A voz... segue dentro de momentos

No dia de hoje, o nosso comum amigo beiramarense, António José Bartolomeu, vai ser submetido a uma intervenção cirúrgica. Uma situação que o Tó-Zé sabia que iria acontecer, mas que estava fora dos seus planos ser antes do jogo com o Carregado. Por isso, como é fácil de imaginar, foi um rude golpe que sofreu, saber o dia da operação.

Mais do que ninguém, este homem, que há mais de 20 anos acompanha o clube e nos relata, através da sua inconfundível voz, as incidências dos jogos do Beira-Mar, merecia viver o sábado desportivo de perto e ao vivo. Ontem, ao telefone, disse-lhe que a saúde está primeiro, mas notei, na sua voz, um tremendo desalento, um sentimento de injustiça por não estar a relatar o jogo do seu Beira-Mar, o jogo do novo campeão nacional.

A voz não se calará. Interrompe, por momentos, a sua acção mas há a promessa de voltar ao seu (elevado) nível.

A voz vai estar atenta às imagens televisivas e ao relato do Carlos Manuel Teixeira e irá vibrar com a vitória da sua equipa.

A voz merece, claro está, o sucesso do Beira-Mar e que esse sucesso também tenha, por pouco que seja, uma dedicatória dos jogadores e dos adeptos.

A voz, ainda assim, evocará no Estádio com o habitual "golo, golinho, golão... a bola entrou, o Beira-Mar marcou" e merecerá o aplauso unânime.

A voz ainda perdura com a marca registada "desportivamente seu... Tó-Zé Bartolomeu".

A voz... segue dentro de momentos!