que anda pelas ruas da amargura fora da luta pelo título, quase a descer de divisão procurando salvar a época através da Taça de Portugal, lá tiveram o nosso jeito porque, como todos sabemos, temos praticamente duas equipas e a temporada está mais do que feita. Por favor, tenham um pingo de dignidade e façam o favor de não afundar ainda mais o barco que mete água por todos os lados. O que é que ganhámos com esta troca: uma goleada das antigas diante de um rival da zona centro. Vamos a qualquer lado e é sempre a mesma coisa. Um desassossego tremendo. Será que nós, aveirenses, merecemos isto? Que mal fizemos nós para sermos gozados e vaiados nas bancadas pelos adeptos adversários?
Mesmo assim, perante este cenário apoteótico e negro, sabendo que se torna cada vez mais difícil inverter este rumo negativista, ainda me dou ao trabalho de pensar numa solução. Numa outra solução, para ser mais preciso. Já que não querem voltar a jogar no velhinho e funcional Mário Duarte, ao menos mudem de treinador. Apelo ao mais profundo sentimento beiramarense da direcção e promovam o Paulino a treinador principal. Ele é, neste momento, o homem mais indicado para levantar a moral dos jogadores, ele conhece cada um dos atletas e sabe perfeitamente retirar o melhor rendimento de cada um deles; deixem-no escolher a sua equipa técnica porque ele é o treinador mais indicado para ainda dar alguma dignidade, brilhantismo e ousadia a esta equipa que se arrasta pelos campos de futebol. Tenham esse bom senso e verão que o Beira-Mar ainda vai dar muita luta pela manutenção. Deixemos o bacoco orgulho próprio de lado e rememos todos para o mesmo lado. A navegar nestas águas tormentas, a nau beiramarense s apenas e só necessita de um homem que saiba pegar no leme com saber.
Volto a referir: neste momento, depois de mais uma vergonhosa exibição onde não esteve o Lucílio Baptista a apitar, enfardámos cinco golos. Chegámos ao ponto dos nossos próprios sócios e adeptos aplaudirem os golos do adversário e a cantarem que vamos para a segunda. Não serão estes motivos suficientes para tomarmos a derradeira medida que poderá ser a chave da solução? Entreguem o comando técnico da equipa ao treinador certo. Entreguem-na ao Paulino. Por favor!

segunda-feira, março 07, 2005

Depois desta reles exibição...
... é necessário rolar cabeças. Querem uma sugestão? Coloquem o Paulino a treinador!
Cada jornada que passa, cada viagem que fazemos por esses Estádio, somo vaiados e gozados pelas claques adversárias. Até quando este pesadelo?
Não é de admirar que a claque do Beira-MAr (uns heróis por continuarem a acompanhar o clube) cantem no final do jogo que para o ano estamos na segunda ou, por outro lado, que aplaudam o golo do adversário (como o fizeram no quinto da União de Leiria). Estavam à espera do quê? Uma vergonha de equipa que se arrasta pelo campo. A paga do favor que fizemos ao Benfica foram os cinco golos que enfardamos em Leira.

sexta-feira, março 04, 2005

Dois factos verídicos

3-Março-2005: uma exibição, sobretudo na segunda parte, para não esquecer e voltar a repetir já no Domingo, em Leiria.
3-Março-2005: uma arbitragem vergonhosa que tirou o Beira-Mar da Taça de Portugal.

quinta-feira, março 03, 2005

A personagem do Rei Artur tornou fértil a imaginação dos historiadores, ao ponto de alguns colocarem em causa a sua existência. Sendo certo que para os defensores da sua realidade, Artur foi uma valente guerreiro inglês, o Beira-Mar tem nas suas fileiras um verdadeiro Artur com enorme vontade em mostrar o seu valor.
Ao longo desta temporada, o jovem extremo-direito apenas foi utilizado em três encontros: 14 minutos na derrota, em casa, frente ao Moreirense (1-3); três minutos no empate em Coimbra (1-1) e mais três minutos em novo empate, em casa, diante do Vitória de Setúbal (1-1).
Para hoje, Artur, mesmo não tendo sido convocado, espera viver o mesmo momento protagonizado na 18.ª jornada, altura em que foi suplente não utilizado. "A equipa vai, de novo, ao Estádio da Luz jogar para ganhar ao Benfica". Tal convicção encontra fundamento nas conversas que o grupo "foi tendo ao longo da semana. Luís Campos tem-nos mentalizado para o facto de estarmos cada vez melhor e acreditarmos que é possível vencer e seguir em frente na Taça de Portugal".
Instado a comentar se a Taça de Portugal poderia ser encarada como a "tábua de salvação" desta temporada, Artur opta por um discurso totalmente diferente. "As nossas ambições mantém-se inalteráveis: queremos garantir a permanência na SuperLiga, e para isso julgo que temos um grupo com capacidade para tal e que está bastante unido no balneário, e seguir em frente na Taça de Portugal porque jogar no Jamor deve ser mesmo muito bonito".
Artur conhece bem os cantos à casa. Formado nas camadas jovens do Taboeira, com passagens posteriores pelos juvenis da Académica de Coimbra, regresso ao Beira-Mar onde actuou enquanto juvenil e júnior; Gafanha e, esta temporada, no satélite Avanca, a sua afirmação na equipa principal auri-negra tarda em aparecer. "Sei que ainda sou muito novo, pelo que tenho muito para aprender. Agora, aquilo que posso garantir é que tenho trabalhado afincadamente para jogar mais tempo no Beira-Mar". Com um jogo hoje e outro, por ventura de maior importância, no Domingo em Leiria, o atleta não se amedronta com uma possível sobrecarga de jogos. "A equipa técnica sabe o que faz. Para este encontro frente ao Benfica, o nosso objectivo é resolver a eliminatória nos 90 minutos, porque os penalties são sempre uma lotaria e o factor sorte tem sempre um peso elevado".
A acreditar nas palavras do jovem Artur, certamente o Beira-Mar quererá manter o saudável hábito de vencer o Benfica… na Luz.

quarta-feira, março 02, 2005

"Raciocinar: pesarmos as probabilidades na balança do desejo"
Bierce, Ambrose
É já amanhã que o meu Beira-Mar irá discutir, em Lisboa, a passagem às meias-finais da competição que vencemos em 1998/1999.
Ontem telefonei ao Nuno Q. Martins. Informei-o da minha indisponibilidade em acompanhar a claque na deslocação à Luz. Não vou por dois motivos: o primeiro por motivo profissional; o segundo por uma questão de superstição: esta temporada não fui ver qualquer jogo do meu Beira-Mar nesta competição que vencemos em 1998/1999. Uma coisa é certa: amanhã não me esquecerei de me fazer acompanhar o dia todo com o meu talismã guarda-chuva amarelo com o símbolo do meu Beira-Mar.
Aliás, para que conste, prometi ao Nuno Q. Martins que no jogo das meias-finais irei com a claque apoiar o meu Beira-Mar!
A terminar: agradeço as questões que deixaram neste blogue para o Artur. Tal como prometido, fi-las ao atleta. Não sei se fruto da sua juventude e inexperiência ou para não causar qualquer melindre, porque é um jogador que se quer afirmar, o Artur não soube responder a essas questões mais complicadas. Fica o registo de que ele, apesar dos seus 20 anos, demonstra alguma maturidade na forma como contorna as situações mais adversas.

terça-feira, março 01, 2005

A vez do jovem Artur
Hoje, provavelmente, irei fazer uma entrevista a um jogador do Beira-Mar. Um atleta que tem sido talismã para a equipa. Cada vez que o jovem Artur é convocado, o Beira-Mar não perde. Dá que pensar, não dá?
O trabalho, penso eu, é para sair, no Diário de Aveiro, na próxima quinta-feira, dia do Benfica - Beira-Mar.
Abro, aqui, um precedente, que se der resultado, é para manter: aceito sugestões para perguntas a serem feitas ao Artur. Alguém arrisca uma?