terça-feira, novembro 10, 2009

Ser ou não ser


Atento ao fenómeno desportivo, em geral, e ao futebol, em particular, procuro reflectir sobre os acontecimentos que se vão sucedendo e, numa fase posterior, fazer a devida filtragem de acordo com diversos factores.
É publico, e não o escondo de quem quer que seja, a minha qualidade de sócio ao Sport Clube Beira-Mar. Dentro das minhas possibilidades, lá vou dando o meu gratuito contributo para ajudar o clube. Faço o que posso e a mais, julgo, não sou obrigado.
Desse modo, pelo meu contributo, julgo-me no direito de opinar sobre o actual estado de uma colectividade que cambaleia para os 90 anos de idade.
Ponto assente, de facto, a débil situação financeira e directiva do clube. Sem direcção, ou Comissão Administrativa a boa visibilidade à opinião pública vem dos excelentes resultados que a equipa de futebol profissional vai grangeando.
Também é unanimemente reconhecido que a mudança para o Estádio novo contribuiu, decisivamente, para o actual deprimente quadro beiramarense. Mas não só. A nível de estrutura directiva, o clube foi ficando refém das lutas «fratricidas» entre pessoas que assumiram responsabilidades nos órgãos sociais.
Em Portugal, temos exemplos claros de equipas que, após profunda depressão, encontraram estabilidade para altos voos depois de encontrado um verdadeiro líder. Exemplos? Braga e Nacional da Madeira. Tivesse tido o Beira-Mar a pessoa certa, no lugar certo e a esta hora estaríamos orgulhosos por uma outra classificação do Beira-Mar. Andar à míngua do erário público, via Câmara Municipal, não é, de todo, solução. Apenas problema.
Desse modo, e face ao formidável trabalho que o dr. Artur Moreira via fazendo, vê-se que pode existir, para breve, solução. Mas que solução?
Desde logo, alguém que faça a devida limpeza no seio beiramarense. Que assuma, de uma vez por todas, se quer o clube a competir no novo Estádio, ou não. Em caso afirmativo, a gestão do equipamento deve ser totalmente entregue ao Beira-Mar. É lá a sua casa, é dela que deve tratar. Depois, que tipo de gestão para o futebol? Autónomo, em relação ao universo «auri-negro», ou dar autonomia total a todas as outras secções?
Devo dizer, relativamente a este último ponto, que o Beira-Mar deveria autonomizar todas as suas secções, «emprestando» apenas o nome, e dirigir toda a sua aposta financeira para o futebol. Isto porquê? Porque entendo que todos aqueles que estão à frente das modalidades possuem enorme capacidade para lhes dar alto nível competitivo e encontrar fontes de receita para as manter em actividade. Exemplo disto? A fase inicial do futsal, um projecto sólido e com extraordinário sucesso desportivo.
Desse modo, aquilo que se pede, no futuro, são pessoas com coragem, determinadas e que idealizem um projecto estruturante para que o Sport Clube Beira-Mar deixe de cambalear e passe a andar com passos firmes e seguros.

1 Comentários:

Às 10:10 da tarde , Blogger Jorge Greno disse...

Caro Sérgio

Que os "bocas" anónimas que passeiam pelos blogs falem em sair do EMA, ainda se pode aceitar.
Agora, vindo de si é que é de admirar?
Se o BM saísse do EMA ia para onde? Para o Estádio do Gafanha? Ou para o de Estarreja?
Para o velho Mário Duarte não era de certeza e o Sérgio sabe-o bem. Não falamos apenas das condições para o público. O relvado está uma miséria. Os balneários idem. E se houvesse essa mudança, onde é que treinavam e jogavam todas as equipas da formação que estão nos nacionais?
Compete-nos a todos ir ao futebol, trazer novos sócios e forçar a quem de direito a construir o que devia estar pronto desde 2004 e apenas tem a terraplanagem feita.
Sejamos realistas.
O EMA existe e o futuro do BM passa por lá. O Mário Duarte é passado e deve ficar registado como uma boa memória de outros tempos.

 

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