O BEIRA-MAR EM ACÇÃO
Atitude demolidora
Um verdadeiro festival na arte de bem jogar futebol, foi aquilo a que tivemos oportunidade de assistir no embate que opôs, frente-a-frente, Beira-Mar e Belenenses. Julgo, até, que a equipa de Belém nunca levou um "banho de bola" como na passada Segunda-feira. E isto, meus amigos, foi produzido por um Beira-Mar cada vez mais senhor de si, personalizado e que sabe bem aquilo que quer.
Mal soou o apito para se dar início ao encontro, o Beira-Mar "assaltou", por completo, o último reduto belenense. Sabendo das dificuldades por que passava, a postura azul foi apenas e só jogar a favor do tempo. Segurar o nulo era o melhor que lhe podia acontecer. Para tal, foi utilizado um descabido e patético anti-jogo que teve como expoente máximo o guarda-redes Marco Aurélio.
Conforta-me saber que estamos quase, quase a dobrar a primeira volta e o meu Beira-Mar mantém-se firme e seguro sem vacilar seja contra quem for.
Deste modo, a minha dúvida persiste: até quando esta maravilhosa atitude? Espero e desejo ficar nesta dúvida durante muito e mais bom tempo.
Pena tive que a partir das justas expulsões dos atletas do Belenenses, a formação aveirense tivesse caído um pouco de produção. Se já melhorou, e muito, na postura quando se coloca a vencer - essa postura que tanta falta fez frente ao Vitória de Guimarães - o próximo objectivo deve ser, na minha opinião, o de saber jogar frente a equipas que se vêem reduzidas em jogadores e que se fecham a "sete chaves" na sua defesa. Ainda falta muito campeonato e, claro está, tudo pode acontecer.
Mas enquanto o futuro não chega, vamos saboreando este esplendoroso momento em que acima de nós só estão os crónicos três grandes.
Sabe tão bem viver feliz!
O QUE MAIS GOSTEI
Estava complicado encontrar o caminho da vitória. Os ataques sucediam-se em catadupa: pela esquerda; pela direita, pelo centro do terreno. Mas também através de jogadas colectivas e/ou até mesmo individuais.
O tempo ia passando e a bola teimava em não entrar. Em todos os adeptos presentes, quer fossem afectos ao Beira-Mar como ao Belenenses, pairava a sensação de um desfecho injusto. Nunca o Beira-Mar mereceu ganhar um jogo como este frente aos azuis de Belém.
Mas eis que chegou uma ajuda divina. Uma ajuda que certamente teve um toque de alguém muito especial para o clube aveirense como para a claque. A D. Beta, que minutos antes tinha sido recordar por todos quantos estiveram presentes naquele estádio; uma pessoa que ajudou os auri-negros no início da sua existência disponibilizando o seu próprio veículo para transportar o material essencial no apoio ao seu clube de sempre; a D. Beta que para onde fosse o Beira-Mar ela também ia. Os golos apareceram, porque a D. Beta assim o quis. A vitória vai por inteiro para ela.
Mas também porque merecem, os beiramarenses deram o seu importante contributo na passada segunda-feira. Os jogadores e equipa técnica, certamente agradecem essa ajuda indispensável. E eu faço-o pessoalmente através dos vários núcleos da claque Auri-Negra: Albergaria, Bairrada, Cacia, Capital, Corticeiro, Ílhavo, Gafanha, Girls, Grupo Aveiro, Rougnecks, Quintas, Rossio, São Jacinto e Vagos.
Uma vitalidade impressionante a quem o clube deve agradecer para todo o sempre!
Foi, de facto, de tudo isto que mais gostei.
O PRÓXIMO JOGO
Mais uma prova de fogo nos espera a próxima jornada. Esta primeira volta reservou-nos a visita ao estádio de Sporting, Benfica e agora FC Porto. Uma coincidência que deve ser cumprida com o maior respeito e dignidade.
Ao recordarmos os últimos embates, temos, necessariamente, que revivermos derrotas que nos deixa tristes e amargurados.
Mas o melhor mesmo é contornar a história. Passar por cima dos momentos menos felizes e saborear as recordações bonitas e brilhantes. Recuemos até ao dia 23-Fevereiro-2002. Jogava-se a 24.ª jornada. Carlos Xistra, auxiliado por Serafim Nogueira e António Gonçalves deu início a um jogo em que os intérpretes no bom trato da bola foram:
FC Porto: Vítor Baia; Ibarra, Ricardo Carvalho (Costinha, 58m), Jorge Andrade e Mário Silva; Deco, Paredes, Alenitchev (Hélder Postiga, 46m) e Cândido Costa; Benni McCarthy e Clayton (Paulo Costa, 57m).
Beira-Mar: Nuno Santos; Jorge Neves, Lobão, Vítor Silva e Cristiano; Bruno Ribeiro (Geraldo, 72m), Levato (Areias, 90m), Juninho Petrolina e Marcelinho; Gambôa e Rui Dolores (Fary, 46m).
Os dois treinadores eram os mesmos que Domingo se vão defrontar. Os golos, bem os golos foram dois para o Porto e TRÊS para o Beira-Mar. Cristiano e Fary, por duas vezes, deram uma das maiores alegrias que os aveirenses puderam viver.
Vou às Antas com este jogo na memória!
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