quinta-feira, agosto 19, 2004

À espera do arranque
1. Desde o início do estágio, que teve lugar por terras de Santo Tirso, que se notam algumas melhorias neste Beira-Mar, variante Nações Unidas. Depois de alguns encontros desoladores disputados com Tirsense, Vizela e Ovarense, a equipa auri-negra recompôs-se e apareceu totalmente transfigurada frente ao Boavista e Espanyol de Barcelona. A última goleada diante do Oliveira do Bairro (8-0) mais não deve servir do que para reforçar os índices de confiança que se querem ver no seio do plantel.
Entretanto, o campeonato aproxima-se e novos jogadores vão chegando a Aveiro. Neste aspecto, aliás, os beiramarenses têm sido sui generes ao receberem diversos jogadores para experiências que, posteriormente, foram dispensados. Espera-se para ver até que ponto os actuais elementos têm tempo ou não para formarem um boa equipa. Isso sim, é que é primordial!
Para que conste, estiveram à experiência em Aveiro Abdoulie Corr, Robert Vágner e Andreas Mortensen. Foram desviados, sabe-se lá por quê, Stanton Fredericks, para o FC Moscovo, e Lee Peacock, para o Sheffield Wednesday. No consulado de Mick Wadsworth entraram, ao que se julga para ficar, os guarda-redes Eugene Galekovic e Pavel Srnicek, mas também Paul Murray, Stephen PcPhee, "Tanque" Silva, Pablo Rodriguez e Heitor. Entretanto, espera-se a chegado de mais um jogador: para actuar a extremo-esquerdo.
Coerente como sou, mantenho a minha opinião apreensiva relativamente à nova temporada do meu clube.
Continuo a defender que esta valente sangria de atletas operada no plantel não significa, necessariamente, uma melhoria de desempenho. Mantenho, por outro lado, muitas reservas em relação ao novo técnico. Mesmo assim, sempre deixo o meu benefício de dúvida sobre Mick Wadsworth. E gostaria de deixar bem claro que enquanto ele for treinador do Beira-Mar também será o meu treinador. Se tiver sucesso serei o primeiro, através deste jornal, a dar-lhe os mais calorosos parabéns.
2. Bonito, bonito continua a interminável novela cujos actores principais são os dirigentes do Beira-Mar e a administração da EMA. Uma vergonha injustificável cujos contornos levam, a nós sócios e simpatizantes do clube, a não saber se o clube, nesta temporada que se está prestes a iniciar, actuará no velhinho Mário Duarte ou no estádio novo. Argumentos dirimidos pelas duas partes principais que em nada, mas mesmo nada, dignifica o clube a própria cidade de Aveiro. Deixo, se me permitem, uma questão: quem é a personagem que irá colocar um definitivo e valente ponto final nesta autêntica encruzilhada.
3. Faltando apenas duas semanas para o começo oficial da SuperLiga, as equipas participantes ultimam os pormenores para que tudo esteja operacional no preciso momento de se dar o pontapé de saída. O que temos visto até ao momento deixa-nos, na minha opinião, um pouco apreensivos. Exemplo disso foi o que se passou no recente embate entre Boavista e FC Porto. Um espectáculo deplorável a roçar o limite inimaginável da violência campal. Vai ser muito arriscado e perigoso defrontar o conjunto orientado por Jaime Pacheco tanto no Bessa como em casa.
Mesmo assim, estou confiante que outras equipas proporcionem bons jogos de futebol. Agrada-me a preparação cuidada de Benfica e Sporting. O FC Porto continuará forte na conquista do título. Estou ansioso para ver o desempenho de Belenenses, Braga, Penafiel e Rio Ave. Até mesmo Vitória de Guimarães e Marítimo preparam-se para mostrar bom desempenho futebolístico. Que venham os fins-de-semana de futebol e com eles momentos deliciosos que o desporto-rei sempre acaba por proporcionar.

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