quinta-feira, maio 06, 2004

O BEIRA-MAR EM ACÇÃO
Mudemos os destinatários das palavras usadas para catalogar as exibições de FC Porto, Sporting e Benfica. Tentemos repor a verdade dos factos e elogiar quem deve ser elogiado sem ter a imprensa de peso do lado dos mesmos de sempre.
O Benfica, vindo de uma respeitável série de vitórias consecutivas, depois de ter vencido em Coimbra a estrondosa (?) formação da Académica, foi apelidado com uma equipa "magnífica", "brilhante", "mágica", etc. Para quem lesse tais títulos a toda a largura de primeira página, facilmente chegaria à conclusão de que a formação da luz seria imbatível, demolidora ou, até mesmo, invencível durante um longo período.
Mas eis que no seu primeiro jogo oficial na nova "catedral", surge um clube da província que, por acaso, tem vindo a fazer um campeonato engraçado, conquistando vitórias que, em alguns casos, seriam impensáveis e tendo feito um bom jogo frente ao Sporting.
A verdade, meus amigos, é que na inauguração do Estádio da Luz o Beira-Mar foi, sem favor nenhum, "magnífico", "brilhante", "mágico", etc. O Beira-Mar ganhou o jogo porque simplesmente foi melhor que o adversário. Mesmo assim, tendo evidenciado uma prestação muito melhor que o vice-campeão da temporada passada, os dias pós-jogo foram passados a discutir sobre a forma como o Benfica perdeu o jogo e não como o Beira-Mar levou a melhor sobre o Benfica.
Falemos com verdade! Deixemos de lado esse tipo de proteccionismo bacoco e irrisório. No passado Domingo, dia 2-Novembro, eu estive em Lisboa e vi o Beira-Mar ganhar ao Benfica! No plano táctico, parabéns à equipa técnica, no plano técnico, parabéns aos jogadores, e nas bancadas, parabéns à grande e maravilhosa falange de apoio beiramarense. Tudo o que fosse amarelo e preto ganhou ao encarnado. Que ninguém tenha dúvidas disto. A mim, o que me entristece bastante é a falta de imparcialidade desses comentadores desportivos que concluem pelo demérito benfiquista e não pelo mérito beiramarense. Por que raio de razão terão que ser os grandes a serem sempre beneficiados, até nas suas derrotas? Já não há espaço para esses tais provincianos - com muita honra - terem direito a serem candidatos a alguma coisa? Tenham paciência, mas este ano vão ter que levar connosco. Doa a quem doer! Não me importa mesmo nada que me acusem de atirar os foguetes antes da festa. Uma coisa é certa: aconteça o que acontecer o Beira-Mar já escreveu as páginas mais bonitas da época desportiva de 2003/2004. E se este plantel se mantiver intacto, pelo menos até ao final da temporada, pressinto que algo de bom nos vai acontecer. Dure a eternidade que durar - ninguém sabe quando é o fim do mundo - todos se lembrarão que no primeiro jogo oficial do novo, e muito bonito, diga-se de passagem, Estádio da Luz o Beira-Mar venceu por 1-2 o Benfica crónico e eterno candidato ao título de campeão nacional de Portugal.
O futuro segue já amanhã. E amanhã é um dia especial para ficar escrito, também, nas páginas de ouro da história do futebol português. O já velhinho Estádio Mário Duarte vestirá o fato de gala de anfitrião pela última vez. O Guimarães será o convidado de honra. Aquilo que se espera é que o público compareça em grande número prestando, desse modo, uma justa homenagem a um palco que tantas e tantas alegrias nos proporcionou. E já agora, que a equipa nos brinde com uma nova vitória


O PRÓXIMO JOGO
Os encontros entre Beira-Mar e Vitória de Guimarães caracterizaram-se, quase sempre, por conferir uma grande emotividade e uma saudável convivência entre auri-negros e vitorianos. Na memória, não só por ter sido o mais recente, está o da temporada passada realizado em Felgueiras. Uma exibição brilhante do Beira-Mar permitiu que a equipa vencesse e desse um rumo quase definitivo para a manutenção na SuperLiga.
A título de curiosidade, verificamos que o último triunfo alcançado pelo Beira-Mar em Aveiro aconteceu na temporada de 2000/2001. Um triunfo suado por 3-2 a que se seguiram dois empates. Nulo na temporada seguinte e um golo para cada lado na temporada passada. Fary, aos 76 minutos, inaugurou o marcador. Mesmo em cima do apito final, Fangueiro igualou o marcador.
Este será o quarto confronto seguido entre os actuais dois técnicos. Para despedida do Mário Duarte, que vença quem jogue em casa.


O QUE MAIS GOSTEI
A viagem de regresso de Lisboa não podia ter sido mais animada. Todos nós sabíamos que também tínhamos entrado na história. Afinal, assistimos ao vivo e em directo a uma estrondoso, espectacular quanto justa vitória do Beira-Mar na inauguração oficial do Estádio da Luz (perdoem-me cair no erro da repetição, mas a felicidade é tanta que não consigo disfarçar).
Mas um dos momentos altos estava para acontecer. A nossa paragem aconteceu na estação de serviço de Leiria. A euforia era generalizada. Quase todos estávamos a retemperar forças para o resto da viagem quando, de repente, entram os primeiros jogadores na área da alimentação. Uma salva de palmas ecoou na sala. A seguir, momentos únicos e mágicos com a confraternização em ambiente familiar entre jogadores, equipa técnica e adeptos. Lindo, de morrer! São momentos que jamais nos sairão da memória.

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