sábado, maio 28, 2011

João Nuno Crespo




No momento em que partilho este estado de alma, ainda penso no episódio infeliz que protagonizei com o João Nuno.


Penso, sobretudo, no modo com os estados de espírito podem influenciar, negativamente, os comportamentos das pessoas.


Em pleno pavilhão da Oliveirense, eu, que por natureza sou calmo e prezo as amizades, troquei palavras menos agradáveis com o João Nuno. E logo com ele.


O João Nuno é das poucas pessoas que admiro, respeito e por quem tenho uma amizade sólida. Custou-me muito, e ainda o sinto, ter-me confrontado com o João Nuno.


Julgo, até, que a minha calma evitou algo de mais grave. Sinto muito ao ver algumas pessoas agarrarem o João Nuno. Desde logo porque penso, aliás tenho a certeza, que o João Nuno jamais pensasse chegar a vias de facto.


Compreendo a sua revolta pela derrota da equipa de basquetebol; compreendo tenha achado falta de respeito, da minha parte, ter-lhe agradecido, de forma irónica, pelo facto de não me facultar, naquele preciso instante, os pontos individuais da sua equipa.


O nosso desentendimento, que durou alguns minutos, para mim foram uma eternidade porque à minha frente estava uma pessoa que admiro e que gosto bastante.


O abraço que demos no final selou, de vez, o mal-entendido mas ainda agora sinto alguma nostalgia por um infeliz acontecimento que nunca pensei viver na minha vida.


François Chateaubriand disse, um dia,: "só nos apercebemos do valor dos nossos amigos no momento em que surge a ameaça de os perder."

sexta-feira, maio 27, 2011

"O contra-ataque"... por António Regala







Regala é político. Pouco importa, para o caso, a sua militância num Partido nada vocacionado para o Poder, mas que já lá esteve nos primórdios da democracia pós-25 de Abril-74.





Importa, isso sim, é a sua conduta enquanto líder directivo do Beira-Mar. Aqui, Regala tem sido surpreendente. Pela positiva, refira-se. Basta atentar na forma e no modo como os associados e não associados têm mostrado o agrado pelo presidente Regala.





Ontem, por exemplo, na reunião magna do clube, Regala mostrou o seu lado político. Na iminência de Mano Nunes poder, de algum modo, virar a AG a seu favor, Regala antecipou-se e trouxe Majid Pishyar a Aveiro e à Assembleia-geral. Uma jogada verdadeiramente política e efcaz. Conclusão: Regala ganhou, em forma de goleada, um confronto que poderia ser equilibrado.


Cesare Pavese disse, um dia,: "a política é a arte do possível. Toda a vida é política."

segunda-feira, maio 23, 2011

Mano Nunes baralha e volta a dar



Figura incontornável. Em todos os aspectos. Mano Nunes, em vários momentos presidente de direcção e de Comissão Administrativa do Beira-Mar, justifica a célebre frase do "vou andar por ai". Não é da sua autoria, mas mantém a frase/promessa bastante actual.




De súbito, Mano Nunes quase que ameaça com um "vou voltar ai". Perante a iminência de um investimento iraniano no clube, o ex-dirigente está disposto a cobrir a proposta do tal Majid Pishyar, que ninguém conhece mas dá-se a conhecer, através de fotografias, ao lado de figuras como Zinedine Zidane. A "loucura", como ele próprio definiu esta sua tentativa de regressar ao clube, deve ser vista como real e séria.




Sabendo de antemão o quão magoado está Mano Nunes pela forma como foi empurrado para fora do Beira-Mar, soa-me esta tomada de posição como um misto de vingança (pelo grosso dos actuais dirigentes) e amor (pelo clube).




Pierre Marivaux disse, um dia,: "a vingança agrada a todos os corações ofendidos. Uns preferem-na cruel, outros generosa."