
O candidato falou. Falou de uma forma extensa, em entrevista, ao Diário de Aveiro. São duas páginas, na edição de hoje, onde António Regala manifesta a sua intenção de se candidatar ao cargo de presidente do Beira-Mar. Coloca, é certo, algumas (poucas) premissas para avançar, mas valha a verdade são condicionantes fáceis de ultrapassar.
A venda de Kanu, e consequente entrada de dinheiro fresco, alivia os piores receios. E porque é bancário, com longa experiência no ramo, Regala, sendo eleito, saberá gerir estes quase 350 mil euros que ai vêm.
Mas Regala disse mais. Disse muito. Foi um político na verdadeira acepção da palavra. Elogiou Mano Nunes, atribuindo-lhe um lugar num patamar alto da História do clube. E classificou de cordatas as relações com Artur Filipe e companhia. Neste quadro pintado a cores bem garridas, Regala dá conta do bom relacionamento com a autarquia aveirense.
O agora assumido candidato, que não vê como boa solução a implementação de uma SAD no clube, tem a segunda oportunidade de se tornar presidente do Beira-Mar. Com a principal equipa de futebol a protagonizar um excelente campeonato, sendo a colectividade cada vez mais ecléctica, Regala falou... e falou bem.
Em jeito de recado para o universo «auri-negro», urgente e imperioso seria haver união nesta família que nem é muito grande.