segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Coincidência... ou talvez não


De forma surpreendente, e sem que nada justifique - a não ser perder contra Azenha - Leonardo Jardim apresentou a sua demissão.

De forma normal, Paulo Sérgio deixou o Sporting.

Coincidências?

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Leonardo, meu, ouve a malta*


A malta cá da zona não se cala, oh Leonardo. E não se cala porque quer que tu fiques, aqui por Aveiro. Ou melhor, pela região que tu apelidaste de Alentejo. Na boa, porque ninguém está chateado.

A malta é assim, orgulhosa dos seus seus, não admite perder quem gosta e fica extremamente desiludida com aqueles que optam por outros caminhos.

Leonardo, meu, o people anda endiabrado. Anda tudo marado porque tiveste a ousadia de prolongar a resposta até ao final do jogo frente aos men`s de Portimão. Anda tudo marado mesmo, oh Leonardo, que já nem quer saber das damas nem das bejecas. Cá os bacanos querem mesmo é saber se ficas.

Esta maralha até vai para os computadores gritar para que fiques.

Leonardo, tu és fixe... o resto que se lixe!


*Tentativa de título adequado à linguagem da "geração Deolinda"

terça-feira, fevereiro 22, 2011

3-1, ganha a direcção


A questão da altura no plantel do Beira-Mar tem suscitado uma espécie de mini-campeonato entre direcção e treinador.

Leonardo Jardim tem vindo a reclamar que, às saídas de Rui Varela e Kanu se deveriam ter compensadas com entradas de jogadores, para os mesmos lugares e com características semelhantes.

Recorrendo à memória, primeiro foi Rui Varela a sair (1.90 mt) e depois Kanu (1.88 mt). "Alto e pára o baile", terá gritado Jardim. O plantel está a ficar baixo. "Oh mister, o senhor é que sabe. Vamos tratar disso", ter-se-á defendido a Comissão Administrativa. A terceira saída lá foi um pequenote, de nome Alexsandro Carvalho Lopes, com 1.72 mt. Quem? Alex Maranhão, para os amigos.

Com uma magra vantagem no marcador de apenas um golo de diferença (2-1), eis que a direcção resolve o jogo: sai Ronny (1.83 mt). No tapete, Jardim já nem sabe o que dizer, em defesa da sua tese de treinador. "Tá caladinho, que tens ai o Dudu (1.84 mt) para jogar."

Na berlinda, Rui Sampaio (1.86 mt) e Djamal (1.88 mt) ainda podem fazer mossa. Para um lado, ou para o outro.

Ok, estamos conversados. É que de futebol, Jardim e os críticos não percebem mesmo nada.

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Leonardo Jardim


A conferência de imprensa no final do Beira-Mar - Setúbal mostrou um Leonardo Jardim diferente!

A frase que dá forma ao primeiro parágrafo deste texto pode parecer forte, demasiado forte, mas, para quem lá esteve a ouvir o treinador, compreenderá o sentido da frase.

Ao fim de quase duas épocas desportivas em Aveiro, notei, pela primeira vez, um Leonardo Jardim algo agastado, desagradado ou, até mesmo, desiludido. E não terá sido, certamente, apenas pelo injusto empate que a sua equipa consentiu. Será mais do que isso. Será, porventura, os erros sucessivos das arbitragens em jogos com o de ontem, ou até mesmo o de Coimbra. Já são três golos anulados, duas grandes penalidades que ficam por marcar e foras-de-jogo absurdos. Mas também o contrário, claro, como «penalties» que se marcam contra o Beira-Mar que, ao contrário e como já se viu, não são assinalados. Até no momento de responder aos jornalistas, LJ escolhe as perguntas que quer responder.

Existirão mais motivos para este estado de espírito diferente do habitual, em LJ? Talvez! Como por exemplo chegar a esta fase da época, com a equipa bem lançada na tabela classificativa e saber, de antemão, que ficar em 5.º lugar ou com dois clubes atrás dela será a mesma coisa. Porque já não é possível chegar às competições europeias por força da não inscrição nas provas da UEFA.

LJ já não é o mesmo. Definitivamente! Nota-se uma certa saturação. Queixa-se que não houve compensação à altura dos atletas que saíram, sobretudo Kanu e Rui Varela. Fala-se e escreve-se sobre um alegado processo de renovação do seu contrato, mas em concreto não há nada.

LJ está, repito, agastado e, ao nível dos grandes treinadores, prepara o caminho para mudar de ares. O que até é compreensível.

Aqui, em Aveiro, convenhamos que há muito não víamos um Beira-Mar a praticar bom futebol, a jogar olhos-nos-olhos com qualquer adversário e com uma equipa de futuro. Mas com o timoneiro de saída, resta-nos o consolo de duas épocas fantásticas.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

A salvação à distância de 3 pontos


Paulo Sérgio Pinto, jornalista d`A Bola que muito prezo, lembra que o Beira-Mar pode garantir, matematicamente, a permanência caso vença, hoje, o Setúbal.

De facto, deve ser mesmo com este o espírito com que os jogadores «auri-negros» devem entrar no campo. Não só os que jogam, como os que ficam no banco ou na bancada. Por falar em bancada, uma presença assinalável dos sócios e adeptos poderia ajudar na tarefa vitoriosa.

Mas os três pontos do sucesso permitem algo mais: encostar ao Braga e dar continuidade a mais uma época fabulosa com Leonardo Jardim ao leme do moliceiro aveirense.

domingo, fevereiro 13, 2011

Illiabum


Num registo diferente daquele que venho utilizando neste espaço, apetece-me escrever um pequeno texto sobre o Illiabum.
Desde logo, porque entro numa modalidade que tanto gosto como é o basquetebol; depois, porque tenho vindo a acompanhar, de mais de perto, a campanha desportiva do Illibum.
Antes, porém, uma pequena referência: não focarei qualquer opinião sobre a actual situação da equipa sénior na Liga.
O Illiabum, como já por uma vez referi, tem a melhor claque de apoio que há no basquetebol português. Aliás, corrijo: tinha! E escrevo tinha, porque nos jogos frente ao Ginásio Casino e em Ovar, diante da Ovarense, os «Yellow Fanatics» não marcaram presença. Não os vi, no local habitual, e não os ouvi, mesmo que estivessem noutro local qualquer do pavilhão de Ílhavo. Em Ovar, na magnífica Arena Dolce Vita, onde o ano passado, por exemplo, deram espectáculo no apoio, é que eles não estiveram mesmo. Porquê? Não sei!
Mas o illiabum, claro está, não se esgota nos seus fantásticos adeptos. Na sua equipa sénior tem um jogador que, para mim, leva-me ao imaginário de quando brincava ao basquetebol nos tempos do liceu. Chama-se Vasco Estêvão e personifica, na sua forma de jogar, no seu estilo de quem faz aquilo que ama, nos movimentos de entrada ao cesto ou a defender, os sonhos de miúdo que um dia quer ser basquetebolista profissional. Vasco Estêvão faz-me recuar, num misto de alegria e nostalgia, aos tempos em que se jogava basquetebol em todos os intervalos das aulas. É, hoje em dia, o jogador que mais aprecio, pena é que seja tão pouco utilizado.
Depois, há Willis Wallace. Mesmo perante o desnorte da equipa, consegue surpreender, pela positiva, com o seu trabalho notável e que o faz umas das revelações deste ano.
Por último, mas não em último, Daniel Félix. Quando o vejo jogar, questiono-me como é que tanto talento não foi mais longe. Sem exagero, estaria ao nível de um Carlos Lisboa. Mas vendo-o sempre com aquela cara de sofrimento, como se estivesse sempre a jogar lesionado, parecendo alguém inferiorizado fisicamente, concluo: talvez nunca quisesse ser um dos maiores jogadores portugueses de basquetebol de sempre.