O BEIRA-MAR EM ACÇÃO
Regalei-me em ver o Beira-Mar passar classe, espalhar perfume e encantar os adeptos em pleno Alvalade XXI. Quero-vos dizer que eu fui um dos cerca de 30 mil adeptos que ovacionou, no final, um dos melhores jogos de futebol que há memória. As declarações, no final, do presidente do Sporting, Dias da Cunha, não deixavam margem para dúvidas: o Beira-Mar é, de facto, uma grande e formidável equipa. Para o líder máximo leonino referir que tinha sido o melhor adversário que o Sporting defrontou esta época, então está tudo dito.
Poderei, confesso, ser uma pessoa suspeita na apreciação ao desempenho dos atletas do meu clube. Raras são as vezes em que tenho criticado as suas actuações. Mas neste momento julgo que a opinião é unânime em considerar o Beira-Mar como uma equipa fortíssima que se bate de igual para igual seja qual for o adversário. E é precisamente por isto que eu tanto me tenho batido. Tal como referi aos microfones da Aveiro FM agora já não existe espaço nem tempo para pronunciarmos o nome de beirarzinho. Este clube está numa fase de crescimento insuperável cujo limite é difícil de prever. Com calma, é certo, vamos chegar ao topo.
Voltando ao jogo de segunda-feira passada, e por aquilo que se viu, o resultado de 3-1 é nitidamente exagerado. Nem o Sporting jogou superior ao Beira-Mar nem mesmo o Beira-Mar merecida perder por duas bolas de diferença. E isso só aconteceu porque a equipa auri-negra jogou taco-a-taco na constante procura do golo. A verdade é que durante larguíssimos minutos de jogo o meu clube foi rei e senhor do jogo. O Sporting, rendido às evidências, limitava-se a travar os ataques aveirenses e a explorar o melhor que podia o contra-ataque. Claro está que neste tipo de desafio o individual acaba por sobressair. E quando Pedro Barbosa, João Pinto e Liedson estão numa noite sim, tudo pode acontecer. E foi o que aconteceu. As coisas saíram bem aos leões e menos bem ao Beira-Mar. Tenho para mim que a falta de experiência em jogos grandes de Osório e Kingsley - sobretudo estes dois protagonistas de perdidas flagrantes - acabou por, de alguma forma, ajudar ao desequilíbrio do resultado. A haver um resultado justo, julgo que o empate mostrava o que se de verdade se passou no novo relvado do Alvalade XXI.
O importante agora é não baixar os braços. O resultado foi negativo, mas a postura foi digna de um clube grande que deixou todos os seus sócios e adeptos orgulhosos. Agora, é tempo de retomar o caminho vitorioso começando desde já no próximo Domingo recebendo o também europeu União de Leiria.
O QUE MAIS GOSTEI
O novo Estádio do Sporting Clube de Portugal é um verdadeiro sonho. De repente parece que estamos a observar um daqueles filmes de ficção onde nos sentimos a viajar pelo futuro. O speeker de serviço dá as boas-vindas, em português, inglês e francês. No decorrer do desafio, as claques do Sporting abafam qualquer ruído exterior. Então, quando o Sporting marca um golo parece que as bancadas vêm abaixo. É o epílogo perfeito de um guião digno de registo. Afinal, até agora só tinha ido a campos de futebol. No último jogo, acompanhei o Beira-Mar na deslocação a um ESTÁDIO. Para breve, terei o prazer de ir a outro. Fica aqui mesmo em Aveiro. È o do meu clube: do Sport Clube Beira-Mar.
Não posso deixar passar em claro um aspecto negativo que manchou de sobremaneira a deslocação ao Estádio Alvalade XXI. Sabe-se lá porque, mas a claque dos Ultras auri-negros só puderam começar a dar o seu imprescindível apoio ao Beira-Mar a partir dos 35 minutos de jogo. Até esse momento ficaram presos dentro dos dois autocarros. Uma falha imperdoável quando estamos a testar as nossas capacidades para o EURO 2004. Se todos nós aprendemos com os erros, então é bom que os responsáveis sportinguistas tenham aprendido com o mal que fizeram aos ultras auri-negros. E todos sabemos que eles não mereciam passar por esta vergonha!
O PRÓXIMO JOGO
A União Desportiva de Leiria é já uma velha conhecida do Beira-Mar. Desde as divisões secundárias que ambos os emblemas já tiveram a oportunidade de se defrontarem. Fazer o saldo resultante dos jogos entre Beira-Mar e Leiria é um exercício tremendamente difícil de realizar. O importante é mesmo o futuro. E a distância em relação ao futuro está a poucas horas. É já Domingo, pelas 16 horas, que o Mário Duarte tem a honra de receber, uma vez mais, o Leiria.
A equipa de Vítor Pontes é, para mim, um clube que sempre o recordarei. Pelo simples, mas simbólico, facto de que na memorável época de 1998/99 foi o último adversário rumo ao Jamor onde o Beira-Mar conquistou a Taça de Portugal. Por isso, anseio por Domingo e que seja este o clube a pagar a factura da derrota lisboeta do meu Beira-Mar.
Fazendo um pequeno exercício histórico, muito recente, verifico que nas últimas três épocas o Beira-Mar obteve, frente ao Leiria, duas vitórias e um empate. Foi precisamente no dia 2 de Fevereiro deste ano que se verificou a divisão de pontos. O Beira-Mar estava numa arreliadora última posição. O 2-2 final prometia a continuação da angústia até final da época desportiva. Esse jogo até começou da melhor forma. Levato, logo aos 18 minutos, inaugurou o marcador. Mas Silas (25m) e Douala (29m) deram a volta ao resultado. Rezam as crónicas que nos balneários o técnico do Beira-Mar procedeu a alterações tácticas inteligentes e eficazes. No reatamento, o Beira-Mar surgiu a jogar com três centrais, dois alas e um ponta de lança. Ao quarto minuto, o tento do empate pelo ala Carlinhos. Até final, o Leiria viveu um sufoco penoso. Mas as suas redes deixaram de ser violadas. Até quando? Com certeza, até Domingo próximo!
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