Ricardo Sousa
A memória colectiva de um povo vai sendo escrita à base de acontecimentos significativos tanto no plano positivo, como negativo.
O caso Ricardo Sousa torna-se paradigmático nisso mesmo. Ganhou, por direito próprio, lugar na memória colectiva beiramarense. Um atleta acima da média, ninguém dúvida, mas que, na minha opinião, passou, infelizmente, ao lado de uma assinalável carreira internacional.
A memória jamais deixará apagar o golo da final da Taça de Portugal. Entre outros, é verdade, mas o minuto 75 daquela tarde do Jamor é inesquecível. Ricardo Sousa, com antologia e toque de midas, ofereceu, de mão beijada, o troféu com maior relevo no palmarés “auri-negro”.
A qualidade demonstrada só podia transportá-lo de Aveiro para o melhor clube português da altura: o Porto. Mas, permite-me que te diga, caro Ricardo, a fama tolheu-te a forma de estar e pensar no mundo da bola.
Aquilo que se previa como uma carreira promissora ao mais alto nível, transformou-se, aos poucos, num carrossel perdido e nefasto.
Escrevo isto, acreditem, com pesar. Porque no meu imaginário ao Ricardo Sousa cabe o papel de intérprete mágico de um futebol belo, majestoso e admirável. Vi alguns jogos do mundial disputado na Nigéria onde o meu orgulho aveirense estava todo lá. Na camisola 8 envergada pelo Ricardo Sousa.
Tantas foram as vezes em que suspirámos pelo regresso do Ricardo Sousa ao Beira-Mar, sentados no antigo Mário Duarte. “Faz cá falta o Ricardo”, dizia-se a voz bem alta. Um desejo egoísta, bem sei, mas o Ricardo simbolizava a figura sebastianica num Beira-Mar órfão de um verdadeiro artista.
Perdido no fundo do campeonato cipriota, Ricardo voltou. Com ele, outros. Mas o Ricardo, o menino beiramarense, voltava como um filho pródigo.
A sua vinda significou o fim do mito. Novamente perdido, agora em tricas infantis, caiu-lhe um processo disciplinar. Com ele, a rescisão.
Custa-me dizer isto Ricardo, até porque tenho falado quase diariamente contigo, mas saíste pela porta pequena. Com esta saída dramática, também eu fiquei decepcionado. Ainda acredito em ti, na magia que carregas nesse fabuloso pé esquerdo, no carregar da mística do teu pai, se calhar demasiado pesada, mas é pena que em ti só exista de bom o pé esquerdo.
Mesmo que assines pela Académica, continuarei a torcer por ti. Brilha e dá-me motivos para dizer: ele é mesmo um grande jogador. Tomem lá, coimbrões, um atleta de eleição com coração “auri-negro”.
Aqui, deste lado, terás sempre um eterno admirador!
O caso Ricardo Sousa torna-se paradigmático nisso mesmo. Ganhou, por direito próprio, lugar na memória colectiva beiramarense. Um atleta acima da média, ninguém dúvida, mas que, na minha opinião, passou, infelizmente, ao lado de uma assinalável carreira internacional.
A memória jamais deixará apagar o golo da final da Taça de Portugal. Entre outros, é verdade, mas o minuto 75 daquela tarde do Jamor é inesquecível. Ricardo Sousa, com antologia e toque de midas, ofereceu, de mão beijada, o troféu com maior relevo no palmarés “auri-negro”.
A qualidade demonstrada só podia transportá-lo de Aveiro para o melhor clube português da altura: o Porto. Mas, permite-me que te diga, caro Ricardo, a fama tolheu-te a forma de estar e pensar no mundo da bola.
Aquilo que se previa como uma carreira promissora ao mais alto nível, transformou-se, aos poucos, num carrossel perdido e nefasto.
Escrevo isto, acreditem, com pesar. Porque no meu imaginário ao Ricardo Sousa cabe o papel de intérprete mágico de um futebol belo, majestoso e admirável. Vi alguns jogos do mundial disputado na Nigéria onde o meu orgulho aveirense estava todo lá. Na camisola 8 envergada pelo Ricardo Sousa.
Tantas foram as vezes em que suspirámos pelo regresso do Ricardo Sousa ao Beira-Mar, sentados no antigo Mário Duarte. “Faz cá falta o Ricardo”, dizia-se a voz bem alta. Um desejo egoísta, bem sei, mas o Ricardo simbolizava a figura sebastianica num Beira-Mar órfão de um verdadeiro artista.
Perdido no fundo do campeonato cipriota, Ricardo voltou. Com ele, outros. Mas o Ricardo, o menino beiramarense, voltava como um filho pródigo.
A sua vinda significou o fim do mito. Novamente perdido, agora em tricas infantis, caiu-lhe um processo disciplinar. Com ele, a rescisão.
Custa-me dizer isto Ricardo, até porque tenho falado quase diariamente contigo, mas saíste pela porta pequena. Com esta saída dramática, também eu fiquei decepcionado. Ainda acredito em ti, na magia que carregas nesse fabuloso pé esquerdo, no carregar da mística do teu pai, se calhar demasiado pesada, mas é pena que em ti só exista de bom o pé esquerdo.
Mesmo que assines pela Académica, continuarei a torcer por ti. Brilha e dá-me motivos para dizer: ele é mesmo um grande jogador. Tomem lá, coimbrões, um atleta de eleição com coração “auri-negro”.
Aqui, deste lado, terás sempre um eterno admirador!
2 Comentários:
Boas Sr. Sérgio,
è bem verdade que à uns tempos toda a gente gostaria do regresso do Ricardo Sousa e de António Sousa por serem beiramarenses.
Voltaram, mas queriamos (beiramarenses) que com eles e com os outros que vieram o Beira-Mar voltasse a jogar como já chegou a jogar. Na verdade correu mal este remake do Beira'99. Foi um tiro no pé!
O Ricardo é um jogador de classe com bom pé esquerdo mas na Liga Vitális ele não tem lugar. São precisos jogadores rápidos que não parem o jogo. Agora, talvez na Académica, o Ricardo tem a oportunidade de se mostrar e de aproveitar o que o fim da carreira lhe reserva. Não é jogador para a Vitális e pronto! Não acredito que ele volte ao Beira-Mar... enfim, como já ouvi dizer (depois de um espanhol)são grandes beiramarenses!
Vêmo-nos por aí!
Cumprimentos,
Diogo
concordo com tudo que disseste! este post diz toda a verdade! eu tenho apenas 20 anos e num mundo de cristianos ronaldo´s kaka´s eu tenho o ricardo como o meu jogador favorito! ele deixou escapar uma grande carreira! mas eu ainda acredito nele1 força ricardo contigo ate ao fim!
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