É certo que falhei...

... apenas no prognóstico do resultado final. Não foi um bem-vindo 4-0 para o Beira-Mar, como previ. Mas sempre foram quatro golos, dois para cada um, e acertei na previsão de que o Jardel iria «molhar a sopa».

Prometo que não vou fazer qualquer análise exaustiva ao comportamento da equipa. Apenas escrevo que, no global, teve altos e baixos. Altos na vontade de virar o resultado, na marcação de dois golos, que permitiram estar na posição de vencedor, e importante na recuperação do goleador Mário Jardel. Aliás, sobre Jardel só uma nota: façam os cruzamentos com qualidade, um pouco à semelhança de Drulovic e João Pinto, que o homem, afinal, resolve mesmo. Estava, e ainda estou mas menos, céptico sobre a utilidade do jogador. Mas olhem que se a bola chegar mesmo em condições ele mete-a lá dentro.

Quanto aos baixos, tentei, mas não consegui, ver em campo o Tininho, o Ribeiro e o Torrão. Estes três jogadores que na temporada passada fizeram jogos deliciosos na esperança que a Liga principal tivesse o seu início o mais rápido possível. Isto porque assim, com as frequentes transmissões televisivas, o país poderia ver que em Aveiro o Beira-Mar tinha dois laterais com muita qualidade e um médio-defensivo que tanto sabe defender como atacar bem. Procurei-os, é verdade, mas não os vi.

Enfim, para primeiro embate, sempre disputado com muita ansiedade, fazendo de professor darei à equipa a seguinte nota, de 0 a 10: 5, porque os altos foram um pouco mais que os baixos!

A 24 horas...

... do campeão regressar a casa. Em jogos oficiais. A recepção ao companheiro de promoção, Desportivo das Aves, terá que resultar numa vitória. Como resultado final, tenho um pressentimento: vamos vencer por 4x0. O tento inaugural, desta campanha que se quer novamente brilhante, vai ser apontado por Ribeiro. Jardel, obviamente, vai molhar a sopa.

Uma vez mais, grande Rui Cunha. A entrevista que fizeste acentua, se é que é possível tal o índice elevado, a minha admiração por ti. Pela enésima vez, parabéns pelos trabalhos que fazes.

Eu disse que Diogo Valente era uma possibilidade para o Beira-Mar. A direcção, julgo que pela primeira vez em situações deste género (porque será?), veio a terreiro desmentir como se de um crime "lesa pátria" se tratasse. No final, veremos quem tem razão. Pela qualidade do atleta e pelo valor acrescentado que pode trazer ao clube, espero, muito sinceramente, que seja eu a ter razão. Mas só por esses factores mesmo. Não quero louros de protagonismo nem medalhas de ter conseguido a notícia, em primeira-mão, para o Diário de Aveiro. Quero é um Beira-Mar forte, dotado de bons futebolistas. Ainda por cima, com aveirenses de gema e que gostam do clube.

Acabaram os amigáveis...

... e agora é a sério. Ou seja, os pontos serão o objectivo a atingir. O Beira-Mar demonstrou qualidades nos jogos que efectuou. Foram 13 com seis vitórias, quatro empates e três derrotas. Mário Jardel e Vasco Matos, com três golos cada, foram os marcadores mais eficazes. Por sectores, a defesa (Ribeiro, Jorge Silva, Alacaraz e Tininho) mostrou ser a que melhor mecanismos apresetou. O meio-campo e ataque ainda denotam trabalho sério a fazer. Faltam cinco dias, meus amigos, apenas conco dias para que a máquina fique devidamente automatizada. Porque frente ao Aves, só a vitória interessa. Agora, o mínimo deslize equivale à perca de pontos. E na nossa casa diante de formações como o Aves não se podem cometer quaisquer deslizes. Seria imperdoável!

As primeiras preocupações

Tanto da parte de Augusto Inácio como da minha. O treinador aveirense, ainda nem o campeonato começou e tendo tido, passe a redundância, bastante tempo para moldar a equipa à sua imagem, veio a público queixar-se não da falta de qualidade da equipa, diz que o esqueleto base está formado, mas das soluções (falta delas) em caso de castigos ou lesões. Com estas declarações também fico algo preocupado. Vejo que a equipa está em crescendo de forma; os possíveis suplentes, quando chamados, correspondem ao pedido.

Muito francamente, não sei onde possam existir tais preocupações.

Voltou...

... aos golos. O goleador Mário Jardel carimbou, com um bis, a vitória (2-0) do Beira-Mar sobre o Penafiel esta tarde em Avanca.

Para memória futura, aos 69 (com o pé direito) e aos 90 minutos (de cabeça) marcaram o regresso de Super-Mário à sua verdadeira função que, um dia, o fez Rei dos marcadores em Portugal.

Desaire que obriga a pensar

Depois de ter saído derrotado do Estádio do Mar frente ao Leixões (0-1), o Beira-Mar voltou a claudicar desta feita na final do Torneio de Rio Maior diante da União de Leiria (0-2). Muito mais importante que os números, deverá ser feita, internamente, uma análise a esta derrota diante de uma arrumadinha equipa comandada por Domingos Paciência. É que por aquilo que eu vi, o Beira-Mar, que apresentou de início uma equipa muito semelhante à que poderá ser utilizada em jogos oficiais, esteve longe de agradar à generalidade da crítica desportiva. Está implementado um fio de jogo feito para Mário Jardel. Mas eu pergunto: e se o avançado brasileiro, ainda muito pesado e preso de movimentos, não corresponder ao que esperam dele?

Definitivamente...

... o Beira-Mar volta a ter seniores masculinos no seu basquetebol. Aqui, o Diário de Aveiro dá conta, em primeira mão, das expectivas dos directores e do novo treinador. Adivinham-se bons derbies aveirenses de volta ao velhino Pavilhão no Alboi.

Este projecto deve ser tratado com carinho. É como um bébé que dá os seus primeiros passos.

Números interessantes

A edição de hoje do Diário de Aveiro traz, a público, uma sondagem deveras interessante. Rui Cunha analisa, ao pormenor, um trabalho revelador das preferências clubisticas dos aveirenses. Aqui, podemos verificar que o Beira-Mar é o clube que assume a primeira posição no nosso concelho. Para já, neste campeonato, iniciamos a época futebolítica a ganhar.

O que eu gostaria de ver era esta demonstração no papel transportada para o estádio quando aqui viessem Sporting, Benfica e FC Porto. O colorido municipal de Aveiro estaria, então, em larga maioria «auri-negra».

Já agora, parabéns, uma vez mais, amigo Rui Cunha.