O (El)Mano desnaturado
Que diabo! Agora o sistema também nos quer tramar a vida. Já não chega fazer gato-sapato do Sporting, surge a vez do Beira-Mar. Mas no caso concreto do Beira-Mar, o sistema tem nome e está bem definido. Chama-se Elmano Santos e foi o árbitro (?) do nosso último jogo. Uma actuação a todos os títulos vergonhosa e cúmplice na nossa perca de dois pontos. O objectivo, claro está, é fazer com que o Beira-Mar não chegue a alcançar um lugar nas competições europeias da próxima época. Será que conseguem?
Eu fui um dos cerca de 100 adeptos beiramarenses que se deslocaram, no passado Domingo, à Amadora imbuídos do espírito em ver o clube regressar às vitórias. Aquilo que pudemos assistir foi a um início de jogo bastante animado com os auri-negros a quererem tomar a iniciativa da partida desde o apito inicial. Pura ilusão!
Repare-se que o primeiro golo do Estrela nasce de um claro fora-de-jogo de Miran. Foi, digamos assim, o indicativo daquilo que Elmano estava preparado para fazer.
Reagiu como um grande, a minha equipa. Juninho Petrolina (ora seja bem-vindo ao bom futebol, sr.º Juninho) deu um tamanho pontapé na arrogância de Elmano… perdão, na bola, de fora da área, indo o esférico aninhar-se na baliza de Veiga. Alegria nas hostes beiramarenses, tristeza em Elmano.
Acontece, porém, que a saga de Elmano continuou no segundo tempo. Júlio César, qual artista de circo da era antiga, caiu espalhafatosamente na área do Beira-Mar. Elmano, numa corrida linda digna de dançarino de ballet, apontou de imediato para a marca de grande penalidade. Um lance, diga-se em abono da verdade, seguida de duas faltas não assinaladas a favor do Beira-Mar. No seguimento, Marriot desfeiteou… Elmano. Uma excelente defesa ao penaltie. Pelo meio, já o Estrela tinha chegado à vantagem numa desatenção da defesa (atenção meus senhores, esta não é a primeira nem a segunda vez que a defesa mete água como um barco com casco roto).
O meu Beira-Mar não se intimidou. Procurou, como um gigante, acercar-se da baliza adversária. Juninho fez renascer a esperança na vitória ao empatar o jogo. E já em período de descontos João Paulo falhou escandalosamente aquele que poderia ser o golo da justa e merecida vitória. Nesse momento, foi a vez da tristeza invadir-nos mas, por outro lado, o Elmano da mesma-terra-do-Marítimo-e-do-Nacional ficou com um enorme sorriso na boca(rra). O mesmo sorriso com que se despediu da falange de apoio do Beira-Mar ao dirigir-se para os balneários.
Vamos manter a esperança. Havemos de voltar aos bons velhos tempos, se Deus quiser!
Força Beira. Tu és capaz!
O QUE MAIS GOSTEI
Não há dúvida nenhuma que a actuação de Elmano deixou-nos com os nervos à flor da pele. É óbvio que nem todos somos iguais. Uns reagem com mais calma do que outros. O nosso conhecido Zé do Bombo é daquelas pessoas que, sempre que o Beira-Mar não ganha, considera que a culpa é única e exclusivamente do árbitro. Umas vezes tem razão, outras não. No caso concerto do último Estrela da Amadora / Beira-Mar, o nosso Zé estava cheio de razão. Exaltou-se de tal forma que acabou por se sentir mal. Chegou mesmo a desmaiar. Gostei de observar que, de imediato, a claque dos Ultras Auri-Negros tivesse acompanhado, de perto, a situação do Zé até que ele se sentisse melhor; também o Dr.º Laerte Mota, em serviço junto da equipa, prontificou-se a deslocar-se até junto do Zé e prestar, logo ali na bancada, a primeira assistência. Um gesto bonito e dignificante. Tal e qual como Mano Nunes. O nosso presidente saiu do banco de suplentes para saber em que estado se encontrava o Zé.
Da parte da claque do Estrela da Amadora, que nos presenteou com uma faixa dando-nos as boas-vindas, quis saber do estado de saúde da pessoa que se tinha sentido mal.
Enfim, no futebol ainda há espaço e pessoas com coração de ouro!
O PRÓXIMO JOGO
Jogo grande aquele que vai haver no próximo Sábado, em Aveiro. Frente a frente estarão o oitavo classificado e candidato legítimo à Europa (o meu Beira-Mar) e o actual segundo classificado e candidato ao título de campeão nacional (Sporting Clube de Portugal).
Esta é uma clara oportunidade para que se verifiquem três belíssimas situações: 1) uma enorme afluência de público ao nível do último Portugal/Grécia; 2) um excelente espectáculo entre duas das melhores equipas do futebol português (alguém dúvida?!); 3) a primeira grande vitória do nosso Beira-Mar em casa (estou certo que é desta!)
Meus caros leitores, perder este jogo é sinónimo de perder a oportunidade em assistir a um desafio do mais alto nível.
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