terça-feira, julho 31, 2007

Uma vez mais, enganado!

O Nuno não acerta uma. Fosse ele jogador de ataque e... golos nada. Primeiro, aqui d`el Rei que eu decidi «fomentar uma campanha descarada de branqueamento das responsabilidades do "vice" José Cachide em relação ao rumo do clube nos últimos dois anos». Engano 1.
Agora, descobriu no meu último post, sabe-se lá como, que eu defendo eleições antecipadas no clube. Engano 2.
Se o Nuno ler bem o que eu escrevi, e acredito que não o tenha feito, coloco na vontade soberana dos sócios a decisão reltivamente a eleições. Relativamente a José Cachide, escrevi que ele deveria transmitir o que bem entendesse. Colocar, antecipadamente, o ónus de qualquer decisão na minha pessoa é que não.
Quando era defesa-central, actuava com alguma qualidade. Ao ataque, o Nuno, releva algumas deficiências.

domingo, julho 29, 2007

Palavras públicas a José Cachide


Meu caro José Cachide:

Decidi dirigir-lhe estas públicas palavras por dois simples motivos que, estou certo, bem os entenderá. O primeiro, por uma questão de coerência da minha pessoa, prende-se pelo facto de, em vários momentos, ter escrito, neste meu próprio espaço, que o meu caro passa por ser a solução ideal para liderar os destinos do nosso clube no futuro (não sei se breve ou mais longo prazo); o segundo motivo, justifica-se, obviamente, pela sua decisão em apresentar, pela segunda vez, a sua demissão junto do Presidente da Mesa da Assembleia-geral, General António Graça. Motivos que, para mim, requerem que lhe dirija estas palavras que, estou certo, o meu caro José Cachide não se importará que as partilhe com quem de bem visita este meu sítio.

Meu caro:

Digo-lhe, desde já, que não fui apanhado de surpresa por esta sua decisão de abandonar o Beira-Mar. Há muito que se vinha apercebendo que o meu caro José Cachide se vinha demarcando de algumas iniciativas promovidas por alguns dirigentes do Beira-Mar. O senhor, já se percebeu, não é dado a feiras de vaidades. Prefere o trabalho em detrimento das passerelles de pseudo-notáveis que procuram nas fotografias o meio de promoção por excelência. O senhor é mais dado a trabalhar, como se costume dizer, no anonimato e deixar para os justos (leia-se, jogadores e treinadores) a primazia das primeiras páginas e os louros das vitórias. Gosto, confesso, de dirigentes dessa qualidade, dessa estirpe. Cada um faz aquilo que lhe compete e, no final, a «César o que é de César». Arrancar-lhe novidades é missão difícil, senão mesmo impossível. O meu caro sabe que o segredo é a alma do negócio. Pelo que só partilha algo quando as coisas já estão decididas. No futebol, isso é primordial. Essa maneira de ser e de agir faz o sucesso tornar-se uma doce realidade.
Ao recuar na minha memória, depressa chego ao momento em que o meu caro chegou ao Beira-Mar. Um perfeito desconhecido que depressa fez questão de demonstrar quem era e para o que vinha. Disse, a muitos, que «mentir não minto, posso é omitir.» Esta frase sintomática serviu-lhe como cartão de apresentação. Uma frase que, diga-se em abono da verdade, valeu, no final da temporada, um título de campeão ao Beira-Mar, a subida de divisão e o reconhecimento público de que o clube estava no caminho certo.
A verdade é que com o passar do tempo o meu caro foi dando conta de alguma impaciência pela forma como os destinos do clube iam sendo geridos. Algo não lhe agradava e, em consequência disso mesmo, nesse mesmo final de época quis dar por terminada a sua missão. Porque o mérito é-lhe devido, muitos conseguiram demover-lhe essa intenção. Eu fui um deles. Quis demonstrar que seria primordial que o meu caro José Cachide continuasse no clube. Felizmente que repensou a sua decisão e continuou. Ainda assim, pouco, ou nada, mudou. Porque muitas vezes queixou-se que os punhais iam sendo espetados nas suas costas. Aguentou como um combatente que vê a batalha sendo perdida mas que não desiste. Manteve-se firme no seu posto ao lado de jogadores e treinadores. Curioso, já viu?, como em duas temporadas teve ao seu lado quatro (!) treinadores e mais de meia centena de jogadores. Sem que algum viesse a público reclamar falta de solidariedade em relação a si. No final, a guerra, infelizmente, foi perdida e o Beira-Mar desceu de divisão. Agora, o tempo obriga a uma mudança de estratégia.

Meu caro José Cachide:

A experiência que já ganhou certamente que lhe permitiu conhecer os mais bem guardados segredos que o mundo do futebol encerra. Esse mundo que muitos apelidam de cão e onde a verdade desportiva por vezes sai distorcida. O meu caro José Cachide já ganhou um estatuto considerável que o coloca como uma figura incontornável no nosso Beira-Mar. Brevemente os sócios vão-se juntar para uma Assembleia-geral. Parece que a sua intenção é não marcar presença. Peço-lhe: não faça. Justifique essa imagem de valente combatente que deu a conhecer e enfrente, no bom sentido, os sócios. Dê a cara por si. Pelo seu trabalho e diga de sua justiça. Diga o que quer para o Beira-Mar e para si, enquanto dirigente desportivo. Diga, no local de direito por excelência, o que lhe vai na alma com educação e altivez. As Assembleias-gerais são o local certo para, em família «auri-negra», discutir as melhores soluções para um clube quase centenário que, aos olhos de alguns, está à beira de cair no abismo e no esquecimento do futebol de primeiro plano.

Meu caro José Cachide:


Reflicta tudo o que viveu nestes últimos tempos. Elabore um projecto credível, ganhador e sustentado para o nosso Beira-Mar e reúna-se com os da sua confiança. Apresente-se como uma solução a breve prazo e vá à luta. À luta eleitoral para colocar no patamar elevado o clube que nos une. Falta muito pouco tempo para o centenário do Beira-Mar. Não seria descabido nem impossível que com um projecto sério, justificado, com uma equipa de confiança e no máximo respeito pelos sócios e pelas mais elementares regras do «fair-play» se possa comemorar os 100 anos de vida do clube com o título de campeão nacional da Liga principal. Os mais difíceis desafios só são enfrentados pelos que nasceram para ganhar. Pelos que vêem no impossível apenas o nada. Diga, aos sócios que, quando eles quiserem, o meu caro José Cachide é candidato a presidente do Sport Clube Beira-Mar. Esses punhais espetados nas suas costas considere-os, por favor, como medalhas de quem não se abate com facilidade.

domingo, julho 22, 2007

Boas indicações

Vão valendo vitórias os encontros efectuados pelo Beira-Mar nesta pré-temporada. É certo que não valem pontos, mas estes triunfos servem, isso sim, para manter elevados os índices de confiança.
Considero Rogério Gonçalves um treinador com capacidade para guiar o clube de volta à Liga. Bem sei que ainda é demasiado cedo para se tirarem conclusões, podendo ser precipitadas, mas este treinador acumula já um curriculum técnico apreciável.
Apenas uma nota: espero que não voltem a surgir notícias dando conta da vinda, ininterrupta, de jogadores à experiência. É fundamental que se crie, logo de início, o grupo de trabalho base para atacar uma temporada desgastante. Tenho muito receio que venha mais alguém do estrangeiro. Só de pensar que Artur Filipe esteve na Roménia... Para além da Liga de Honra, há a Taça de Portugal e a Carlsberg Cup. Mais duas competições que queremos vencer pelo que é fundamental haver estabilidade colectiva.

domingo, julho 15, 2007

(Justo) direito de resposta

Isto há coisas que, como diz o sábio povo, «não lembram nem ao diabo». Estava eu na busca de uma tranquilidade indispensável para uma minha última tarefa, quando alguém me encontra e diz: «então, a malta anda a dizer que tu estás ligado ao Cachide.» Confesso que fui apanhado de surpresa sem saber o que responder. Por certo que quem me deu tal «aviso» ficou a saber a minha reacção pela imagem de estupefacção que o meu rosto bem ilustrou. «Ligado ao Cachide?! Como assim? Não estou a perceber», retorqui de imediato. A resposta foi-me dada. «Não tens ido ao blogue do Nuno? Vai lá e lê o que ele escreveu e os comentários que lá deixaram.»
Não, não tenho ido ao blogue do Nuno nem a qualquer blogue de qualquer área. Tenho-me mantido longe dessa atmosfera para vincar a minha tranquilidade face à decisiva época que estava a atravessar. Mas, num impulso que não queria ter, fui ao blogue do Nuno. E fiquei admirado. Não pelos comentários que lá deixaram, porque esses, vindos de anónimos ou de assinantes que não me dizem rigorosamente o que quer que seja, mas pelo Nuno. Por esse meu amigo que, julgava eu, já me conhecia há muito tempo. No entanto, pelo que escreveu, pouco ou nada me conhece.
Assim sendo, meu caro amigo Nuno Q. Martins, se me permites, e com certeza que a tua esmerada educação o permite, deixo, a partir daqui, algumas palavras para ti. Só para ti, porque mereces consideração da minha parte pela frontalidade que te tem caracterizado.
Começo por te dizer que estás muito enganado. Mas mesmo muito enganado, meu amigo. Eu não ando a «fomentar uma campanha descarada de branqueamento das responsabilidades do “vice” José Cachide» seja do que for. Aquilo que eu escrevo nesta casa de pessoas de bem são, apenas e só, opiniões muito pessoais relativamente ao Beira-Mar e seus actores directos e/ou indirectos. Opiniões essas que são só minhas e não visam moldar qualquer mente humana. Quem as quiser ler, lê; mas eu não pretendo cativar quem quer que seja sobre aquilo que eu escrevo.
Digo-te, em boa verdade, que acho José Cachide um dirigente desportivo à boa maneira antiga. Porquê? Pelos contactos que já tive com ele, e contam-se pelos dedos de duas mãos as vezes que falei com José Cachide, considero-o a pessoa ideal para estar à frente do futebol do Beira-Mar. É um daqueles dirigentes que sabe bem «fechar» um balneário e que sabe, como poucos os que já passaram pelo Beira-Mar, defender o grupo de trabalho até às últimas consequências. Ainda não houve um único treinador ou jogador que, na hora da saída, tivesse dito uma única palavra de desagravo para com José Cachide. Pelo menos, eu não tenho conhecimento, nem o li onde quer que seja.
Mas fica sabendo, caro amigo, que eu não sou amigo de José Cachide. Percebeste bem? EU NÃO SOU AMIGO DE JOSÉ CACHIDE! Já falei algumas vezes com ele, mas por motivos profissionais o que não justifica uma relação de amizade.
É curioso, muito curioso, que digas que me fica mal quando escrevo sobre José Cachide. Mas, já agora, fica-me mal o quê? Dar a minha própria e livre opinião? Essa agora! Querem ver que só devemos escrever apenas aquilo que os outros gostam.
Meu caro amigo Nuno Q. Martins, permite-me que, do alto da minha idade e já com alguma experiência de vida, te diga que julgo saber bem medir o que escrevo para outros lerem. Não o faço em busca de algo ou para agradar alguém. Repara com atenção: NÃO CORRO ATRÁS DO QUE QUER QUE SEJA! Escrevo de consciência tranquila e depois de feita a devida análise adquirida com o tempo e convivência.
Julgo que a inesperada descida de divisão do Beira-Mar não foi obra do vice José Cachide. Aliás, se bem te lembras, das duas personagens que foram a Maiorca em busca da parceria com a Inverfutbol nenhuma era José Cachide. Dai que, pelo menos, não se lhe pode apontar o dedo. Ainda que eu ache que neste processo todos são culpados. Até nós, sabes meu amigo, sócios e adeptos. Porque não é só nas horas boas que nos devemos orgulhar em sermos auri-negros.
Relativamente ao processo da Inverfutbol, só mais dois ou três apontamentos. Que servem, confesso, para colocar em sentido uns tantos patetas que, fruto de tamanhas diarreias escritas, por vezes conspurcam o bom nome de terceiros no teu blogue. 1.º) Desde a primeira hora que fui frontalmente contra a parceria contra a Stellar Group (aliás, nada me moveu ou move contra Mano Nunes. Ainda hoje acho que ele foi um bom presidente. Apenas, no pano directivo, estava muito mal acompanhado); 2.º) também desde a primeira hora, e disse-o neste blogue, que fui frontalmente contra a parceria com a Inverfutbol. Se contra o acordo com a Stellar Group fui mais interventivo, neste, com a Inverfutbol, tiveste tu esse papel.
Como vês, eu não ando para aqui a «fomentar uma campanha descarada de branqueamento das responsabilidades do "vice" José Cachide em relação ao rumo do clube nos últimos dois anos.»
Fica sabendo, meu amigo, que prevejo em José Cachide (logo no seu primeiro ano de funções ajudou na conquista do título de campeão nacional) o próximo presidente do clube. Muito me agradaria, fica sabendo, que se o mundo fosse perfeito talvez houvesse possibilidade de juntar a experiência de Mano Nunes à sagacidade Cachide. Se isso acontecesse, por que objectivos lutaria o nosso clube?

quarta-feira, julho 04, 2007

Navegar com tranquilidade rumo à Liga. Porquê?


Assola-me, de alguma maneira, a preocupação em saber que o Beira-Mar vai, na próxima temporada, competir na inferior Liga de Honra. Os objectivos a atingir neste divisão terão que ser, forçosamente, outros. Muito bem diferentes do que se estivesse na Liga maior. Aqui, luta-se pelos lugares cimeiros; para ser campeão, valha a verdade. Na Liga, luta-se para não descer. Deixar adversários suficientes para evitar a queda no cadafalso.
Acontece que lutar para subir causa, naturalmente, pânico nos sócios e adeptos. Causa arrepio pelo possível fracasso. Viver assolado pela preocupação é ter esta terrível leve sensação de do insucesso. Leve, escrevi eu, porque o me sossega e tranquiliza é verificar que no Beira-Mar há um dirigente que eu catalogo de peixe de águas profundas. Nem mais, nem menos que José Cachide. Pela enésima vez, elogio Cachide. Faço-o porque a forma como se comporta no meio futebolístico é garantia de bons resultados. Deixem-no trabalhar como ele gosta e à sua maneira e verifiquem se o sucesso não é dado garantido. Há duas épocas, ainda Cachide era um homem perfeitamente desconhecido no futebol. Bastou uma temporada para aquilatar da sua categoria. Dois títulos: de campeão e de «fair-play». Que melhor cartão de visita se pode pedir a alguém com este curriculum desportivo.
O ano passado, a descida foi uma nua e crua realidade. Cachide estava lá, sim senhor. Mas basta recordarmos os percalços havidos com tanta troca de treinadores e, sejamos honestos, demasiados e deploráveis conflitos internos; basta puxar a memória atrás e lembrarmos dos erros de arbitragens e resultados manifestamente infelizes. Com tudo isto misturado, acredito que tenha sido difícil, senão impossível, a Cachide levar a nau «auri-negra» a bom porto.Resta-me, fracamente, o consolo que época nova significará, acredito eu, uma inevitável vida nova. Cachide ao leme e as tormentas parecerão doces e calmas águas para uma fácil navegação à costa. Rumo à Liga. Ao lugar que o Beira-Mar pertence por histórico direito próprio.

terça-feira, julho 03, 2007

Estranho


Tal como faço todas as manhãs, hoje li com toda a atenção o Record. A seguir ao Diário de Aveiro, o Record é o diário que mais aprecio. Achei esquisito quando cheguei às páginas da Liga de Honra. Uma foto dos novos reforços do Rio Ave e lá estava o Ribeiro. Esse mesmo, o Ribeiro do Beira-Mar durante tantos e tantos anos. Estranho este modo de vida. Durante anos, o Pedro Ribeiro sempre foi visto como um símbolo do Beira-Mar. Hoje, é reforço do Rio Ave. Mereceria ele tal destino?