quinta-feira, novembro 18, 2004

Sem medo de vencer…
Não vai nada famosa a carreira do Beira-Mar nesta edição da SuperLiga. Por esta altura e para os mais optimistas, nos quais eu me incluo, estaríamos à espera que o meu Beira-Mar estivesse a lutar taco-a-taco com os líderes do campeonato. No entanto, a nossa grande preocupação será, doravante, sair dos lugares de despromoção.
A verdade, é que não devem existir motivos para receios infundados. Desde a entrada de Manuel Cajuda que senti ser possível ao meu Beira-Mar fazer uma temporada de grande nível. Ao nível da sua enorme e orgulhosa tradição.
Em seis jogos, Manuel Cajuda não conseguiu vencer um! No entanto, tirando a desastrosa exibição no Estoril onde continuo a insistir que o Beira-Mar não compareceu em campo, noto que a equipa tem vindo a progredir. O futebol que apresentou diante do Marítimo, Rio Ave, Leiria, Belenenses e Penafiel foi de qualidade crescente. O que está mesmo a faltar é uma simples vitória para virar do avesso esta tendência negativa. E eu estou plenamente convencido que estes três encontros que se avizinham, notoriamente de grau elevado de dificuldade, certamente irão servir para demonstrar que o meu Beira-Mar está bem e recomenda-se.
Pegando nas sábias palavras de Jean Commerson, dizia ele que "o homem mais feliz é o que acredita sê-lo". Esta frase tem como destinatário único o balneário do Sport Clube Beira-Mar. Todos esses profissionais devem acreditar, sem demoras, que podem ser felizes. A começar já no próximo Sábado. Não é impossível nem configura uma dimensão do outro mundo jogar de igual para igual e ganhar ao Sporting. Afinal de contas, jogam 11 jogadores de cada lado. O que pode desequilibrar a balança, sem qualquer dúvida, é tão-somente a atitude, a força de vontade e a coragem de ser feliz. E todos esses predicados fazem parte, estou certo, de cada um dos atletas do meu Sport Clube Beira-Mar. E cá para nós, que ninguém nos ouve, seria bem bonito oferecer a Manuel Cajuda uma grande vitória diante do Sporting. Conquistado o primeiro triunfo, o futuro revelar-se-á bem mais risonho.
Depois de recepção aos leões de Alvalade visitaremos o Boavista e o FC Porto. São três jogos destinados única e exclusivamente para homens de "barba-bem-rija". Se o Beira-Mar os vencer, bem poderemos, sócios e adeptos, fazer uma digna vénia quando regressarem ao nosso Estádio.
A terminar, gostaria, se me permitem, de dirigir algumas palavras ao nosso treinador Manuel Cajuda. Caro amigo: nunca fui um defensor de Mick Wadsworth aquando da sua passagem por Aveiro. Cheguei, inclusivamente, a assumir tal posição publicamente. Quando o meu amigo o substituiu, depois de duas vitórias consecutivas de Wadsworth, utilizei este espaço para dizer que o Beira-Mar tinha feito a melhor opção. Embora ainda não tenha vencido qualquer jogo, mantenho a minha posição: consigo, o Beira-Mar é bem mais forte!
Recentemente teve o grande desgosto de ver partir um seu ente querido. Nessas malditas horas, não damos qualquer valor a estas guerrilhas estúpidas que por vezes se passam no nosso futebol de trazer-por-casa. Vem-me à memória a sua nobre defesa pelo Quim, o modo como saiu do Marítimo e o facto de ainda não ter treinado um dos ditos grandes de Portugal. Mas também não me esqueço que foi consigo que o Sporting Clube de Braga deteve, numa célebre temporada, os tais 10% de hipótese de lutar pelo título, de ter levado o mesmo Braga, mas também a União de Leiria e o Marítimo às competições europeias. Você é um predestinado; um vencedor nato. Aquilo que lhe desejo é que tenha força suficiente para resistir a este momento menos bom por que passa. Acreditando que eternizará a memória da sua irmã no seu pensamento, espero que a vida lhe volte a sorrir e continue a fazer feliz quem o rodeia.
Força, mister!

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