Justiça desportiva

O incumprimento das obrigações fiscais e contratuais, por parte dos clubes, é assunto do dia. Neste ponto, o Beira-Mar tem sido dos clubes que mais se tem batido pela legalidade da questão. Fruto da descida de divisão, o clube procura, com missivas à Liga, Secretário de Estado do Desporto e Ministério das Finanças, que a lei seja cumprida e os prevaricadores punidos com a respectiva descida à Liga de Honra em detrimento da salvação «auri-negra». Aqui, tenho que fazer a devida vénia aos actuais dirigentes e manifestar a minha total solidariedade para uma causa que se quer… justa de amarelo e preto vestida.
Acontece, porém, que ao longo da História do futebol português raros são os casos em que a mão pesada da justiça desportiva implique a pena gravosa da despromoção. Então, no principal campeonato não me vem à memória que tal tenha acontecido. É pena…
Ainda assim, mantenho a fé que a justiça funcione. Que o Beira-Mar, como clube cumpridor com as suas obrigações, seja notificado da manutenção na Liga e aquele que não cumprem sofram as devidas consequências. A bem do futebol, da justiça e de quem cumpre. Assim aconteceu, por exemplo, em Itália onde a Juventus (descida de divisão), o AC Milan e a Fiorentina (estes começando a prova com pontos negativos) sofreram as devidas consequências em função do calciocaos. Assim não acontece, por exemplo, em Inglaterra onde o «Fair-play» é expoente máximo na pátria do futebol.