terça-feira, março 31, 2009

Formação: mais uma


Se o actual destino de Pedro Almeida já é conhecido para muitos, falta saber o que é feito do outro jogador que Bartolomé Cursach levou para amortizar a dívida que o Beira-mar tinha para com a Inverfutbol.

Ricardo Braga, central de vastos recursos e que chegou, se a memória não me falha, a integrar trabalhos da selecção nacional de sub/19. Aquilo que recordo de Braga era a sua forte compleição física, o rigor táctico e concentração absoluta ao longo do jogo.

Pois bem, ao ex-central do Beira-Mar as coisas também não correram como pretendia. É que se o Pedro Almeida ainda vai mostrando o seu (enorme) valor na II divisão, o excelente Braga veste o equipamento do Gafanha, competindo na modesta distrital aveirense.

Este é outro (triste) exemplo de quem apostou no Beira-Mar para jogar futebol.
Em tempo: o Desporto Falado de hoje (19 horas, Aveiro FM) vai debater, no seu início, a continuidade, ou não, de Bruno Moura. Este blogue tem já uma nova sondagem que visa saber até que ponto os sócios e adeptos do clube desejam a continuidade do técnico para a próxima temporada.

domingo, março 29, 2009

Ainda a formação


Lembram-se do Pedro Almeida, aquele médio talentoso que Artur Filipe foi buscar a Águeda? Um jogador fabuloso que, inclusivamente, chegou a fazer treinos na equipa principal durante o consulado espanhol em Aveiro. Se bem se recordam, quando a armada espanhola partiu das margens da Ria, Bartolomé Cursach levou dois juniores, tendo sido Pedro Almeida um deles. Parece que as coisas em Maiorca não correram bem ao ex-júnior do Beira-Mar. Depois disso, o jovem foi abandonado à sua sorte e, imagine-se, hoje veste a camisola 22 do Oliveira do Bairro que luta para não descer à III divisão nacional.
Esta foi a triste sina de um jovem que ousou sonhar jogar na equipa principal do Beira-Mar.

sábado, março 28, 2009

Que importância a dar à formação?


O blogue Sempre do Beira-Mar apresenta uma reflexão que deve ser o mais aprofundada possível. Fala da formação do Beira-Mar e da sua importância no clube.
Devo dizer que no actual quadro "auri-negro", os atletas da formação beiramarense olham de soslaio para a equipa sénior. Isto é, acreditam pouco que um dia podem jogar no novo Municipal de Aveiro de amarelo e preto vestidos.
É pena. É pena que o Beira-Mar continue a hesitar numa aposta consistente nos jogadores que forma. Bruno Sousa e Jaime têm aparecido, de forma irregular, ao contrários de grandes falhanços que a equipa todos os anos contrata. Brasileiros que vêm sem valor comprovado e que aqui chegam e partem sem deixar saudades. Excepções? Claro, como Kanu.
É por isso que muito mais importante que falar na hipótese de Bruno Moura continuar como treinador, devia-se, isso sim, fomentar uma outra consciência sobre a formação do clube.

terça-feira, março 17, 2009

Um crime lesa-Beira-Mar


A prestação do jovem defesa Jaime só tem surpreendido aqueles que não o conheciam.
Modéstia à parte, já conheço o valor deste miúdo desde o seu primeiro ano de júnior. Aliás, já que estamos em confidências, a minha primeira impressão relativamente ao Jaime nem foi favorável. No jogo decisivo que a então equipa de juniores disputou em Viana do Castelo, frente ao Vianense. Foi precisamente Jaime que originou a grande penalidade que ditou a derrota beiramarense a consequente falha na subida à primeira divisão.
Volvido apenas um ano, Jaime soube manter a serenidade e conquistar lugar de destaque na equipa que na temporada passada se sagrou campeã nacional da II divisão. Para além disso, estreou-se nos seniores, pela mão de Paulo Sérgio, no jogo frente ao Portimonense, em Portimão.
Este ano, está a despontar. Nos dois últimos encontros (Vizela e Varzim) foi considerado melhor jogador "auri-negro" em campo. Jogou, é certo, face à indisponibilidade de Cristiano e Kanu. Agora, com o regresso destes em pleno, será um "crime", direi lesa-Beira-Mar, retirá-lo da equipa.
Não sei o que pensa Bruno Moura. Acredito que esta seja uma daquelas denominadas "boas dores de cabeça". A verdade é que pressinto que o nosso treinador vai voltar a errar. Perdoem-me a franqueza, mas alguém consegue dar-me uma explicação plausível para a saída de Bruno Sousa da baliza? É que quem conseguir justificar tal decisão técnica também saberá entender e argumentar a possível saída de Jaime da equipa titular.
Se isso acontecer, meus amigos, será mais um rude golpe na formação beiramarense e nos anseios de todos os jovens futebolistas.

segunda-feira, março 16, 2009

O significado de usar o símbolo Beira-Mar


O futebol moderno extinguiu a definição de jogar por amor à camisola. Numa era mercantilizada e materialista, o importante é jogar no clube que pague bem e a horas. Não importa que a cor da camisola seja verde, azul, vermelha ou amarela. O que é bom e bonito é chegar ao fim do mês e ter na conta o dinheirinho pelo serviço prestado. Quem negar tal evidência está a ser moralmente falso.

Nada tenho contra aqueles que procuram o melhor destino para sustentar a família. O tempo, como disse, não está para amores.

A mim, particularmente, o que me incomoda sobremaneira são os dirigentes que prometem e não cumprem; são os jogadores que lhes sendo cumprido com o prometido não correspondam na hora devida.

O Beira-Mar, clube da terra e mais mediático, vive momentos complicados. Outra evidência que ninguém ousa questionar. Financeiramente a asfixia é enorme. Apesar disso, e porque a justiça é devida, a actual Comissão Administrativa tomou em mãos pegar no clube. Na sua órbita, são muitos os elementos que, imaginativos, tentam levar pessoas ao estádio para serem o tal 12.º jogador que os de campo muitas vezes clamam pela sua presença.

Não vale a pena citar nomes. Importa, isso sim, generalizar o mérito porque o mérito é de todos. O que quero, e a exigência vem deste sócio com as quotas actualizadas até ao final da época, é que sejam incansáveis no revitalizar do clube.

Todos nós sabemos que competir na Liga de Honra é oneroso, desprestigiante, banal e, permitam-me, ofensivo a clubes com maiores pergaminhos. Como é o caso do Beira-Mar. O que interessa e se torna viável à colectividade é estar na Liga principal. Geradora de receitas de quotização, bilhética e direitos televisivos. Para além disso, também os jogadores ficam sujeitos a outra exposição que os podem tornar apelativos à cobiça de clubes de outra dimensão.

Dizer que o actual Beira-Mar apenas procura a manutenção é falso. A história do clube não nos ensina tão ligeiro objectivo. Subir, isso sim, está de acordo com os pergaminhos do clube. Fui pouco perceptível? Eu repito: o Beira-Mar deve sempre lutar pelos lugares de cima, que dão acesso à subida.

Acontece que no campo isso não se vê. A equipa é demasiado macia, pouco ambiciosa e deserta de determinação. Segundo se consta, os ordenados estão em dia. Tomara os jogadores do Estrela da Amadora, Vitória de Setúbal, Varzim, etc. receberem os seus justos ordenados com a frequência que os jogadores do Beira-Mar recebem. O problema, meus amigos, é que o esforço de quem paga não tem correspondência no campo. Estar mais perto dos que descem do que dos que sobem é embaraçoso.

Porque acredito na qualidade dos jogadores, tenho fé que o tal significado de usar o símbolo do Beira-Mar possa conjugar a utilidade do ordenado ao respeito pelo Sport Clube Beira-Mar.

segunda-feira, março 09, 2009

Grande(s) vitória(s) jurídica(s)


O departamento jurídico do Beira-Mar vai somando triunfos atrás de triunfos. O seu a seu dono. Os berbicachos que pululam no clube tendem a encontrar o desfecho mais favorável ao emblema: caso-Fary, caso-Levato, caso-CMA e, mais recentemente, o caso-Mogadouro.

Há outros, certamente, mas estes são os publicamente mediáticos.

O diferendo que opôs o Beira-Mar ao Mogadouro muito mais que a tentativa de jogar frente ao Benfica, porque até podia ser frente a outra equipa qualquer, exigia o respeito pela legalidade. Pelo cumprimento das regras que todos devem cumprir. Se dentro do recinto de jogo o Mogadouro foi claramente superior, a prova está nos números finais (6-1), o que não se aceita é que para triunfar se obrigue atletas em idade júnior a exigências físicas e psíquicas.

Os órgãos deliberativos vieram dar razão ao queixoso (Beira-Mar) e é aqui, precisamente, que cabem todas as honras à secção de futsal e ao departamento contencioso do clube. Foi reposta a justiça de forma transparente e célere.

Um clube honrado e cumpridor também se vê nestes casos. Quando se batem pela justiça e pela boa-fé. O Beira-Mar, de momento, está a sê-lo e a mostrar!

quarta-feira, março 04, 2009

Lenta agonia


É triste e deprimente assistir ao triste final de época dos juniores do Beira-Mar. A seguir à temporada de campeão nacional, segue-se um ano terrivelmente difícil.

Sem ânimo e fatalmente entregue, o colectivo quase que se arrasta numa lenta agonia à espera que o campeonato termine.

É pena, de facto, não ter, ao menos, prolongado a luta pela permanência até à última jornada.

Ilibo, por completo, António Luís.