COMEÇAR DE NOVO
1. Faltam poucas horas para o início de mais uma edição da SuperLiga. Um campeonato onde todas as equipas transportam legítimas aspirações a alcançar lugares honrosos de acordo com a valia dos respectivos plantéis.
Sinto, com sinceridade, que esta temporada, que está prestes a iniciar, marcará um virar de página na história do futebol nacional. Somos vice-campeões da Europa, a nível de selecções, temos, a disputar a nossa Liga, o actual detentor da Taça dos Campeões Europeus, os estádios construídos e remodelados para albergarem os jogos do Euro 2004 oferecem um outro tipo de conforto tanto aos espectadores como aos próprios patricantes; enfim, um conjunto de factores que favorecem a prática de um melhor futebol a todos os níveis. Para além disso, o povo português é, na verdade, um amante fiel deste desporto-rei.
O nosso Beira-Mar também tem um começo da estaca zero. Uma nova equipa técnica, portas completamente escancaradas a jogadores de várias nacionalidades, parcerias com empresas estrangeiras (Stellar Group e TBZ) e ambição de fazer uma das melhores épocas da sua história. Neste particular, estou verdadeiramente expectante. Assumo, sem restrições nem rodeios, a minha desconfiança relativamente a Mick Wadsworth. No entanto, assumo-o de frente, publicamente e sem me esconder por detrás de um qualquer disfarce cobarde. Relembro, no entanto, que mesmo estando de pé-atrás sobre o técnico, também referi que enquanto Wadsworth estiver à frente do meu clube será sempre o meu treinador. Repito, também, que se ele tiver sucesso (assim Deus queira) virei aqui mesmo, na primeira oportunidade, lamentar-me pelo erro cometido. Desejo, sinceramente, poder fazê-lo. Seria um sinal claro de que tudo tinha corrido bem.
2. A primeira jornada do Beira-Mar revela-se, desde já, vitoriosa. Pelo menos, no aspecto financeiro. Quem deve estar a esfregar as mãos de felicidade é a TBZ. Um balúrdio de dinheiro que permite reforçar os cofres dessa empresa. Paralelamente, o estado de espírito dos jogadores promete elevar os seus índices de confiança. Defrontar, logo na ronda inaugural, um candidato ao título poderá funcionar como suplemento para se superarem perante os jogadores adversários.
Aliás, tive a oportunidade de ver o clube da águia a jogar frente ao Anderlecht e, meus amigos, este Benfica é claramente mais fraco que aquele que defrontamos na inauguração da nova Luz. Por isso, se na altura vencemos por 2-1 (ai Jesus, que saudades dessa noite memorável!) espero ansiosamente por uma outra noite divinal.
3. Posso dizer que também eu já entrei em estágio para o embate frente ao Benfica. Nas últimas noites tenho tido sempre o mesmo sonho. É verdade! Tenho sonhado com um Estádio Municipal Mário Duarte completamente lotado. Duas boas equipas a praticarem um futebol lindo; nas bancadas, meus amigos, as bandeiras e cachecóis amarelos e pretos são em maioria relativamente ao vermelho e branco. No final, o público afecto ao Beira-Mar, em larga maioria sobre o adversário, agradece a vitória beiramarense com uma estrondosa salva de palmas e a gritar, em uníssono, Beira-Mar, Beira-Mar, Beira-Mar. Será verdade que os sonhos se tornam em realidade?
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