João Nuno Crespo
No momento em que partilho este estado de alma, ainda penso no episódio infeliz que protagonizei com o João Nuno.
Penso, sobretudo, no modo com os estados de espírito podem influenciar, negativamente, os comportamentos das pessoas.
Em pleno pavilhão da Oliveirense, eu, que por natureza sou calmo e prezo as amizades, troquei palavras menos agradáveis com o João Nuno. E logo com ele.
O João Nuno é das poucas pessoas que admiro, respeito e por quem tenho uma amizade sólida. Custou-me muito, e ainda o sinto, ter-me confrontado com o João Nuno.
Julgo, até, que a minha calma evitou algo de mais grave. Sinto muito ao ver algumas pessoas agarrarem o João Nuno. Desde logo porque penso, aliás tenho a certeza, que o João Nuno jamais pensasse chegar a vias de facto.
Compreendo a sua revolta pela derrota da equipa de basquetebol; compreendo tenha achado falta de respeito, da minha parte, ter-lhe agradecido, de forma irónica, pelo facto de não me facultar, naquele preciso instante, os pontos individuais da sua equipa.
O nosso desentendimento, que durou alguns minutos, para mim foram uma eternidade porque à minha frente estava uma pessoa que admiro e que gosto bastante.
O abraço que demos no final selou, de vez, o mal-entendido mas ainda agora sinto alguma nostalgia por um infeliz acontecimento que nunca pensei viver na minha vida.
François Chateaubriand disse, um dia,: "só nos apercebemos do valor dos nossos amigos no momento em que surge a ameaça de os perder."
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