"Não é o objectivo que tem interesse, são os meios para o alcançar"
Braque, Georges
Números para reflectir: uma só ideia a retirar
Muito escreve e ainda mais se fala. A verdade, é que desde que o meu Beira-Mar deixou de jogar no cada vez mais saudoso velhinho Mário Duarte a equipa nunca foi a mesma. O tempo vai passando e sinais de modernidade, no que ao futebol praticado diz respeito, para aquele que já deveria ser considerado com um dos grandes de Portugal, nem vê-los. Desesperadamente, hoje em dia é mais do que banal o adversário vir a Aveiro e… ganhar.
O ridículo da situação resume-se apenas a isto: a surpresa da jornada acontece quando o meu Beira-Mar ganha um jogo em casa. Bruxedo? Maldição? Azar? Não sei, nem quero saber. O que me preocupa, neste momento, é o penúltimo lugar em que o clube teima em deixar. E o cerne do problema é só um: jogar no novo Estádio Municipal de Aveiro/Mário Duarte significa, com mais intensidade, perder pontos.
Para que o pensamento seja mais criterioso, vamos aos números. Valem o que valem, é certo tal como as sondagens, mas raramente nos enganam.
Tendo como base de estudo a presente temporada de 2004/2005 e até à 19.ª jornada, o meu Beira-Mar disputou, no novo Mário Duarte, um total de nove jogos. Uma vitória (Gil Vicente), três empates (Marítimo, Belenenses e Sporting) e cinco (!) derrotas (Benfica, União de Leiria, Moreirense, Braga e Nacional da Madeira) equivalem ao fraco pecúlio de seis pontos (!) quando os que estavam em disputa eram 27. Uma medonha percentagem de 22,2 por cento de êxito em Aveiro. Pouco, muito pouco para quem ambiciona ficar nos lugares da frente.
E se falarmos em matéria de golos, afinal aquilo que os especialistas chamam de "sal" do futebol, os auri-negros encontraram eficazmente o caminho da baliza em 12 ocasiões sendo que os adversários o fizeram por 21 (!) vezes. Transferindo esta desgraça para as percentagens, temos que o índice de aproveitamento beiramarense é de 36,3 por cento contra, meu Deus, 63,6 por cento do opositor. Uma calamidade miserável.
Não fiquemos por aqui. Vejamos o panorama quando o meu Beira-Mar actua no reduto do seu opositor. Em 10 partidas, vencemos três vezes (Vitória de Setúbal, FC Porto e Benfica), empatámos duas (Rio Ave e Académica) e baqueamos em cinco jogos (Nacional da Madeira, Estoril, Penafiel, Boavista e Vitória de Guimarães). De um total de 30 pontos amealhámos 11. Significa isto uma percentagem de 36,6 por cento. Quanto a golos, concretizamos 9 e sofremos 16. Ou seja, 36 por cento a nosso favor contra 64 por cento dos nossos adversários.
À vista de todos estes números. A época já vai a mais de meio. Um total de 17 pontos (e notem que sete foram sobre FC Porto, Sporting e Benfica) nos 57 que já foram disputados. Sabendo que este ano os tradicionais 34 pontos não chegam para assegurarmos a manutenção, mas sim 37, temos que amealhar, até final, mais 20 pontos. Faltam oito jornadas a serem disputadas em Aveiro (diante de Vitória de Setúbal, Rio Ave, Estoril, Penafiel, Boavista, FC Porto, Académica e Vitória de Guimarães) a juntar às sete fora de portas (Gil Vicente, Marítimo, União de Leiria, Belenenses, Sporting, Moreirense e Sporting de Braga). Dirão muitos que vai ser extremamente difícil. Eu digo que nada é impossível.
Chegados aqui, lanço um comentário pessoal. Se António Sousa falava em "trauma" actuar no novo Estádio e Luís Campos chama-lhe "anátema"; se aquilo que mais ambicionamos é ficar na SuperLiga (mais nenhum objectivo pode ser assumido), porque é que não se toma a coragem de voltar a colocar a equipa a actuar no velhinho Mário Duarte? Pelo que se vê nos treinos, o relvado está em boas condições, os sócios e adeptos sentem-se bem naquele que ainda é o nosso Estádio; mudemo-nos provisoriamente para lá. Só por oito jogos. Não custa nada! Seria uma medida de carácter cirúrgico para manter o clube na divisão maior do nosso futebol e, estou plenamente convencido, a maioria dos sócios e adeptos agradeceria tal decisão. É, na minha opinião, necessário que se proceda a esta decisão. Esta seria uma solução de curto prazo.
Para já, a preocupação resume-se a colocar o clube num lugar mais cómodo que evite desgraças maiores para o final do campeonato. Não podemos continuar a dar mais "tiros nos nossos próprios pés".
É agora, ou nunca!
Braque, Georges
Números para reflectir: uma só ideia a retirar
Muito escreve e ainda mais se fala. A verdade, é que desde que o meu Beira-Mar deixou de jogar no cada vez mais saudoso velhinho Mário Duarte a equipa nunca foi a mesma. O tempo vai passando e sinais de modernidade, no que ao futebol praticado diz respeito, para aquele que já deveria ser considerado com um dos grandes de Portugal, nem vê-los. Desesperadamente, hoje em dia é mais do que banal o adversário vir a Aveiro e… ganhar.
O ridículo da situação resume-se apenas a isto: a surpresa da jornada acontece quando o meu Beira-Mar ganha um jogo em casa. Bruxedo? Maldição? Azar? Não sei, nem quero saber. O que me preocupa, neste momento, é o penúltimo lugar em que o clube teima em deixar. E o cerne do problema é só um: jogar no novo Estádio Municipal de Aveiro/Mário Duarte significa, com mais intensidade, perder pontos.
Para que o pensamento seja mais criterioso, vamos aos números. Valem o que valem, é certo tal como as sondagens, mas raramente nos enganam.
Tendo como base de estudo a presente temporada de 2004/2005 e até à 19.ª jornada, o meu Beira-Mar disputou, no novo Mário Duarte, um total de nove jogos. Uma vitória (Gil Vicente), três empates (Marítimo, Belenenses e Sporting) e cinco (!) derrotas (Benfica, União de Leiria, Moreirense, Braga e Nacional da Madeira) equivalem ao fraco pecúlio de seis pontos (!) quando os que estavam em disputa eram 27. Uma medonha percentagem de 22,2 por cento de êxito em Aveiro. Pouco, muito pouco para quem ambiciona ficar nos lugares da frente.
E se falarmos em matéria de golos, afinal aquilo que os especialistas chamam de "sal" do futebol, os auri-negros encontraram eficazmente o caminho da baliza em 12 ocasiões sendo que os adversários o fizeram por 21 (!) vezes. Transferindo esta desgraça para as percentagens, temos que o índice de aproveitamento beiramarense é de 36,3 por cento contra, meu Deus, 63,6 por cento do opositor. Uma calamidade miserável.
Não fiquemos por aqui. Vejamos o panorama quando o meu Beira-Mar actua no reduto do seu opositor. Em 10 partidas, vencemos três vezes (Vitória de Setúbal, FC Porto e Benfica), empatámos duas (Rio Ave e Académica) e baqueamos em cinco jogos (Nacional da Madeira, Estoril, Penafiel, Boavista e Vitória de Guimarães). De um total de 30 pontos amealhámos 11. Significa isto uma percentagem de 36,6 por cento. Quanto a golos, concretizamos 9 e sofremos 16. Ou seja, 36 por cento a nosso favor contra 64 por cento dos nossos adversários.
À vista de todos estes números. A época já vai a mais de meio. Um total de 17 pontos (e notem que sete foram sobre FC Porto, Sporting e Benfica) nos 57 que já foram disputados. Sabendo que este ano os tradicionais 34 pontos não chegam para assegurarmos a manutenção, mas sim 37, temos que amealhar, até final, mais 20 pontos. Faltam oito jornadas a serem disputadas em Aveiro (diante de Vitória de Setúbal, Rio Ave, Estoril, Penafiel, Boavista, FC Porto, Académica e Vitória de Guimarães) a juntar às sete fora de portas (Gil Vicente, Marítimo, União de Leiria, Belenenses, Sporting, Moreirense e Sporting de Braga). Dirão muitos que vai ser extremamente difícil. Eu digo que nada é impossível.
Chegados aqui, lanço um comentário pessoal. Se António Sousa falava em "trauma" actuar no novo Estádio e Luís Campos chama-lhe "anátema"; se aquilo que mais ambicionamos é ficar na SuperLiga (mais nenhum objectivo pode ser assumido), porque é que não se toma a coragem de voltar a colocar a equipa a actuar no velhinho Mário Duarte? Pelo que se vê nos treinos, o relvado está em boas condições, os sócios e adeptos sentem-se bem naquele que ainda é o nosso Estádio; mudemo-nos provisoriamente para lá. Só por oito jogos. Não custa nada! Seria uma medida de carácter cirúrgico para manter o clube na divisão maior do nosso futebol e, estou plenamente convencido, a maioria dos sócios e adeptos agradeceria tal decisão. É, na minha opinião, necessário que se proceda a esta decisão. Esta seria uma solução de curto prazo.
Para já, a preocupação resume-se a colocar o clube num lugar mais cómodo que evite desgraças maiores para o final do campeonato. Não podemos continuar a dar mais "tiros nos nossos próprios pés".
É agora, ou nunca!
1 Comentários:
Não me parece uma boa ideia ...
Os jogadores e o treinador tem é que interiorizar que "tem que dar o litro" e vão ver que os resultados positivos aparecem.
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