"A tristeza é um livro sábio que se tem no coração e que nos diz centenas de coisas - impede-nos de apodrecer como um cogumelo debaixo de uma árvore; pouco a pouco vai fabricando uma provisão de ensinamentos para a vida"
Slowacki, Juliusz
É um facto verídico que jamais sonharia que a podridão humana pudesse permitir que as pessoas tivessem comportamentos vergonhosos e de tão baixo nível que só equiparados ao mais mal-feitores da história humana. Mas, o ser humano deveria estar preparado para quando as mais ingratas e mesquinhas mentiras fossem ditas sobre ele, soubesse reagir com o devido saber e em perfeita consonância com a nobreza humana.
Costumo dizer que só me faz mal quem eu, realmente, quero. Aliás, se as falsidades escritas por alguns me fossem ditas pessoalmente, saberia esclarecer as pessoas que as dizem. Como o meu blogue é um espaço público e democrático, sinto-me na obrigação de prestar alguns esclarecimentos para elucidar, somente, quem me quer bem e que possam, por alguns momentos, pensar que essas terríveis mentiras pudessem, no mínimo, corresponder à verdade.
FACTO 1:
A) A minha relação com o SPORT CLUBE BEIRA-MAR é, em primeiro lugar, de sócio e adepto que vibra com as vitórias e sofre com as derrotas.
B) Sou, de facto, treinador da equipa de iniciados masculinos. A gratificação que recebo, de valor igual a todos os outros treinadores, sócios ou não, serve para compensar o combustível que gasto nas deslocações para os treinos e jogos. É verdade, utilizamos transporte próprio! Mesmo esse valor que recebemos tem que ser compensado com a apresentação de facturas. Ou seja, recebo uma verba irrisória mas tenho obrigatoriamente que entregar facturas naquele valor. Só a título de curiosidade, a verba que a secção de basquetebol do Beira-Mar tem destinada para cada treinador é a mais baixa de todas as equipas do concelho de Aveiro. Só o amor ao clube e à modalidade permitem que nós, treinadores, nos mantenhamos no Beira-Mar
Como "atalho de foice": estava, por opção própria, sem treinar quando me chamaram para o basquetebol. Aceitei o convite para que a modalidade não acabasse. Jamais foi por dinheiro!
C) A direcção do meu clube, pela qual tenho a melhor consideração, sempre esteve disponível para as minhas solicitações: entrevistas quando estavam de relações cortadas com o Diário de Aveiro; o engenheiro Alberto Roque aceitou, de pronto, ser meu orientador de estágio para a realização da minha tese de licenciatura; o presidente Mano Nunes abriu as portas do clube para que pudesse realizar o trabalho de campo para a realização da tese de licenciatura. Nunca, por nunca, pedi mais do que isto. O meu clube fez, por assim dizer, um trabalho de valorização académica.
FACTO 2:
O meu ingresso na função pública ocorreu no dia 1de Julho de 1998.
Relativamente à suposta "cunha" que tenha usufruido para esse ingresso tenho a referir o seguinte:
A) Sou, como sabem, militante do PPD/PSD. Na altura em que me candidatei ao meu actual emprego, o Partido político que liderava os destinos de Portugal era o PS, sendo primeiro-ministro António Guterres. Julgo que seja fácil de deduzir que daqui não levaria rigorosamente nada;
B) O aviso público de abertura para ingresso no meu local de trabalho, foi publicado no Diário de Aveiro no dia 8 de Junho de 1998. Fomos 10 candidatos sujeitos às provas obrigatórias para ingresso no serviço. Nenhum reclamou, no tempo necessário, a classificação final da qual fiquei em primeiro lugar.
C) Como devem calcular, para se ingressar na Função Pública é necessário, durante as provas de ingresso, a constituição de um juri. A homologação final foi assinada pelo representante legal do Ministério da Educação. Essa pessoa, que com o decorrer do tempo fiquei seu admirador pelas qualidades humanas e de liderança, é uma figura pública afecta a um Partido político da esquerda (no caso, Bloco de Esquerda). Pergunto: haveria lugar a "cunha" para um militante do PPD/PSD?
Lamento, profundamente, ter que prestar tais esclarecimentos. Mas como "quem não se sente, não é filho de boa gente" senti-me na obrigação de produzir tais considerações. Lamento, ainda mais, que quem fez tão mesquinhas e desleais afirmações, para com a minha pessoa, não se tenha dignado a vir ter pessoalmente comigo. Como é fácil esconder-se atrás de um computador.
Estes esclarecimentos foram prestados para preservar a minha honra e em consideração com todos os que me querem bem.
A terminar: desafio os sujeitos que tentaram denegrir a minha imagem a desmentir tudo aquilo que aqui escrevi. Dou como prazo o final desta semana. Já aqui fiz publicar o meu contacto telefónico e o meu e-mail. Se há coragem, desmintam-me!
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