terça-feira, janeiro 09, 2007

Um clube diferente...

... com gente diferente. Para o bem, ou para o mal o Beira-Mar tem pessoas díspares no modo de ser e de actuar. Este é um clube que não irá cair na mesma situação desgraçada que, infelizmente, caíram Farense, Campomaiorense, Salgueiros, etc. O Beira-Mar não tem o seu futuro em risco! Porque acredito que no seu núcleo de sócios, que anda à volta dos 9.000, existam pessoas com coragem e capacidade para não deixar morrer um emblema com 85 anos de vida.
É certo que se vivem momentos controversos. À partida, quando a actual direcção tomou conta dos destinos do clube, ninguém sonharia em ver o Beira-Mar chegar a esta situação, onde os sócios não são tidos nem achados para o que quer que seja. Não importa referir se o tal acordo com os espanhóis é bom ou não. É vantajoso ou não. Cada um tem a sua versão e a sua crença. Eu, por príncipio, sou contra, agora, como o fui no passado, no tempo da famigerada Era Stellar Group. Insurgi-me contra aquilo que estavam a fazer. Provavelmente, em situação idêntica ao que o meu amigo Nuno Q. Martins está a fazer agora.
No início, dei o meu voto de confiança à actual direcção. O passado de Artur Filipe fazia-me acreditar que o Beira-Mar ficaria bem entregue. Uma pessoa devidamente bem identificada com a instituição e que esteve em momentos diferentes da vida do clube. Foi companheiro de Mano Nunes, Manuel Madaíl, Firmino Parrança, entre muitos outros. Trazia consigo um desconhecido José Cachide que, com o tempo, mostrou uma outra maneira de fazer "política" no futebol. Mostrou ser sério, afável, responsável e ponderado. Acreditei que estavam reunidas todas as condições para levar a cabo um projecto diferente que desse uma outra vitalidade ao clube. A empreitada, como é óbvio, revelava-se difícil. Na Liga de Honra sem receitas, tornava-se tarefa de gigantes devolver o clube à divisão maior do nosso futebol sem hipotecar o clube.
Mas... tudo mudou. De um momento para o outro, começaram a aparecer sinais de que a transparência deixou de ser palavra de honra neste emblema a apenas 25 anos de completar um século de vida. Este não é o Beira-Mar que estávamos habituados a amar, a viver, sentir, adorar e, sobretudo, a encher-nos de um orgulho delicioso. Estaríamos mal habituados? Se calhar não, porque as pessoas também mostravam ser verdadeiras e sérias.
As contradições que o meu amigo Hugo Reis apanhou são demasiado graves. Andar na vida pública desta forma não é bonito. Eu não me identifico com esta forma de ser e de estar. Eu estou disponível para ouvir soluções. Eu quero continuar a ter orgulho em dizer, a quem quer que seja, que me honro ser sócio do Sport Clube Beira-Mar sem que alguém se ria disso na minha cara.
Acredito que Aveiro ainda tenha pessoas diferentes que ajudem o Beira-Mar.

1 Comentários:

Às 10:49 da manhã , Blogger Sérgio Loureiro disse...

Claro que são 15, caro Pedro. Faltam 15 anos para o centenário. Afinal, a idade ideal para... ser campeão da 1.ª divisão.

Obrigado pela correcção e um abraço,

Sérgio Loureiro.

 

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