ARRANQUE EM FALSO
Começa deficitária a nova época do Beira-Mar. Indefinições, desconfianças e muito alarmismo em relação ao futuro. Verdade seja dita, e basta ler as notícias divulgadas quase que diariamente, o Beira-Mar parte para esta nova temporada bastante atrás do resto da concorrência. Meus amigos, basta estar atento para se perceber que os restantes clubes da SuperLiga têm os respectivos plantéis devidamente definidos e fortes, enquanto que nós, beiramarenses, vamos observando o nosso clube a navegar num mar de indefinições.
Mesmo assim, julgo que com o decorrer da época os jogadores vindouros terão bastante tempo para se conhecerem e ganharem o devido entrosamento entre eles. A maior preocupação, neste momento, reside nesta minha teimosa desconfiança relativamente à enigmática parceria estabelecida entre o Beira-Mar e o Stellar Group. Persistem-me sérias dúvidas sobre o real interesse que esse grupo manifesta em relação ao meu clube.
A fundamentarem essas minhas dúvidas, reparo que os devidos arranjos no plantel tardam a ser resolvidos. As saídas de João Paulo, Whellinton e Gambôa ainda não foram devidamente colmatas por quem de direito. Neste momento, a poucas horas da equipa sair para o importante estágio de início de época, o conjunto auri-negro dispõe apenas de McPhee para a frente de ataque. Pouco, muito pouco aliás, para um clube que ambiciona terminar o campeonato entre os 10 primeiros classificados.
Por outro lado, o Stellar Group já começou a provocar mossas difíceis de enfrentar na constituição de um grupo forte. Ainda não foram devidamente explicadas as verdadeiras razões para as deserções de Fredericks, amigos meus falaram-me tão bem dele, e de Peacock. Estaremos, como acredito, perante desvios de jogadores com base em propostas bem mais rentáveis para o Stellar e Group deixando o Beira-Mar para trás?
Depois, esta história muito mal explicada do empréstimo por três (???) anos de Kingsley, um dos melhores jogadores que actuaram em Portugal, aos suecos do Malmoe. Consta-se que esta medida visa valorizar o jogador. Pergunto: como é que se valoriza um atleta jogando num campeonato de menor dimensão e prestígio, como é o sueco, em relação ao português, País recentemente coroado vice-campeão da Europa? Sinceramente, isto deixa-me bastante preocupado!
O Stellar Group foi, ao que julgo saber, responsável pela colocação na equipa do avançado trintão Robert Vagner. Pesquisando nesse maravilhoso mundo que é a Internet, verifico que a carreira de Vagner tem sido marcada por alguma irregularidade, alternando épocas altas com outras baixas. Além disso, é um jogador, como provou no secundário clube alemão Energie Cottbus, que raramente aguenta os 90 minutos de jogo. Mais: nas duas últimas temporadas realizou um total de 49 jogos oficiais, tendo contabilizado cinco golos. Lanço uma nova questão: é de um avançado destes que realmente precisamos?
Ainda em relação a novos jogadores que interessam ao Beira-Mar, já algumas semanas que se fala na necessidade de vir um guarda-redes e mais um ou dois avançados. Se é assim tão urgente a vinda de jogadores para estas posições, como julgo que é, porque raio o Stellar Group ainda não procedeu à colocação desses atletas. Para seguir uma linha coerente e lógica, deixo uma nova questão: estará o Stellar Group mais interessado em reforçar equipas, por si patrocinadas, como mais viabilidade lucrativa?
Perdoem-me, meus amigos, mas estou, sinceramente, muito preocupado com o futuro do nosso Beira-Mar. Definitivamente, estamos a assistir a um arranque de temporada em falso que se pode revelar desastroso para o clube. Deus queira que me engane.
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