PORQUE SOU DO BEIRA-MAR?
Compreendam o quanto se torna difícil explicar qual o motivo ou quais os motivos que me levam a ser fiel ao Beira-Mar. É o mesmo que perguntar a uma pessoa se gosta mais do pai ou da mãe. Racionalmente, não há justificação que explique porque sou do Beira-Mar. Dizer que sou do Beira-Mar porque sou de Aveiro é limitando. Não posso, nem devo fazê-lo porque fora de Aveiro também existem muitos e bons beiramarenses.
Mesmo assim, atrevo-me a dar uma explicação. É a minha explicação e nada mais do que isso.
Ser do Beira-Mar é sentir uma felicidade interior enorme que me leva a pensar no clube quase 24 horas por dia; é querer conhecer a instituição por dentro e por fora; é defender a colectividade contras as injustiças e maldades que se nos deparam quase diariamente. Mas ser do Beira-Mar também significa sofrer. E como se sofre! Ou porque um atleta se lesiona; ou porque o clube perde um jogo; ou porque uma época inteira se torna num verdadeiro pesadelo. O sofrimento é penoso e, por vezes, insuportável. Nestas horas só uma consolação me resta: ouvir o hino do clube e relembrar os dias de glória tão frequentes nestes 82 anos de vida.
E porque são as glórias que nos alimentam o ego, o meu clube faz-me sentir orgulhoso dos seus feitos. A conquista da Taça Ribeiro dos Reis, da Taça de Portugal; as subidas de divisão desde a terceira nacional até ao escalão maior do nosso futebol; os feitos incontornáveis das modalidades amadoras como o basquetebol, o andebol, o hóquei em patins, o judo, o boxe ou até a ginástica. Este é um clube verdadeiramente eclético que representa Aveiro e Portugal de forma elevada e respeitada. Esta é uma instituição de utilidade pública porque promove junto da população o saudável hábito de praticar desporto.
Eu sou do Beira-Mar e sou feliz.
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