A 1.ª Homenagem

Depois de Mário Costa, ao Diário de Aveiro, agora é Paulo Almeida, aos microfones da Terra Nova, a favor de dar o nome de Tó-Zé Bartolomeu à Sala de Imprensa do EMA.

Conjugadas as duas vontades, Beira-Mar e EMA, tudo se conjuga para que o nome do nosso eterno amigo seja perpetuado num local digno, de respeito e onde o Tó-Zé Bartolomeu esteve como jornalista, sócio, adepto e, em todos os momentos, amigo.

O risco de descaracterizar uma equipa

As renovações de Artur e Rui Sampaio parecem, segundo o Diário de Aveiro de hoje, estar longe de ficarem concluídas. Pressinto mesmo fracasso nestes dois processos.

Mário Costa, candidato a Presidente, já admitiu a necessidade de vender um dos activos do clube. Com apenas mais um ano de contrato, talvez não seja descabido julgar que será mesmo Rui Sampaio a venda deste ano.

No caso de Artur, sem entendimento o "Rei" pode estar de partida. De uma assentada só, Leonardo Jardim vê-se privado de dois atletas influente no "onze" inicial. A minha dúvida, é saber se quando o treinador renovou foi-lhe avisado que Rui Sampaio e Artur poderiam não continuar.

Pessoalmente, fico com mágoa de ver partir estes dois jogadores. Rui Sampaio foi uma agradável revelação e Artur, formado no clube, será sempre visto com um dos nossos.

A poucos dias do regresso ao trabalho, há o sério risco de se ver descaracterizada uma equipa que acabou de se sagrar campeã nacional da Liga Vitalis.

"Auditório António José Bartolomeu"

Lançada a ideia, Mário Costa, próximo presidente do Beira-Mar, respondeu afirmativamente e vai, ele próprio, levar a reunião de direcção que a sala de imprensa do Estádio Municipal de Aveiro passe a ser denominada "Auditório António José Bartolomeu". A mais justa homenagem que o clube poderia fazer.

Ontem, no derradeiro "até breve" do nosso comum amigo, perguntei a Casimiro Calafate, presidente da Junta de Freguesia de Cacia, se estava prevista alguma cerimónia em memória de Tó-Zé Bartolomeu. Respondeu-me que iria propor, em Assembleia de Freguesia, a atribuição do seu nome a uma rua da Vila.

Assim também se perpetua a memória de um bom Homem.

Até breve, "secular amigo"

"A terra ficou mais pobre; o céu ganhou uma estrela."

N.B.: fica a sugestão à nova direcção do clube: atribuem o nome do Tó-Zé Bartolomeu à sala de imprensa.

A estabilidade, segundo Regala

Parece que o Beira-Mar vai ter a sua própria estabilidade no que à direcção diz respeito. Isto é, depois da eleição de Artur Filipe (18-6-2005), o clube vai ter o normal período eleitoral. Fim das Comissões Administrativas e início de uma nova vida.

Como seria natural e expectável, a equipa de António Regala irá formalizar a intenção de avançar com uma candidatura. Em princípio, será lista única face aos bons resultados obtidos por Regala e seus pares que devolveram o clube à Liga com estatuto de campeão nacional.

O trabalho, daqui para a frente, terá que ser forçosamente outro. Consubstanciado num projecto a médio/longo prazo. Estabilizar o clube na Liga principal, fugindo às amarguras de finais de época com o credo na boca; ousar lutar, num próximo passo, pelos lugares que dão acesso às competições europeias para, depois, fazer o papel que faz o Braga: "tomar atenção ao fenómeno-Braga", conforme salientou Manuel Assunção, reitor da Universidade de Aveiro. Claro está que os bons exemplos devem ser copiados.

A voz... segue dentro de momentos

No dia de hoje, o nosso comum amigo beiramarense, António José Bartolomeu, vai ser submetido a uma intervenção cirúrgica. Uma situação que o Tó-Zé sabia que iria acontecer, mas que estava fora dos seus planos ser antes do jogo com o Carregado. Por isso, como é fácil de imaginar, foi um rude golpe que sofreu, saber o dia da operação.

Mais do que ninguém, este homem, que há mais de 20 anos acompanha o clube e nos relata, através da sua inconfundível voz, as incidências dos jogos do Beira-Mar, merecia viver o sábado desportivo de perto e ao vivo. Ontem, ao telefone, disse-lhe que a saúde está primeiro, mas notei, na sua voz, um tremendo desalento, um sentimento de injustiça por não estar a relatar o jogo do seu Beira-Mar, o jogo do novo campeão nacional.

A voz não se calará. Interrompe, por momentos, a sua acção mas há a promessa de voltar ao seu (elevado) nível.

A voz vai estar atenta às imagens televisivas e ao relato do Carlos Manuel Teixeira e irá vibrar com a vitória da sua equipa.

A voz merece, claro está, o sucesso do Beira-Mar e que esse sucesso também tenha, por pouco que seja, uma dedicatória dos jogadores e dos adeptos.

A voz, ainda assim, evocará no Estádio com o habitual "golo, golinho, golão... a bola entrou, o Beira-Mar marcou" e merecerá o aplauso unânime.

A voz ainda perdura com a marca registada "desportivamente seu... Tó-Zé Bartolomeu".

A voz... segue dentro de momentos!

Juniores falham subida

Reposta a normalidade na equipa principal do Beira-Mar e sem haver necessidade de me juntar ao coro de elogios, porque agora é fácil escrever na hora do sucesso, circunscrevo-me a uma breve análise aos juniores.

A derrota, no passado fim-de-semana, a acrescentar à vitória do Fremunde em São João da Madeira, colocou um ponto final na história "auri-negra" em regressar à 1.ª divisão.

Seria um feito extraordinário, caso o conseguisse, juntar os juniores às formações de iniciados e juvenis nos principais campeonatos nacionais. Honestamente, acreditei em tal proeza.

Mas a equipa de António Luís (grande treinador e coordenador de toda a formação) falhou nesta ponta final.

E ao contrário de muitos, não comungo da opinião que o insucesso se deveu à (má) arbitragem do jogo frente à Sanjoanense, que resultou num empate (1-1).

Terminar a primeira volta desta segunda fase com duas derrotas em três jogos deixa, reconhecidamente, pouca margem de manobra para o resto do mini-campeonato. Ainda que o triunfo no terreno do Freamunde, que irá subir, deva merecer a nota de maior destaque e, por via disso mesmo, a prova que o Beira-Mar em nada é inferior aos "capões", a verdade é que não conseguir vencer a mais do que acessível Sanjoanense e consentir duas derrotas com o Trofense justificam, aqui sim, o fraco desempenho nesta fase do tudo-ou-nada.

Acredito que o trabalho feito este ano não será desperdiçado. Para a próxima época, a equipa poderá ser (forte) candidata à subida. Entretanto, impõe-se ganhar ao Fremunde (que bonito seria derrotar o líder nos dois jogos) e evitar o último lugar.