terça-feira, maio 04, 2004

UM POUCO MAIS DE VONTADE
Deu para perceber, desde o início do jogo frente ao Rio Ave, que o Beira-Mar reunia todas as condições para regressar a Aveiro com uma saborosa e importante vitória e consequentes três pontos.
Há muito tempo que se via uma verdadeira postura dominadora do meu clube em campo adversário. Verifiquei que o Beira-Mar assumiu uma atitude "mandona", virada para o ataque contínuo e planeado nunca se deixando intimidar por um adversário que costuma ser forte quando actua perante os seus associados e simpatizantes.
A mim, particularmente, deu-me prazer verificar que o único objectivo do meu clube consistia em vencer a partida. E isso, para quem está nas bancadas, é importante e assume verdadeiros contornos de orgulho.
Contra a corrente do jogo, foi até a equipa da casa a inaugurar o marcador num lance que, quanto a mim, não isenta Paulo Sérgio de algumas culpas. Acontece que com o desenrolar do embate, o Beira-Mar jamais se deixou afectar com tal contrariedade. A atitude ofensiva manteve-se e o próprio guarda-redes revelou-se tranquilo sendo, inclusive, importante no segurar do empate já na parte final do jogo quando teve uma saída oportuna perante um opositor isolado.
Acontece porém, e pelo que escrevi, que o empate final revestiu-se de um "amargo de boca" terrível de suportar. A sensação com que regressamos a Aveiro já não transportava a alegria e o optimismo com que fizemos a viagem em direcção a Vila do Conde. Perdemos, claramente, dois pontos nesta jornada. Não se pode desculpar tantas oportunidades desperdiçadas quando os nossos jogadores estavam isolados frente ao guarda-redes contrário como em situações de vantagem numérica no ataque.
Para agudizar a irritação, as substituições operadas aconteceram na parte final do jogo quando a terem lugar mais cedo poderia mudar o rumo dos acontecimentos.
Do mal, o menos! Fica-se com a ideia que a postura do Beira-Mar será de ataque sempre na procura da vitória. E mais não será de esperar com jogadores que sabem tão bem interpretar o seu papel em campo. O que faz falta, na verdade, é um pouco mais de intenção em assumir a vontade de ganhar o jogo.


O QUE MAIS GOSTEI
Como referi na semana passada, após alguns anos voltei a ver um jogo do meu Beira-Mar fora de portas. Não me alegrou de maneira alguma a exibição nem o resultado nesse terrível Braga, 2 - Beira-Mar, 0.
Neste último fim-de-semana lá estive em Vila do Conde. Gostei do convívio vivido no autocarro dos auri-negros - vocês são mesmo do "outro mundo". Essa fé no Beira-Mar traduzida nos cânticos durante toda a viagem é impressionante - como gostei da vontade e querer dos jogadores em campo. O Beira-Mar foi claramente superior ao adversário.
A continuar assim, sei que vou ter motivos para me orgulhar do meu clube!

O PRÓXIMO JOGO
Está totalmente transfigurado o Paços de Ferreira desde que José Mota rumou para os Açores. Na verdade, sempre que se falava em Paços de Ferreira, para além dos móveis, vinha à ideia uma equipa de futebol que praticava um fio de jogo agradável e na constante ânsia da vitória.
Hoje em dia já não é tanto assim. Não que José Gomes seja um técnico de fracos recursos. Mas se alguma comparação existe entre o Paços de Ferreira de ontem e o de hoje, só mesmo… o nome.
Esta temporada já conta com três derrotas e uma vitória. Leva apenas um golo marcado, na vitória caseira frente ao Moreirense, e cinco sofridos. O melhor mesmo é aproveitar este mau momento do adversário.
Porque o verdadeiro e eterno perigo reside no árbitro. Temos cá um azar com Paulo Paraty que até para este Domingo foi designado a estar presente em Aveiro. Sorte madrasta!
Recorrendo à história, no dia 23 de Março deste ano, Beira-Mar e Paços de Ferreira encontraram-se, pela última vez, em Aveiro. Lucílio Baptista foi o árbitro sorteado para dirigir essa partida referente à então 26.ª jornada. O último lugar vivido pelo Beira-Mar qualificava este jogo como importante para as legítimas aspirações dos aveirenses em permanecerem no escalão maior. João Armando deu uma ajuda ao Beira-Mar fazendo um auto-golo logo ao terceiro minuto. Mas apenas cinco minutos depois, Cadú restabeleceu o empate. Os 15 minutos iniciais foram verdadeiramente loucos. Fary colocou, de novo, os auri-negros em situação de vantagem, à passagem do primeiro quarto-de-hora.
No minuto 59, o mesmo Fary bisou estabelecendo o resultado final de 3-1 para o Beira-Mar.
Pois que se repita a história e a vitória volte a sorrir em tons de amarelo e preto.

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