Apresentação... amarga

A Académica foi a equipa escolhida para apadrinhar os regressos de Mano Nunes, António Sousa, Ricardo Sousa, Palatsi, Cristiano, Levato e Fary ao Beira-Mar. Será, segundo os velhos costumes, o tradicional jogo de apresentação aos sócios e adeptos.
Parece-nos que o adversário escolhido, certamente um aproveitamento do torneio Legea, deixa muito a desejar. Foi-se escolher precisamente o grande rival do clube. Qual dos dois o melhor da região centro?
Não me lembro, muito francamente, que a Académica alguma vez tivesse convidado o Beira-Mar para actuar no seu Estádio em jogo de apresentação.
Tenho para mim que o primeiro encontro em casa serve, por assim dizer, como imagem de marca para a temporada que se vai iniciar. Ficar com a marca "Académica" em Aveiro é... dose.
Nada tenho contra a boa vizinhança e respeito pelo emblema coimbrão. Mas, ainda assim, daqui deste local gostaria de lamentar que face ao bom relacionamento que Mano Nunes tem com Luís Filipe Vieira não seria descabido convidar o Benfica para apadrinhar os tais regressos, que acima referi, ao Beira-Mar.
Se não repare-se: o Benfica é sempre o Benfica. Clube grande que onde quer que jogue leva, consigo, uma multidão de apoiantes. Ora se, por exemplo, a actual Comissão Administrativa cobrasse um valor de dois euros e meio para ver um Beira-Mar versus Benfica, nesta altura da época com muita gente de férias e em Portugal, imaginem o número de pessoas que não estaria presente. Fazia-se uma óptima receita, sempre bem-vinda para o depauperado cofre beiramarense, e tirava-se o pó às cadeiras do Estádio.
Claro, eu sei, também era preciso que o Benfica estivesse disponível. Mas será que alguém questionou o clube da luz sobre a sua disponibilidade?
Mas como nada disto é possível levemos com... a Académica.

Post-scriptum: não me sai da memória a terrível deselegância que os academistas tiveram connosco na penúltima descida de divisão: «parabéns pela inovação. Primeiro estádio do Euro a descer de divisão.» Que feitio!