segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Pontos... de esclarecimento
Ponto prévio: por razões profissionais, não estive presente no Municipal Mário Duarte a apoiar o meu Beira-Mar! Pelo facto, aqui fica o meu pedido de desculpa ao clube, sócios e simpatizantes.
Ponto único: ao devorar os jornais de hoje, depressa chego à seguinte conclusão: a tal equipa-sensação (Rio Ave) deixou muito a desejar nesta deslocação a Aveiro. Mas, sejamos claros: com uma classificação tranquila, sem ambição de lutar por algo mais do que a simples manutenção, exigia-se alguma coisa adicional a este Rio Ave? Por outro lado, é certo que este é o segundo jogo seguido sem sofrermos golos. Mas que vale isso se não marcamos? Este empate, em casa e em défice de pontos para fugir à despromoção, equivale a uma derrota. Perdemos dois pontos importantes e ganhámos um insuficiente.
Lamentavelmente, tenho a dizer que cada vez mais caminhamos para bater no fundo!

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

"Cada um tira prazer do instrumento que manejar melhor"
Lenormand, Henri

Em busca do prazer perdido
Lembro-me bem desse dia. Já lá vai algum tempo, é certo, mas os acontecimentos marcantes, aqueles que nos fazem sorrir e encarar a vida com outra disposição, jamais fogem da nossa memória. É assim quando festejamos o nosso aniversário; quando nos formamos; quando casamos; quando festejamos a subida de divisão do nosso clube; quando assistimos à conquista da Taça de Portugal (então, esse 19 de Junho de 1999 meu Deus…). Tudo acontecimentos inesquecíveis.
Mas voltando ao tal dia, que iniciei este artigo, reporta-se a 19 de Setembro de 2004. Curiosamente, novo dia 19, tal como a final da Taça de Portugal. E que importância tem esse recente 19 de Setembro? A importância sublime de ter sido o dia da última vitória do meu Beira-Mar em casa. Triste fado este, que até vencer no nosso reduto acaba por ser algo… para mais tarde recordar.
A malapata, quero crer, tem o seu fim à vista. Vai ser no próximo Domingo, diante do Rio Ave. Porque este desafio reveste-se de uma importância incrível. É, sejamos claros, o tudo ou nada com vista à nossa permanência no escalão principal de futebol. Se descermos não é nenhum drama, é claro, mas termos este Estádio, quer se goste dele ou não, e disputarmos jogos frente na Divisão de Honra é desolador.
Desse modo, acredito perfeitamente que vamos alcançar a vitória. Até porque são nestas alturas que se vêem os grandes homens, aqueles que perante as dificuldades usam todos os seus atributos para contornem as dificuldades que se lhes apresentam pela frente. E o Rio Ave nem é uma equipa impossível de bater. Quem ganhou ao FC Porto, no Dragão, e ao Benfica, em plena Luz pelo segundo consecutivo, também é capaz de vencer este Rio Ave ainda por cima privado do seu melhor jogador, Ricardo Nascimento, que rumou à Coreia do Sul.
Tenho a certeza que nesta altura já jogadores como Ribeiro, Filipe, Paulo Sérgio e Sandro terão feito ver aos restantes companheiros que este fim-de-semana deve ser aproveitado da melhor maneira para voltar às vitórias.
Assim como estou certo que os sócios e adeptos do Beira-Mar irão marcar presença no Estádio. Para se tornarem aquele 12.º jogador tão indispensável ao clube. Em busca desse prazer perdido no pretérito dia 19 de Setembro de 2004, quando vencemos o Gil Vicente de Luís Campos por 1-0 (Kingsley, aos 6 minutos), marquemos todos, sem excepção, encontro para o novo Municipal Mário Duarte e fazer a festa do regresso às vitórias.

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

"A solidão é o preço que temos de pagar por termos nascido neste período moderno, tão cheio de liberdade, de independência e do nosso próprio egoísmo"
Natsume, Soseki
Semana complicada, esta que estamos a viver, para o meu Beira-Mar. A poucos dias de um importante e, porque não dizê-lo, decisivo desafio jogo frente à difícil equipa do Rio Ave, o meu clube vê-se privado de algumas unidades importantes. Na preparação do embate, os ausentes foram: McPhee e Tininho mais os treinadores António Ribeiro e Simão Freitas devido à gripe (curiosa esta situação da gripe que atinge logo quatro elementos), Paul Murray e Tininho, a recuperarem das respectivas operações; Jorge Silva, por lesão, e Rui Óscar a contas com um indesejado processo anti-doping.
É preciso ter mesmo muito azar. Para além de ser portadores dessa penosa lanterna-vermelha, ainda vemos o clube condicionado nos trabalhos de preparação da próxima jornada.
É caso para perguntar: que mais nos irá acontecer?

terça-feira, fevereiro 22, 2005

"A experiência ensina que são pouquíssimos os que são capazes de fixar o sentido das palavras que usam."
Balmes, Jaime
Soube, muito recentemente confesso, que a direcção do meu Beira-Mar tinha cortado relações com o jornal A Bola, nomeadamente com o seu correspondente em Aveiro. Não quero alongar-me muito sobre as vantagens (se é que as há!) e as desvantagens (essas são demasiadas!) que tal situação implica para o clube.
Aliás, se for a dar a minha opinião fundamentada o quanto baste, não haveria de faltar quem me acusasse de defender o jornalismo visto que também escrevo num jornal.
Mas a verdade, e essa é incontornável, é que quem sai prejudicado é tão somente, numa primeira fase, os sócios e adeptos do clube. Nada mais! Porque são eles, que pagam quotas, bilhetes de jogos, deslocações quando o clube joga fora, que ficam privados das notícias do seu clube. E se de facto há algo que ainda vai animando o anónimo do cidadão é a ânsia em saber boas novas do seu clube. Com as dificuldades que vamos vivendo, o futebol, verdadeira paixão de multidões, sempre vai dando um outro alento à vida das pessoas. Veja-se o estrondoso sucesso do Euro 2004. Mesmo aqueles que não gostam deste desporto-rei, por momentos converteu-se à festa do Campeonato da Europa.
Acresce, por outro lado, que outro perdedor neste corte de relações é a própria direcção. Porquê? No caso concreto do jornal A Bola, os directores do meu Beira-Mar perdem uma excelente oportunidade de fazerem chegar a sua palavra, por vezes importante, aos fiéis leitores deste órgão de informação. E sabendo que esta é uma altura de motivar as hostes beiramarenses para o indispensável apoio auri-negro, este "fechar-de-boca" pode transformar-se num "tiro-no-próprio-pé".
Isto cá para nós, que ninguém nos ouve, acreditam mesmo que a A Bola vai deixar de vender exemplares só porque o Beira-Mar não fala para o jornal?
Se, por algum momento, o Beira-Mar tiver razões de queixa do jornal, o diálogo é a melhor via para solucionar qualquer mal-entendido!

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

"A parte mais importante do progresso é o desejo de progredir"
Séneca
Este foi um fim-de-semana mais ou menos bom. Aliás, no que se refere ao Beira-Mar, foi mais bom do que menos. Comecemos pelo melhor: os iniciados conquistaram o apuramento para a fase final. A uma jornada do final, os miúdos têm hipótese de revalidar o título de campeões da série, bastando, para tal, que conquistem um empate na última jornada diante do Académico de Viseu, em Viseu.
Grande foi a vitória dos juniores. Um precioso triunfo sobre a União de Leiria que lhes permite sair da zona de despromoção. Soube mesmo bem voltar ao cada vez mais nosso velhinho Mário Duarte e assistir a um categórico triunfo por 2-0.
Os séniores obtiveram um doce-amargo empate na Madeira, frente ao Marítimo. Doce, porque conquistar um ponto naquele estádio frente ao Marítimo é sempre bom e motivador. Amargo, porque a Académica venceu em Barcelos (com atitude de conquista é possível vencer em Barcelos); porque o Estoril somou três pontos e o Moreirense um preciso ponto.
Enfim, a luta continua. Triste é ver o meu Beira-Mar segurar a indesejada lanterna vermelha.

Aproveito a oportunidade para, imbuído de um espírito democrático, apresentar os meus sinceros parabéns ao PS pela sua vitória eleitoral. Estendo as felicitações aos seus militantes e simpatizantes. Assim se constrói e se consolida a democracia. Já notei que pessoas afectas a esse Partido têm vindo ao meu blogue discutir assuntos do Beira-Mar. Mesmo sabendo que pertenco ao PPD/PSD nunca me ofenderam, por tal motivo.

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

"A libertação do desejo conduz à paz interior"
Lao-Tsé
Pois é! Ontem celebrei mais um aniversário. Um dia passado com imensa felicidade. Durante o dia, trabalhei como se um dia normal fosse; à noite, fui jantar com a minha família. Todos juntos à mesa, para grande emoção minha. Bonito, bonito foram os presentes. Um bolo enorme (oferecido pelos pais da minha esposa) com o símbolo, em grande, do meu Beira-Mar e a tradicional frase "Parabéns Sérgio"; da minha mulher um cd da Tina Turner "The best of Tina" (simplesmente fantástico). A outra, a outra prenda mais desejada recebo-a amnhã, se Deus quiser: uma grande vitória do meu Beira-Mar na bonita Ilha da Madeira!
Aproveito para agradecer, por esta via, as mensagens de parabéns que fui recebendo ao longo do dia. É bom sentirmo-nos acarinhados!

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

"O tempo que passa não passa depressa. O que passa depressa é o tempo que passou"
Ferreira, Vergílio
Amanhã é um dia especial para mim. É um daqueles dias, provavelmente igual a tantos outros para outros tantos, que tenciono passar junto dos meus. Amanhã é, de facto, um dia muito, mas mesmo muito especial
Haverá alguém, desse lado, que se atreva a dizer porque é que o dia 17 de Fevereiro é tão especial para mim? Aguardo, ansioso, as vossas respostas.

terça-feira, fevereiro 15, 2005

A minha despedida de Marian Zeman
"O que o homem busca em seus deuses, na sua arte e na sua ciência é o significado. Ele não consegue suportar o vazio"
Jacob, François

Uma perda difícil de explicar
Marian Zeman não é um jogador qualquer. A sua forma de jogar, de lidar com as pessoas e de conversar não engana. É um daqueles atletas que na sua posição mostra classe e arte. Aliás, para quem actuou em clubes como o Slovan, da Eslováquia, o Vitesse, da Holanda, o Grasshopper, da Suíça, ou até mesmo o PAOK da Grécia ilustra bem a enorme qualidade do atleta. Mas se a estes clubes lhe juntarmos o facto de ter sido internacional pela Eslováquia, onde o campeão nacional português, pelo FC Porto, ex-benfiquista e vice-campeão da Europa de clubes Zahovic também o foi; se lhe juntarmos os três títulos de campeão eslovaco (93/94; 94/95 e 95/96) e a conquista da Taça do seu País (93/94), tudo isto lhe confere ainda mais valor.
Marian Zeman jogou apenas 24 jogos no Beira-Mar, onde fez dois golos, mas deixa imensas saudades. Ao longo da entrevista que lhe fiz, e que será publicada na edição do Diário de Aveiro de amanhã, notei que queria continuar por mais tempo em Aveiro. Ganhou apego à cidade, ao clube e às pessoas. A vida passou-lhe uma rasteira. Mas como grande campeão que é, Zeman vai voltar a levantar-se. Vai continuar a jogar futebol e a espalhar classe por outros campos, envergando outras camisolas. Com aquele seu jeito seguro de quem sabe bem aquilo que faz.
O Beira-Mar, com a defesa mais batida deste campeonato (em 21 jogos, sofreu 40 golos o que dá a impressionante média de 1,9 golos sofridos por jogo), irá continuar a sentir a sua falta. Este Zeman, com apenas 30 anos de idade, tinha muito para dar ao Beira-Mar. Foi vítima de uma injustiça. Mas ele sabe bem que nas bancadas do Mário Duarte ou nos outros estádios onde o Beira-Mar actua, o seu nome é falado com saudade pelos sócios e adeptos. Porque eles sabem bem o quanto Marian Zeman era importante nesta equipa; no meio deste grupo onde ele diz que deixou grandes amigos.
O Beira-Mar certamente orgulhar-se-á de ter tido nas suas fileiras um grande jogador como é Zeman.
Uma perda, de facto, difícil de explicar.

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

"A claque oficial do Beira-Mar deixou um recado aos jogadores antes da partida, com a exibição de uma tarja onde se podia ler, em inglês, que "as bruxas têm nome" e "o Beira-Mar não é uma ponte". Recados ilustrados com o desenho de um televisor, numa crítica à discrepância entre o rendimento da equipa em jogos televisionados e os jogos sem TV.
A mensagem, dirigida a alguns atletas "estrangeiros", não ajudou a melhorar o rendimento de McPhee que, na hora da substituição, manifestou desagrado evitando qualquer cumprimento aos elementos do banco. O avançado escocês passou por todo o banco sem reagir..."

Jornal O Jogo, edição de 14-Fevereiro-2005

É preciso dizer mais? Directo e em cheio!

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

"Estágios, ou a simples fuga aos adeptos"

Nunca fui a favor desta história dos estágios a meio da época. Sempre entendi esta medida como uma tentativa de fuga às críticas que os sócios e adeptos, muito justamente, pretendem fazer ao plantel e equipa técnica.
Para que se saiba, já quando António Sousa era o treinador do meu Beira-Mar, vastas vezes me insurgi quando a equipa "fugia" para o norte do País. Agora, com Luís Campos, ruma-se a sul. Para Quiaios, para o local onde o Boavista partiu em direcção ao título. Bom, pode ser que esta viragem a sul signifique uma mudança de atitude, de vontade, de querer. Simplesmente uma mudança que permita ver os jogadores a lutarem pela dignificação das camisolas que envergam.
Mesmo assim, mantenho a opinião de ser contra a "fuga" de casa. Esta ausência faz-me lembrar as palavras de Philippe Destouches, "os ausentes nunca têm razão".

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

"Ao examinarmos os erros de um homem, conhecemos o seu carácter"
Confúcio

Carta aberta aos jogadores colocados pelo Stellar Group,
Nomeadamente Paul Murray, McPhee e Santiago Silva

Gostaria que entendessem esta carta, aberta a todos os beiramarenses, como um descarregar de emoções fruto de ver mais uma, é verdade, mais uma pobre exibição protagonizada pelo meu clube, agora em Barcelos.
Saibam vocês que não é nada fácil acompanhar todos os jogos do Beira-Mar, quer seja em casa ou, até mesmo fora de Aveiro. Começa a ser um autêntico abuso, da vossa parte, verificar que o clube se arrasta em campo sem que vocês façam um mínimo de esforço para ganhar jogos. Os sacrifícios, de quem gosta do Beira-Mar, para além de financeiros são também emocionais e provocam uma revolta de tal forma que só apetece desistir. Mas este amor pelo Beira-Mar, por este grande clube que os verdadeiros beiramarenses, nas diferentes fases da sua história, fizeram crescer e honrar motivam-nos a pôr "pés a caminho" e apoiar-vos de cada vez que entram em campo. Os suplícios, este ano, foram vários e, para muita pena minha, irão continuar até ao final da época. Foi assim na Madeira, frente ao Nacional, no Estoril, em Penafiel, como tem sido em casa diante do União de Leiria, do Moreirense, do Sporting de Braga e novamente do Nacional da Madeira. Jogos que vocês poderiam fazer mais e melhor e que acabaram por resultar em derrotas comprometedoras para as legítimas aspirações do meu Beira-Mar ficar na SuperLiga.
Bem sei que podem argumentar que uma equipa não se resume a três jogadores e que as exibições produzidas frente ao FC Porto e Benfica, sobretudo estas, resultaram em vitórias para o meu clube. Mas esses argumentos caem por terra quando todos nós sabemos que uma equipa vale pelo seu todo sendo que se todos cumprirem bem o seu papel mais fácil se torna o êxito, para além de que essas vitórias alcançadas no Dragão e na Luz foram conquistadas porque houve transmissão televisiva e que, por via disso, depressa se fazem contratos bem mais chorudos.
O Beira-Mar não é, nem nunca foi, um entreposto de jogadores. Este clube não serve para manter a forma e fazer alguns bons jogos, de preferência nos que são transmitidos pela televisão, e saltar fora no ano seguinte. Este clube nasceu, cresceu e mantém-se à custa do sacrifico, do amor, da dedicação e da vontade de muito boa gente. O Beira-Mar é um clube digno cujos sócios, que com o pagamento das suas quotas ajudam a pagar os vossos salários, sempre se mostraram fiéis e merecedores de uma imagem bem diferente daquela que vocês ajudam a mostrar, todos os fins-de-semana, à opinião pública.
Sendo certo que nem sempre se pode ganhar jogos de futebol e que do outro lado se apresentam equipas com o mesmo vitorioso objectivo, torna-se imperdoável que se percam partidas sem que se produza o mínimo de esforço que seja, sem que se mantenha a mesma vontade apresentada nos palcos dos ditos grandes. Por favor, peço-vos que não nos continuem a passar por vergonhas.
Esta temporada está a ser um verdadeiro pesadelo muito à custa de uma equipa que não dá qualquer sinal de revitalização. Estamos a cair num poço sem fundo e a vossa vontade de inverter esta situação tarda em aparecer.
Porque o clube e os sócios e adeptos continuarão em Aveiro e vocês, certamente, rumarão a outras paragens, não queiram fazer parte da história mais negra do Sport Clube Beira-Mar, que é tão digno como os grandes.
Este ano, caso não saibam, não foi a primeira vez que ganhámos em casa do FC Porto e do Benfica. Já o fizemos antes, com a particularidade de essas vitórias terem sido conseguidas por um conjunto de jogadores que mostravam mais respeito por nós, que somos o Beira-Mar.

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Parabéns a você...
O nosso capitão e aveirense Ribeiro, completou o seu 26.º aniversário ontem. Podia, e devia, ser um dia de festa entre os jogadores. Mas com esta classificação e esta mediocre prática de futebol, resta apenas o consolo de termos o Pedro Ribeiro entre nós.
Muitos parabéns, amigo Ribeiro. Gostava que um dia, um simples dia, a comunidade beiramarense te desse o devido valor. Tu, pelo menos e ao contrário de outros, dás a cara quando as coisas correm mal. Sentes, como muito poucos, o que é ser do Sport Clube Beira-Mar.
Um abraço,
Sérgio Loureiro.

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

Uma vergonha
Começa a ser verdadeiramente desmotivante acompanhar o Beira-Mar, quer nos jogos fora ou, até mesmo, naqueles que são disputados no Municipal de Aveiro/Mário Duarte.
A questão, meus amigos, não se prende pela derrota. Perder, empatar ou ganhar são três resultados possíveis e previsiveis para quem joga. O que importa e merece a minha/nossa reprovação é a atitude (ou falta dela) que os jogadores demonstram. Não deve ser tolerado toda esta falta de entrega por parte da maioria dos jogadores. Murray, "Tanque" Silva e McPhee, sobretudo estes, não sentem e em nada dignificam a camisola do Beira-Mar. Jogar bem contra os grandes só porque existe transmissão directa na televisão não é tolerável. O empenho deve ser sempre igual seja qual for o adversário. Ontem, senti-me, uma vez mais, desfraudado com a prestação do meu clube. O sacrífico que eu, e certamente os que lá estiveram, fiz para estar presente em Barcelos em nada foi compensado pela vergonhosa exibição do meu clube.
Chega. Isto é demais!

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

"Não é o objectivo que tem interesse, são os meios para o alcançar"
Braque, Georges

Números para reflectir: uma só ideia a retirar
Muito escreve e ainda mais se fala. A verdade, é que desde que o meu Beira-Mar deixou de jogar no cada vez mais saudoso velhinho Mário Duarte a equipa nunca foi a mesma. O tempo vai passando e sinais de modernidade, no que ao futebol praticado diz respeito, para aquele que já deveria ser considerado com um dos grandes de Portugal, nem vê-los. Desesperadamente, hoje em dia é mais do que banal o adversário vir a Aveiro e… ganhar.
O ridículo da situação resume-se apenas a isto: a surpresa da jornada acontece quando o meu Beira-Mar ganha um jogo em casa. Bruxedo? Maldição? Azar? Não sei, nem quero saber. O que me preocupa, neste momento, é o penúltimo lugar em que o clube teima em deixar. E o cerne do problema é só um: jogar no novo Estádio Municipal de Aveiro/Mário Duarte significa, com mais intensidade, perder pontos.
Para que o pensamento seja mais criterioso, vamos aos números. Valem o que valem, é certo tal como as sondagens, mas raramente nos enganam.
Tendo como base de estudo a presente temporada de 2004/2005 e até à 19.ª jornada, o meu Beira-Mar disputou, no novo Mário Duarte, um total de nove jogos. Uma vitória (Gil Vicente), três empates (Marítimo, Belenenses e Sporting) e cinco (!) derrotas (Benfica, União de Leiria, Moreirense, Braga e Nacional da Madeira) equivalem ao fraco pecúlio de seis pontos (!) quando os que estavam em disputa eram 27. Uma medonha percentagem de 22,2 por cento de êxito em Aveiro. Pouco, muito pouco para quem ambiciona ficar nos lugares da frente.
E se falarmos em matéria de golos, afinal aquilo que os especialistas chamam de "sal" do futebol, os auri-negros encontraram eficazmente o caminho da baliza em 12 ocasiões sendo que os adversários o fizeram por 21 (!) vezes. Transferindo esta desgraça para as percentagens, temos que o índice de aproveitamento beiramarense é de 36,3 por cento contra, meu Deus, 63,6 por cento do opositor. Uma calamidade miserável.
Não fiquemos por aqui. Vejamos o panorama quando o meu Beira-Mar actua no reduto do seu opositor. Em 10 partidas, vencemos três vezes (Vitória de Setúbal, FC Porto e Benfica), empatámos duas (Rio Ave e Académica) e baqueamos em cinco jogos (Nacional da Madeira, Estoril, Penafiel, Boavista e Vitória de Guimarães). De um total de 30 pontos amealhámos 11. Significa isto uma percentagem de 36,6 por cento. Quanto a golos, concretizamos 9 e sofremos 16. Ou seja, 36 por cento a nosso favor contra 64 por cento dos nossos adversários.
À vista de todos estes números. A época já vai a mais de meio. Um total de 17 pontos (e notem que sete foram sobre FC Porto, Sporting e Benfica) nos 57 que já foram disputados. Sabendo que este ano os tradicionais 34 pontos não chegam para assegurarmos a manutenção, mas sim 37, temos que amealhar, até final, mais 20 pontos. Faltam oito jornadas a serem disputadas em Aveiro (diante de Vitória de Setúbal, Rio Ave, Estoril, Penafiel, Boavista, FC Porto, Académica e Vitória de Guimarães) a juntar às sete fora de portas (Gil Vicente, Marítimo, União de Leiria, Belenenses, Sporting, Moreirense e Sporting de Braga). Dirão muitos que vai ser extremamente difícil. Eu digo que nada é impossível.
Chegados aqui, lanço um comentário pessoal. Se António Sousa falava em "trauma" actuar no novo Estádio e Luís Campos chama-lhe "anátema"; se aquilo que mais ambicionamos é ficar na SuperLiga (mais nenhum objectivo pode ser assumido), porque é que não se toma a coragem de voltar a colocar a equipa a actuar no velhinho Mário Duarte? Pelo que se vê nos treinos, o relvado está em boas condições, os sócios e adeptos sentem-se bem naquele que ainda é o nosso Estádio; mudemo-nos provisoriamente para lá. Só por oito jogos. Não custa nada! Seria uma medida de carácter cirúrgico para manter o clube na divisão maior do nosso futebol e, estou plenamente convencido, a maioria dos sócios e adeptos agradeceria tal decisão. É, na minha opinião, necessário que se proceda a esta decisão. Esta seria uma solução de curto prazo.
Para já, a preocupação resume-se a colocar o clube num lugar mais cómodo que evite desgraças maiores para o final do campeonato. Não podemos continuar a dar mais "tiros nos nossos próprios pés".
É agora, ou nunca!

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Fazer boas exibições nos Estádio novos: eis o Beira-Mar

O Beira-Mar tem uma certa tendência para fazer boa figura nos Estádios onde joga pela primeira vez:
inaugurou a Luz com uma vitória (2-1);
jogou pela primeira vez no no Alvalade XXI e protagonizou uma exibição brilhante, apesar da derrota (1-3);
jogou pela primeira vez no Municipal de Coimbra e obteve uma vitória (0-1);
jogou pela primeira vez no dragão e venceu (0-1).
Em Leiria foi o único dos Estádio novos que jogou menos bem. Mas, já estávamos em final de época.
Falta Barcelos e Braga. Ora, como o novo Cidade de Barcelos é onde vamos jogar Domingo, será que nos vamos dar bem?
Deus permita que sim.

Jogar no novo Mário Duarte: Trauma (António Sousa) ou Anátema (Luís Campos)?

Até à 19.ª Jornada, eis alguns números curiosos:

Jogos em casa - 9
Vitórias - 1 (Gil Vicente)
Empates - 3 (Marítimo, Belenenses e Sporting)
Derrotas - 5 (Benfica, União de Leiria, Moreirense, Braga e Nacional da Madeira)
Golos marcados - 12: 36,3%
Golos Sofridos - 21: 63,6%
Em 27 pontos, conquistámos 6: 22,2%

Jogos fora: 10
Vitórias - 3 (Vitória de Setúbal, FC Porto e Benfica)
Empates - 2 (Rio Ave e Académica de Coimbra)
Derrotas - 5 (Nacional da Madeira, Estoril, Penafiel, Boavista e Vitória de Guimarães)
Golos marcados: 9: 36%
Golos sofridos: 16: 64%
Em 30 pontos, conquistámos 11: 36,6%.

Curiosidade: dos 17 pontos até agora averbados, 7 foram contra os três grandes!

Futuro: sabendo que os 34 pontos não chegam para a manutenção, mas sim o mínimo de 37, necessitamos de conquistar 20. Em casa, jogaremos mais 8 jogos (Vitória de Setúbal, Rio Ave, Estoril, Penafiel, Boavista, FC Porto, Académica e Vitória de Guimarães). Fora, temos que jogar frente a Gil Vicente, Marítimo, União de Leiria, Belenenses, Sporting, Moreirense e Braga.

Dúvida: vale a pena fazermos os oitos jogos finais no novo Estádio? Não será preferível, até ao final da presente temporada, voltarmos para o nosso velhinho Mário Duarte?

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Última hora
O sorteio voltou a ser feliz para o meu Beira-Mar. Dia 2 de Março lá temos que vencer o Benfica, novamente no Estádio que mais alegrias nos dá: o da Luz.
E porque, é bem verdade, que não há duas sem três, vamos lá vencer outra vez.
Até ao Jamor, Beira-Mar.

Sorteio da Taça de Portugal

É hoje. Pelas 11 horas tem início, na sede da Federação Portuguesa de Futebol, o sorteio dos quartos-de-final da Taça de Portugal.
Claro está que me fiz acompanhar do meu guarda-chuva. O meu célebre e talismã guarda-chuva amarelo com o símbolo do meu Beira-Mar. Vai-me acompanhar até ao Jamor; até esse dia em que o meu clube irá erguer, pela segunda vez, a mágica Taça tão especial do futebol português.
Que a sorte esteja com o meu Beira-Mar!

terça-feira, fevereiro 01, 2005

"O dever é uma coisa muito pessoal; decorre da necessidade de se entrar em acção, e não da necessidade de insistir com os outros para que façam qualquer coisa"
Madre Teresa de Calcutá

Campeonato distrital de basquetebol - Iniciados Masculinos - 3.ª Jornada

BEIRA-MAR, 43 - Senhorinhense, 45 (AP)

Começo pela parte emocionante e a única que nos deu alguma alegria! Quando o apito soou para o final da partida, o meu atleta António lançou a bola a uns bons sete metros. Estávamos a perder por três e algum público já abandonava o velhinho pavilhão do Beira-Mar. Um triplo fantástico, quando ninguém acreditava, e levámos o jogo a prolongamento. Mas foi injusto. Tremendamente injusto. Nada fizemos para merecer esta benesse da sorte. O Senhorinhense mereceu ganhar, com toda a justiça.
Sinceramente, não percebo esta insistência de falhar, por parte dos jogadores, no momento decisivo! Lançamentos precipitados; clamorosas falhas de cestos fáceis; passividade no ressalto. Estamos a ter um comportamento igual aos jogadores de futebol. Ganhamos fora (Ovar) e perdemos os dois jogos em casa (Illiabum e Senhorinhense). Eu sei onde falhámos. Sei perfeitamente onde cometemos os erros mais graves. Mas isso fica para a conversa que eu e o Ricardo Brito vamos ter logo, no treino, com os jogadores. Eles têm que assimilar, acima de tudo, que o jogo tem o seu início mal entramos no pavilhão para vestirmos o equipamento. A concentração tem que começar logo ai. Temos o dever de fazer mais e melhor.