O que tem a dizer, caro Evangelista?

Pego na edição de hoje do Diário de Aveiro e leio que a Comissão Administrativa pagou, de uma só vez, os salários a jogadores, equipa técnica, funcionários e ex-trabalhadores das piscinas.

A notícia é complementada com o facto dessa operação financeira ter exigido um esforço na ordem dos 100 mil euros. É verdade, 100 mil euros para assumir compromissos devidos e de direito a quem trabalhou para o ganhar.

Perante isto, apetece-me perguntar: o que tem a dizer caro Joaquim Evangelista? Se em tempo de crise é célere a chamar, sobre si, as atenções por que não o faz agora, dando o Beira-Mar como um bom exemplo a seguir? Estas questões que coloco não significam, de modo algum, que tenha subjacente uma crítica ao seu comportamento, mas tão somente uma chamada de atenção para o modo como a actual Comissão Administrativa está trabalhar em prol da estabilidade e dignidade de um clube que faz amanhã a bonita idade de 88 anos.

Resta-me deixar dois desejos: um feliz Ano Novo de 2010 e que cada clube encontre um António Regala para o liderar.

Família

Acredito que o actual plantel do Beira-Mar seja em termos de união, humildade, coesão, determinação e objectividade, é o melhor dos últimos anos.

Para além disso, o timoneiro é um líder capaz de voos bem mais altos. A avaliar pela voz do capitão, estou certo que 2009/2010 será para sempre recordar.

Porque é Natal

Aos de cá e aos de lá; aos desportistas e não desportistas; a todos, sem excepção, fica aqui o meu profundo desejo de um Santo e feliz Natal.

Sérgio Loureiro

Curvo-me...

... perante ti, oh! grande SC Beira-Mar, campeão nacional de inverno da Liga Vitalis, 2009/10.

Traz outro amigo também

Amigo

Maior que o pensamento

Por essa estrada amigo vem

Por essa estrada amigo vem

Não percas tempo que o vento

É meu amigo também

Não percas tempo que o vento

É meu amigo também

Em terras

Em todas as fronteiras

Seja benvindo quem vier por bem

Seja benvindo quem vier por bem

Se alguém houver que não queira

Trá-lo contigo também

Se alguém houver que não queira

Trá-lo contigo também

Aqueles

Aqueles que ficaram

Em toda a parte todo o mundo tem

Em toda a parte todo o mundo tem

Em sonhos me visitaram

Traz outro amigo também

Em sonhos me visitaram

Traz outro amigo também

(Zeca Afonso)

Prudência

Tem sido positivo o percurso do Beira-Mar. Quando à segunda jornada, com duas derrotas, não havia razão para alarme, também agora, posicionado em lugar de subida, não se pode entrar em euforia. Nada ainda foi conquistado, porque o mais difícil está para vir.

Passo a passo, a escalada tem sido segura e firme. Sem vir a terreiro reclamar objectivo de promoção à Liga principal, aquilo que sempre se ouviu dizer, do balneário para fora, foi que a ambição passaria por andar pelos lugares de cima. E isso está a ser conseguido.

O mérito não se esgota apenas e só no plantel. Deve ser dividido pelos funcionários e directores. Tem faltado, apenas, um apoio dos adeptos em maior número. Sendo certo que nem só o futebol merece ser apoiado, também não deixa de ser verdade que é este desporto a bandeira do clube.

Por isso, e porque estas linhas dizem respeito ao Beira-Mar futebol sénior, façamos um esforço e domingo marquemos presença, em massa, no apoio ao (ainda) vice-líder do campeonato. Pode ser, quem sabe, que o Natal e a passagem de Ano sejam festejados com o Beira-Mar em primeiro lugar. Se assim for, prudência, muita prudência nas comemorações porque a meio do percurso ninguém é vencedor.

A perfect script

Bobby Robson, esse genial treinador que passou por Portugal, disse, no final de um Sporting-FC Porto, que os portistas venceram por 1-0, em Alvalade, e que, por via disso, sagraram-se campeões nacionais, que tinha assistido a um «perfect script». Traduzido à letra, o jogo tinha sido uma espécie de guião perfeito uma vez que foi o Sporting de Sousa Cintra o único clube a despedir sir Bobby Robson.

Transportando as palavras de sir Robson, bem se pode dizer que o triunfo do Beira-Mar, orientado por Leonardo Jardim, diante do Gil Vicente, presidido por António Fiúza, podia ter sido mais um «perfect script».

O Gil esteve a ganhar por 0-1, mas uma segunda parte fenomenal do Beira-Mar resultou num triunfo aveirense por 2-1. Para tornar a peça à boa maneira de Alfred Hitchcock, o segundo golo beiramarense foi alcançado já no último minuto do desconto de tempo e na sequência de um lance em que um jogador do Gil Vicente surge caído na área do Beira-Mar, sem motivo para qualquer falta, aliás.

A rocambolesca história da pré-época protagonizada por Leonardo Jardim e António Fiúza teve mais um acto: agora, o galo já tem que esticar o pescoço para ver o Beira-Mar a cinco pontos de distância.

Agonia aflitiva no futsal

De derrota em derrota, a equipa de futsal do Beira-Mar caminha a passos bem largos para o abismo fatal.
Ainda há bem pouco tempo o sonho da subida à primeira divisão estava bem perto de ser alcançado. Subiu-se à segunda nacional e já se vislumbrava com nova promoção.
Agora, vive-se o espectro de uma descida inimaginável aos distritais. Como que querendo confirmar o mau momento que o Beira-Mar atravessa, fui ver o encontro frente ao CRECOR. Fraquinho, muito fraquinho este Beira-Mar. Ideia de fio de jogo nem vê-la; vontade em campo nada; passividade no banco era total. O melhor, de facto, foi o resultado: «apenas» se perdeu por quatro de diferença.
Até quando esta agonia beiramarense?

Foi (demasiado) pesado

Terminou o percurso da equipa de basquetebol do Beira-Mar na Taça de Portugal.
Eliminar o Ginásio Figueirense seria um feito extraordinário, é verdade, mas, ao menos, esperava-se que a equipa de Matt Nover conseguisse dar luta e cair de pé.
Não fez nem uma coisa, nem outra. O resultado final (36-92) é demasiado pesado. Ainda antes do final do terceiro período, já eu via pessoas a abandonarem o «velhinho» Alboi.
Mas enfim, cá fica o meu aplauso à equipa. Na retina, o momento inolvidável da eliminação do Angra Basket.
A época, agora, centra-se no CNB1. É ai que recaem as nossas esperanças.