A opinião pessoal aqui postada pelo Francisco Dias, a quem agradeço pelo conteúdo e pela pertinência, características que fazem do (meu) capitão Francisco uma pessoa interessante de ouvir e
ler, levam-me a abrir um texto especificamente para o argumentar.
A questão das modalidades amadoras sempre foram, são e continuarão a ser motivo de discussão, no bom sentido, relativamente à sua existência e, quantas vezes, resultados obtidos.
Falar hoje no futsal, basquetebol, judo, natação, boxe ou ginástica é falar, precisamente, disso mesmo. De uma realidade actual. Mas, se recuássemos no tempo, teríamos que mencionar o Hóquei em Patins, a patinagem artística, o atletismo e o andebol. Ou seja, o ecletismo do Beira-Mar foi e ainda é uma marca característica e, ao mesmo tempo, identificadora do próprio clube.
O problema está, essencialmente, na sua sustentabilidade. E, na mesma linha de raciocínio, assegurar essa sustentabilidade, como refere, e bem, o Francisco Dias.
Vem isto, também a propósito, sobre o debate em torno das constantes dificuldades que as secções das modalidade amadoras (sobre)vivem. Não a vale a pena escondê-lo ou assobiar para o lado, fazendo de conta que não se vê e não se ouve. É esta realidade que convém começar seriamente a pensar em mudar… mudar este quadro existencial. «
A realidade de hoje é que, infelizmente, o futebol profissional tem vindo a retirar recursos financeiros que por direito próprio são das secções», diz o Francisco, com razão e, certamente, conhecimento de causa.
O pontapé de saída que dei, confesso que limitado à
blogosfera e à minha humilde pessoa, passa por trazer à discussão pública a continuidade de todas as actuais modalidades amadoras, debaixo do guarda-chuva, carregado de buracos, da modalidade-mãe, aquela que o Francisco diz que «
obrigatoriamente terá que ser sempre uma prioridade».
Pergunto: por que não fazer um referendo interno aos sócios para saber qual a modalidade que deverá continuar em actividade? Uma, duas, três modalidades? Não sei! O número deverá ser definido de acordo com a sustentabilidade do clube e, mais importante que isso, as pessoas que se disponibilizam para lhe(s) dar um projecto/um rumo. Importante, logo de início, dotar a(s) secção(ões) de uma autonomia clara. Uma autonomia que permita à modalidade utilizar apenas e só os elementos identificados do Sport Clube Beira-Mar: emblema, cores e equipamento.
Dizer-se que com a construção do novo Pavilhão tudo poderá ser diferente. Não acredito. Primeiro, porque ninguém sabe quando é que o Pavilhão vai ser construído, onde vai ser construído e, reparem bem, se vai mesmo ser construído; depois, porque a haver pavilhão novo, a inércia é tão fácil de subsistir…
Na minha opinião, um clube não é grande pela quantidade… é-o pela qualidade.