segunda-feira, janeiro 31, 2005

"Aquele que se empenha a resolver as dificuldades resolve-as antes que elas surjam. Aquele que se ultrapassa a vencer os inimigos triunfa antes que as suas ameaças se concretizem"
Sun, Tzu

O SUCESSO DO BASQUETEBOL DO BEIRA-MAR
Este é um texto que há muito gostaria de escrever. É um daqueles artigos de opinião que são escritos ao sabor da emoção; do momento; do sublime prazer de ver o Beira-Mar glorificado e entoar as célebres e saborosas palavras de "campeões, campeões, nós somos campeões".
As juniores de basquetebol do meu Beira-Mar presentearam o clube com um título de campeão distrital. Um feito único e brilhante conquistado no velhinho pavilhão do Alboi. Que bonito foi ver todo o colorido espectáculo protagonizado pelas imensas pessoas que estiveram no pavilhão. Há muito que não via uma coisa assim.
Uma obra-prima protagonizada por uma equipa superiormente orientada por um treinador que vai coleccionando proezas atrás de proezas. O Armando Mouro está talhado para conquistar títulos.
Mas nesta hora de festejos, de saborear a doce sensação de ver o meu clube ser campeão, não posso, e jamais me perdoaria se fizesse, esquecer algumas pessoas que também elas, nos seus momentos, foram determinantes para que agora o basquetebol do Beira-Mar conquistasse um título de campeão.
Começo, se me permitem, pelo saudoso Alfredo Almeida. Um exemplo de verdadeira dedicação ao clube sem regatear esforços ou olhar a meios. Ele, que Deus o tenha a seu lado, viu-se confrontado com elevadas dificuldades mas na hora certa, socorrendo-se, quando necessário, das pessoas da sua confiança, soube resolver todas as tempestades que se abatiam sobre o pavilhão. Muito mais que um brilhante e inigualável director do pavilhão do meu clube, o saudoso Alfredo Almeida era um amigo de todos. As saudades que deixou.
O meu amigo Francisco Matos. No Domingo vibrou com aquele título como ninguém. Os seus olhos ficaram vermelhos fruto das teimosas lágrimas que não quiseram deixar de marcar presença. Ele sabe bem que foi determinante para a conquista deste troféu. Ele sabe o quanto fez para que esta equipa fosse constituída e mantida.
Da minha parte, e enquanto beiramarense, um sincero e sentido obrigado a estas duas pessoas incontornáveis na história do basquetebol do meu Beira-Mar.
E porque houve momentos em que a secção esteve mesmo a fechar portas, correndo inclusivamente o boato que já havia fechado, dois homens arregaçaram as mangas e mantiveram o basquetebol do Beira-Mar bem vivo. Tão vivo, que é campeão. Falo, obviamente, de João Mário Vasconcelos e César Fernandes. Que bem lhes fica esta conquista.
Uma palavra para aquele que eu considero como decano dos treinadores de basquetebol. O Carlos Bio, por onde passa, é claro sinónimo de sucesso. Um livro aberto de sabedoria. Para mim, é um privilégio aprender com ele.
A todos, o meu sentido agradecimento por permitirem ver o meu clube ser campeão. É bom e quero mais. Muito mais, também nas outras modalidades.

Um fim-de-semana agri-doce
Pois, se me permitem, começo pelo doce. Finalmente, campeões. Que festa bonita a que se viveu no velhinho pavilhão do meu Beira-Mar. A equipa junior feminina de basquetebol é campeã distrital. Três jogos, frente a Anadia, Colégio de Calvão e Gafanha, saldaram-se por três vitórias. Vibrei com este triunfo. Ainda hoje estou arrepiado. E mais bonito foi quando, no final do jogo, se ouviu o hino do clube cantado ao som da claque e do restante público.
Campeões, isso sim, e a alegria dos beiramarenses.

A parte agri. Que derrota, meu Deus. 0-3 frente a um desfalacado Nacional da Madeira. Depois do brilharete da Luz, este desaire triste, enfadonho, vergonhoso. Até quando, este sofrimento. Ainda bem que ao intervalo me vim embora. As juniores do basquetebol mereciam muito mais o meu apoio. Sinto-me triste e desiludido. Mas, não desisto. Até ao fim, para salvar o meu Beira-Mar. Temos que conseguir; vamos conseguir. Unidos e empenhados para salvar o Sport Clube Beira-Mar.

sexta-feira, janeiro 28, 2005

"E só quem bate palmas é do Beira..."
Fantásticos Ultras Auri-Negros

Este é um fim-de-semana de emoções fortes. Começa logo às 20 horas. Por favor, façam tudo por tudo para estarem no velhinho Pavilhão do Beira-Mar a apoiar as juniores na fase final de basquetebol. Pode acontecer história. Nunca, na vida do clube, fomos campeões de juniores femininos de basquetebol. Frente ao Anadia, temos que ganhar. Eu direi mesmo: vamos ganhar!
No Sábado, se Deus quiser, é a final. Fiquemos, desde já, com a certeza que vamos estar presentes a apoiar o BEIRA-MAR.

No Domingo, o objectivo é: derrotar o Nacional da Madeira. É imprescindível dar sequência à brilhante vitória alcançada no Estádio da Luz. Só a vitória nos interessa; é a vitória que vamos conquistar.
Todos juntos para apoiar o SPORT CLUBE BEIRA-MAR!

O resto da programação auri-negra, para este fim-de-semana alucinante, pode ser consultado no brilhante blogue dos Ultras Auri-Negros.

O herói da baliza beiramarense lança o desafio

"Acreditem em nós. Venham apoiar-nos"

Srnicek. Pavel Srnicek. É este o nome do valioso guarda-redes do Beira-Mar. As suas duas últimas exibições na SuperLiga, diante do Vitória de Guimarães e Benfica, tiveram o condão de colocar este herói checo nas primeiras páginas dos jornais. Qual delas a melhor? Por ter sido a mais recente e ter tido lugar no estádio de um candidato ao título e, importante, por ter sido decisiva na conquista de uma memorável vitória, a sua exibição frente ao Benfica salta de imediato à conversa. "O futebol em Portugal é discutido à volta dos três grandes clubes: Benfica, Sporting e FC Porto. Os outros só a muito custo são tema de discussão".
Mas esta semana que passou foi diferente. O Beira-Mar foi o centro de todas as conversas. Uma vitória importante, é certo, mas que ainda não foi suficiente para tirar o clube dos últimos lugares. Srnicek, conhecedor da situação, concorda mas sossega os adeptos. "Está a ser difícil. Não esperávamos estar, nesta altura, tão em baixo na classificação. Agora temos que olhar em frente e encarar os próximos jogos com espírito de vencedores".
Habituado que está à cidade de Aveiro, "é diferente dos outros países em que tive a oportunidade de viver; esta é uma cidade bonita com pessoas simpáticas", e ao Beira-Mar, "tive a oportunidade de vir para cá e encontrei um clube bom e simpático", Pavel Srnicek não decidiu ainda o seu futuro: "aquilo que é certo é que o meu contrato termina no final desta época. Existe a opção de ficar por mais um ano, mas vamos esperar para ver o que vai acontecer".
E como o futuro imediato passa por jogar, já nesta jornada, frente ao Nacional da Madeira, Srnicek lança o desafio, em forma de desejo, aos adeptos, "apareçam no estádio. Acreditem que é possível sair desta situação incómoda, porque nós também acreditamos. Venham apoiar-nos".

Memórias de um… Portugal - República Checa

O evento: campeonato da Europa de Futebol. O ano: 1996. O país organizador: Inglaterra. A eliminatória: quartos-de-final. O jogo: Portugal - República Checa. O momento: golo de Karel Porborsky. O comentário de Pavel Srnicek, na altura guarda-redes suplente da República Checa: "lembro-me que Portugal era, à partida, o favorito. Desde sempre que Portugal teve selecções muito fortes. Mas para aquela partida, nós estávamos muito empenhados. Queríamos vencer e seguir em frente na prova. Batemos, e bem, a selecção portuguesa com um grande golo de Porborsky. Foi, para nós, uma grande festa!"

Pavel Srnicek parece estar destinado a fazer história no Beira-Mar como um grande guarda-redes. Aliás, nos últimos tempos, a equipa aveirense tem-se dado bem com jogadores estrangeiros para aquele posto específico. O francês Palatsi e o galês Andy Marriot deixaram as suas marcas. Srnicek é natural da cidade de Ostrava, onde nasceu no dia 10-Março-1968 (36 anos). Com 92 kg e 1,88m de altura, Srnicek foi internacional checo em 49 ocasiões. Enquanto profissional, começou por representar o Banik Ostrava, os ingleses do Sheffield e Newcastle, a formação italiana do Brescia, regressou ao Reino Unido para defender a baliza do Portsmouth antes de se transferir para o Beira-Mar.
Com as cores "auri-negras" jogou 14 partidas totalizando 1.260 minutos. Foi admoestado com dois cartões amarelos.

"A moralidade é a melhor de todas as regras para orientar a humanidade."
Nietzsche, Friedrich
APROVEITAR A MORAL CONQUISTADA NA LUZ
Esta tem sido uma semana boa. Aliás, direi mesmo que tem sido uma semana excepcional. Verifico que no olhar dos beiramarenses a felicidade lhes invade a alma.
Isto de ver o seu clube do coração ganhar fora e logo a um grande é algo de mágico. Faz-nos sonhar, faz-nos pensar que afinal, quando queremos, somos mesmo bons.
Escusado será descrever a imensa alegria que tenho vivido desde Sábado quando terminou o encontro Benfica vs Beira-Mar. A minha alegria tornou-se, confesso, incontrolável. As amarguras que vamos sofrendo, por esta ou por aquela razão, deixou, pura e simplesmente, de existir. Vale a pena, vale mesmo a pena sofrer pelo Beira-Mar. Porque nestas horas de vitórias, tudo o resto pura e simplesmente passa à história.
Mas, atenção: vencemos, de facto, uma batalha mas a guerra ainda não acabou. Faltam algumas batalhas importantes até ao final do campeonato. Este jogo frente ao Benfica deve ser encarado como um alento para o futuro. Deve servir de estímulo e levantar, bem alto, a moral para levar de vencida, já neste Domingo, o Nacional da Madeira. Um adversário que é do nosso campeonato, tal como são o FC Porto, o Benfica, o Sporting, o Moreirense, etc. Temos que jogar, a duas voltas, frente a esses clubes. E como aqui não existem diferenças no número de atletas que entram em campo (serão sempre 11 contra 11) qualquer desafio deve ser enfrentado com espírito de vencedor. É assim, dessa forma, que o Beira-Mar deve entrar em campo: jogara para ganhar.
Paralelamente, os sócios e adeptos, aqueles que gostam do Beira-Mar e que sabem o quanto é importante manter o clube na SuperLiga, desempenham um papel preponderante. Porque somos nós que damos cor e vida ao Estádio. Cumprimos a obrigação de transmitir confiança e apoio aos jogadores. Eles sentem o nosso apoio como também sentem a falta dele.
Não foi só a simples conquista de três pontos na Luz que me fizeram acreditar que é possível sair desta situação ingrata. A forma diferente como o clube viveu o pós-jogo foi, por si só, determinante. Ao contrário da vitória no Dragão, não houve lugar à terrível e dispensável lei da rolha. Isto significa novas vontades e novas formas de encarar as pessoas depois de um salutar brilharete. O meu Beira-Mar é um clube aberto ao diálogo, receptivo aos comentários e capaz de acolher bem quem o procura. O meu Beira-Mar é um clube diferente, porque é moderno.
Importante é não nos deixarmos deslumbrar. Não podemos falhar, da mesma forma que falhámos quando perdemos em casa com o Moreirense (1-3). Vencer o Nacional da Madeira é possível. Eu, pessoalmente, acredito que, finalmente, estamos no caminho certo e vamos conquistar mais três pontos. E depois vamos a Barcelos, recebemos o Vitória de Setúbal e por ai adiante. Sinto, dentro de mim, uma fé inabalável. Sinto que algo de bom vem a caminho…
Para a próxima semana quero continuar a ver os beiramarenses de sorriso bem aberto e viver feliz como tenho vivido estes dias.
Que se eleve, bem alto, o sublime desejo conquistador beiramarense!

quarta-feira, janeiro 26, 2005

"Evitar as superstições é uma outra superstição"
Bacon, Francis
Sou, confessadamente, um pouco supersticioso. E, às vezes, acontecem situações que me levam a acreditar nas suprestições. Reparem bem: hoje, como sabem, é dia dedicado aos jogos da Taça de Portugal. Apenas ontem se realizou o Nacional da Madeira, 3 - Boavista, 4. Como alguns de vós também já devem saber, sempre que é dia de Taça de Portugal faço-me acompanhar pelo meu guarda-chuva amarelo com o bonito símbolo do meu Beira-Mar. Como, felizmente, o meu clube ficou isento, e por isso mesmo tem já presença marcada nos quartos-de-final, não tenho comigo o guarda-chuva. Acontece que ao desfolhear o jornal "A Bola", na minha hora de almoço, reparei que o meu Beira-Mar não é, infelizmente, citado como tendo sido um dos vencedores desse digno troféu. Que o conquistou, de facto, em 1998/1999.
É caso para dizer: "eu não acredito em bruxas; mas que elas existem, lá isso existem".
Podem estar certos que vou continuar a fazer-me acompanhar do meu guarda-chuva-talismã. Até ao Jamor, na companhia do meu Beira-Mar.

"A beleza ideal está na simplicidade calma e serena"
Goethe, Johann
Ontem, como acontece à terça, quinta-feira e Sábado, houve treino da minha equipa. Coisa normal e sempre aguardada com ansiedade.
Sabe mesmo bem praticar desporto, ensinar os mais novos a jogar basquetebol com inteligência aliada ao prazer. Mas, aquilo que mais me encantou, o que me deixou fascinado e feliz foram os momentos antes do treino. Por norma, a descontração faz-se com lançamentos livres: ontem, no rescaldo do jogo Benfica vs BEIRA-MAR, ouvia-se o cantar de Beira-Mar, Beira-Mar, Beira-Mar. É algo de fantástico que nos toca tão fundo. Claro está que o treino decorreu ainda melhor. Aqueles miúdos já sentem o BEIRA-MAR como um clube tão deles e tão único.
Esta tem sido uma semana emocionante, quase única. E então se no Domingo vencer-mos o Nacional da Madeira, meu Deus, mais ninguém nos pára.
Como é bonito e bom ser do SPORT CLUBE BEIRA-MAR.

terça-feira, janeiro 25, 2005

"O verdadeiro herói é aquele que faz o que pode. Os outros não o fazem"
Rolland, Romain
O meu próximo trabalho, para o Diário de Aveiro, irá ser uma entrevista alargada a Pavel Srnicek. Propus esta entrevista ao editor de desporto do jornal que concordou de imediato. De facto, Pavel tem sido um verdadeiro herói. As recentes exibições para a SuperLiga, em Guimarães e na Luz, fizeram-no subir aos patamares mais altos do heroísmo beiramarense. Não é um jogador qualquer: foi internacional pela República Checa tendo marcado presença no Campeonato da Europa realizado em Inglaterra. O tal onde Portugal foi eliminado pela... República Checa!
Estou ansioso por conhecer melhor este guarda-redes de enorme qualidade.


"O pensamento é difícil de conter, leve, correndo para onde lhe agrada. Dominá-lo é uma coisa salutar, e depois de dominado ele procura a felicidade"
Dhammapada

Já tinha confessado, publicamente, o meu desagrado pela contratação de Luís Campos como treinador do meu Beira-Mar. Não é, de forma alguma, o treinador que mais me cativa. Luís Campos carrega consego o estigma de ter estado na descida de duas equipas, na mesma época, à segunda liga como foram Vitória de Setúbal e Varzim.
Enquanto pessoa, Luís Campos até pode ser um extraordinário homem. Certamente será bom conversador e educado para com os seus próximos (à excepção dos árbitros, como ele próprio confessou, exalta-se em demasia). Ao serviço do meu Beira-Mar, Campos conseguiu, penso eu, o resultado da sua vida: venceu o Benfica e na Luz. Quero acreditar, e desejo ardentemente, que esse brilhante resultado tenha sido o virar de uma página na sua carreira. A aprtir de agora, que o Beira-Mar conquiste uma série seguida de vitórias (Nacional da Madeira, Gil Vicente, Vitória de Setúbal e Marítimo) e Luís Campos passará a ser um treinador de grande qualidade.
A ajudar a vitória na Luz, está o facto de ter montado, com inteligência, uma estrutura táctica de equipa que "roçou a perfeição".
Para já, foi a primeira vitória de Luís Campos. O futuro "a Deus pertence".

segunda-feira, janeiro 24, 2005

"A glória apenas é um bem quando somos dignos dela"
Buffon, George
...e foram todos dignos dessa brilhante e desejada glória. Desde jogadores, a sócios e adeptos. Os que foram a Lisboa, e os que ficaram em Aveiro. Mas também, nesta hora, não me esqueço de quem por todo o nosso país gosta do Beira-Mar e aqueles que estão no estrangeiro e que viveram, certamente, com grande orgulho o Benfica, 0 - BEIRA-MAR, 2.
Sabe mesmo bem vencer o Benfica. Como deve ter o mesmo sabor derrotar o FC Porto, o Sporting e... o Nacional da Madeira. Que bom seria que os jogadores tivessem a mesma atitude, disponibilidade e espírito vencedor quando pela frente lhes aparecesse um adversário de menor craveira e que o jogo não fosse transmitido em directo pela televisão.
Se assim fosse, a esta hora estariamos a olhar para baixo e não tão para cima na tabela classificativa.
Entretanto, vou saboreando a brilhante vitória conquistada em plena catedral benfiquista.
N.B.: informo que voltarei a estar na biblioteca municipal de Aveiro, hoje, a partir das 17h 45m. Estou disponível para qualquer esclarecimento seja com quem for.

"Escolher o tempo próprio é ganhar tempo"
Bacon, Francis
COMUNICADO

Amigos beiramarenses:
os últimos dias têm sido profícuos em desenvolvimentos importantes para a vida do nosso clube.
Esta não tem sido uma temporada desportiva fácil. Não estávamos habituados a ver a equipa ser fustigada com tantos contra-tempos, como sejam derrotas, mudanças de equipa técnica, alegados comportamentos duvidosos de atletas, despedimentos de jogadores e, importante, descontentamento dos sócios que não toleram tais situações.
A recolha de assinaturas, com base numa carta dirigida ao presidente do conselho geral, foi vista, por mim e felizmente por todos os que privilegiam e reconhecem o diálogo democrático, como um veículo importante para que a direcção tomasse conhecimento de todos os pontos que nos preocupavam. Jamais serviria para a sua demissão. NUNCA tal me passou pelo pensamento.
Entretanto, o apelo de união lançado pelo presidente revelou-se essencial. De realçar o facto de que esta união é necessária, não só nos maus mas também nos bons momentos.
A vitória no Estádio da Luz servirá, estou certo, para relançar a equipa para exibições bem mais dignas e consequentes conquistas das indespensáveis vitórias.
Desse modo, fica "suspensa" a recolha de assinaturas. Guardarei as cerca de 70 assinaturas que sem qualquer esforço consegui recolher.
Sendo certo, porém, que na próxima assembleia geral do nosso clube transmitirei as preocupações constantes no documento que serviu de base à recolha das assinaturas.
Todos juntos, conseguiremos ajudar o Beira-Mar a permanecer na SuperLiga.
Viva o Sport Clube Beira-Mar!

sexta-feira, janeiro 21, 2005

"A única coragem é falarmos na primeira pessoa"
Adamov, Arthur
Por motivos de ordem pessoal, é-me completamente impossível estar presente, hoje, na biblioteca municipal de Aveiro no período compreendido entre as 17h 45m e as 19 horas.
Fica a promessa de continuar a marcar presença no local e à mesma hora na próxima segunda-feira.
Amanhã, acompanharei os ultras auri-negros rumo a Lisboa com a firme convicção de voltar a viver uma noite mágica igual à do passado dia 2-Novembro-2003 (não me canso de repetir esta data)!
Votos de um bom fim-de-semana «auri-negro» aos verdadeiros beiramarenses.

"Todo o homem recebe duas espécies de educação: a que lhe é dada pelos outros, e, muito mais importante, a que ele dá a si mesmo"
Gibbon, Edward
Tenho lido todos os comentários que vão sendo colocados nos meus post`s. Peço aos intervenientes que, por favor, moderem o tipo de linguagem. Exijo respeito pelo Sport Clube Beira-Mar. Não se esqueçam que este é um blogue onde muitos adeptos têm vindo visitar. Não gostaria que passasse para fora a imagem de um Beira-Mar onde os seus sócios e adeptos fossem vistos como "uma cambada de arruaceiros". Porque, de facto, não somos.

Ontem tive a oportunidade de assistir à conferência de imprensa de Beto, Jorge Silva e Luís Campos. Notei, em todos eles, um estado de espírito revelador de que querem ir à Luz jogar o jogo pelo jogo com moderação e ordem. Segundo li no blogue dos Ultras Auri-Negros, estão esgotadas as inscrições para a viagem a Lisboa. Dá-me a firme sensação que algo de bom se vai passar amanhã à noite. Para mim, amanhã é dia de relembrar 2-Novembro-2003.

quinta-feira, janeiro 20, 2005

"A liberdade custa muito caro e temos ou de nos resignarmos a viver sem ela ou de nos decidirmos a pagar o seu preço"
Martí, José
REVIVER O BONITO SONHO
Recordo-me bem da última deslocação do meu Beira-Mar ao novo Estádio da Luz. Aliás, quem é que não se lembre desse dia 2 de Novembro de 2003? E para quem não teve a oportunidade de estar presente, certamente viu pelas imagens televisivas em directo ou ouviu nas muitas emissoras de rádio que transmitiam, ao vivo, aquele que ficaria na história como o primeiro jogo oficial da catedral benfiquista. O primeiro golo até foi encarnado. Simão Sabrosa conseguiu colocar meio Portugal a vibrar com o feito histórico. A vitória, certamente, não iria fugir. Ao intervalo o conjunto orientado por Camacho vencia e, para alguns, até convencia um opositor de nome… Beira-Mar. Os mais optimistas já faziam previsão à forma como iriam escrever a primeira página do novo Estádio da Luz.
Mas no segundo tempo é que foi o bom e o bonito. Sem nada a provar fosse a quem fosse; sem ter qualquer receio de explanar todo o seu potencial futebolístico; com dignidade, personalidade e grande espírito de entre-ajuda, o tal Beira-Mar deu a volta aos acontecimentos e venceu com… lógica o seu opositor. Foi uma noite de futebol das mais bonitas que tive oportunidade de viver e assistir. Eu juro que jamais esquecerei aqueles longos e frenéticos 90 minutos. Ficaram, para toda a eternidade, guardados na minha memória. Um momento épico e de elevada categoria auri-negra. Como também ficaram na história as palavras de António Sousa, no final do jogo: "demos 45 minutos de avanço ao Benfica". Assim, sem mais, nem menos!
Não se pense que alegria ficou registada apenas e só no monumental Estádio da Luz. A viagem de regresso a Aveiro foi outro momento inolvidável. A claque Ultras Auri-Negros proporcionou momentos de boa disposição, onde imperavam os cânticos de apoio ao Beira-Mar. Aquela era a noite perfeita amarela e preta.
Depois, bem depois foi o ponto alto. A tradicional paragem na estação de serviço. Se a memória não me falha, foi na Mealhada. Estivemos largos minutos a comer, beber e a comentar e comemorar a histórica vitória do nosso Beira-Mar. De repente, viu-se ao fundo a chegada do autocarro que transportava jogadores, treinadores e dirigentes. Mal entraram no bar, uma estrondosa salva de palmas aos nossos heróis da noite; o cantar Beira-Mar; o "arrepio-de-espinha" que me percorreu pelo corpo. Eu só queria, só desejava que aquele momento não acabasse ali, naquela altura. Era tudo tão perfeito. Um belo quadro pintado por Dali; uma perfeita letra de canção escrita pelo mais competente cancionista. Que saudades, meu Deus!
Este ano, vou voltar à Luz. Vou reviver, se Deus quiser, o mágico momento vivido no incontornável dia 2 de Novembro de 2003. Vou, pelo meu Beira-Mar.

Esclarecimento: li, com a devida e merecida atenção, a carta aberta do presidente Mano Nunes. O seu apelo à união, nesta hora difícil, é de realçar. Pedi-lo, a título pessoal, mostra que essa união é mesmo necessária e imprescindível. Aliás, desde há três anos que o venho fazendo. Com a diferença de que o faço também nas horas boas e não só nos momentos mais complicados. E porque a determinada altura faz referência a um ser vivo, que não racional pelo que não pode ter sanidade mental, fui confrontado com essa alusão como sendo o seu destinatário. Procurei esclarecer-me, junto do presidente, se era de facto eu. A sua resposta deixou-me sossegado e tranquilo. Afinal, quem tanto escreve pela nobre e legítima causa auri-negra jamais poderia ser alvo de injustas críticas. Com a particularidade, para mim muito importante, de não estar a mando de quem quer que seja.
A minha liberdade intelectual preservo-a como um valor incalculável.

"O fruto de cada palavra retorna a quem a pronunciou"
Shakur, Abu
Ontem, fui ao encontro do presidente Mano Nunes. Quis esclarecer algumas dúvidas que se me pairavam no pensamento. Fiz em consciência comigo mesmo e para que não cometesse qualquer erro fruto de um estado de espírito mais alterado. Afinal, quem é que não se sente quando se é filho de boa gente?
Evidentemente que não vou tornar público o teor de uma conversa que inicialmente estava prevista para ser rápida mas estendeu-se para além de uns bons 20 minutos. E só não ficámos mais tempo a conversar porque o presidente tinha compromissos inadiáveis e eu tinha a mulher da minha vida à minha espera no carro (desculpa, por te estar a fazer sofrer tanto com aquilo que vão escrevendo sobre mim no meu blogue!)
Voltando ao meu encontro com o presidente, encontrei um homem cansado, um pouco amargurado com certos intervenientes que, curiosamente, apareceram ontem no jornal "A Bola". Mas, ao mesmo tempo, vi, olhos nos olhos, um Mano Nunes extremamente empenhado em manter o Beira-Mar na SuperLiga; motivadíssimo para encorajar os jogadores e adeptos a acreditarem que é possível. Senti, por momentos, que estava a travar a batalha de uma vida. Confesso que se o Beira-Mar ficar na SuperLiga deve-se, em grande parte, a ele, aos jogadores, sócios e adeptos. E é nesta hora, de facto, que devemos estar juntos.
Como é evidente, discordamos em muita coisa. Somos dois homens com pensamentos definidos. Em transmiti-lhe as minhas ideias; ele expôs as dele; ficámos os dois a entendermo-nos muito bem.
Saí do encontro satisfeito. Gosto de esclarecer as minhas dúvidas com as pessoas que dão a cara e são sinceras.

quarta-feira, janeiro 19, 2005

"A vingança é salutar ao carácter; dela brota o perdão"
Greene, Graham
No treino de ontem, fiquei a saber que Sábado há a forte possibilidade de fazer um jogo-treino com o Illiabum. Vem mesmo a calhar. Como este fim-de-semana havreá paragem no campeonato distrital de iniciados, um jogo-treino serve perfeitamente para manter os índices competitivos.
E depois, é logo frente ao Illiabum. Ou seja, a equipa que nos derrotou no último fim-de-semana. Para meu gaúdio, esta partida será realizada em Ílhavo. Maravilha, das maravilhas. A vingança serve-se fria; na casa deles vamos, de uma vez por todas, mostrar quem sabe jogar básquete.
Diginificaremos o Sport Clube Beira-Mar dentro de campo e respeitando as regras do fair-play.

"O sonho comanda a vida"
Martin Luther King, esse ícone da igualdade de direitos entre raças, certo dia fez um discurso cujo título era "I have a dream". Um sonho que poucos anos mais tarde se tornou realidade. Mesmo que para isso, King tenha pago com a sua própria vida. Certamente que Martin Luther King, durante a sua cruzada, tenha recebido ameaças de vários quadrantes. Desde brancos a pretos. Os vendilhões são assim! À mínima promessa de uma simples moeda, por mais pequena que seja, são capazes de fazer tudo, incluíndo sujar as próprias mãos com o sangue dos outros.
Homens como Luther King, ou até mesmo Nelson Mandela sempre foram um exemplo para mim. Porque eles representam a grandeza do seu povo e deles mesmos; porque sonhavam que os seus fossem grandes entre os grandes e soubessem respeitar os próximos sem baixar de nível. Apelavam ao diálogo para que se visse a luz da solução quando verificavam que as suas nações optavam por caminhos tumultuosos.
Que eu me lembre, nunca ninguém ouviu de Martin Luther King nem de Nelson Mandela palavras que incentivassem o derrube dos governantes. Pessoas de grande nível são assim mesmo: preferem o diálogo em detrimento de levantamentos populares. Hoje os Estados Unidos da América e a África do Sul são grandes nações, respeiradas pelos seus pares. Com alguns problemas internos, é certo, mas onde o diálogo e a igualdade entre todos são dois valores sagrados.

terça-feira, janeiro 18, 2005

"Os homens só serão grandes, se estiverem realmente decididos a sê-lo"
Gaulle, Charles de
Havia muita coisa sobre a qual me apetecia escrever. Desde a derrota do meu Beira-Mar em Guimarães (e o que eu tinha para dizer!) até à carta aberta do Presidente Mano Nunes hoje publicada no Diário de Aveiro. Mas, por agora, julgo que não vale a pena. Tudo tem o seu tempo. Mais vale ficar calmo e refletir convenientemente. Quero, isso sim, desejar publicamente que a história da próxima jornada seja uma repetição daquilo que aconteceu na época anterior. Eu estive lá, na companhia dos Ultras Auri-Negros, na inauguração oficial do Estádio da Luz. O meu clube deu 45 minutos de avança ao Benfica. Mas uma segunda parte de luxo reflectiu-se numa vitória memorável. O meu Beira-Mar venceu o jogo e a festa foi emocionante. Jogadores que vieram ter com a claque para, num abraço colectivo, mostrarem a verdadeira união auri-negra. Fomos todos grandes, porque estávamos realmente decididos a sê-lo.
No regresso, paragem na estação de serviço da Mealhada e quando os jogadores chegaram, uma salva de palmas em uníssono tornaram aquele dia memorável. Que saudades, meu Deus!

segunda-feira, janeiro 17, 2005

"Cada um é criador do seu próprio destino"
Cláudio, Ápio

Campeonato distrital de iniciados masculinos - Grupo III - 2.ª jornada
BEIRA-MAR, 52 - Illiabum, 62
Não estava nada à espera de perder este jogo. Depois da brilhante vitória alcançada em Ovar, pela mesma diferença de 10 pontos, contava sair vitorioso neste desafio. O certo é que fizemos um primeiro período muito aquém daquilo que sabemos. Assumo por inteiro esta derrota. Calculei mal as minhas previsões. Apostei em colocar o melhor cinco no primeiro período para fugir no marcador, mas as contas saíram-me furadas. Os meus jogadores, mesmo assim, foram bravos.
Ao intervalo a derrota, para muitos, era mais que certa. Inclusivamente, um dos meus directores chegou a dizer-me: "Sérgio, já sabemos como vai ser o resto do filme. O melhor é rodares o banco". Quando fomos para o balneário, dei apens duas indicações tácticas. O resto foi trabalho a nível mental. Incuti-lhes um tal espírito de vencedor; fiz com que dessem o grito de vitória e nos terceiro e quarto períodos, meus amigos, de uma desvantagem de 21 pontos fomos buscar jogo e chegámos aos seis de diferença. Juro que acreditei na vitória. Os meus atletas foram uns heróis. Mas o cansaço começou a ditar leis. Do outro lado estavam atletas mais experientes e rodados. Para mim, os miúdos foram uns heróis.
Gostei dos comentários finais dos pais dos meus atletas: "parabéns, senhor treinador, valeu pela recuperação e emoção". Mas o que eu mais queria era a vitória.
Certo, certo é que dignificamos o Beira-Mar. Isso, para mim, era o mais importante.
Só mais um pormenor: o treinador adversário criticou-me por ter defendidi "à zona". Pura falsidade. A gravidade que houve no jogo foi ele ter feito substituições no primeiro e segundo tempo quando, segundo os regulamentos, isso não é permitido. Não lhe apontei esse pormenor. Estou ansioso pela segunda volta. Em Ílhavo, tal como disse aos meus atletas, é que vamos ver quem sabe jogar basquetebol.

sexta-feira, janeiro 14, 2005

"A medida de uma alma é a dimensão do seu desejo."
Flaubert, Gustave

Em busca da vitória, como valentes conquistadores
Amnhã é um dia importante para o meu Beira-Mar. Aliás, como vai ser no futuro, sempre que o meu clube jogar. Cada jornada deve ser encarada como uma verdadeira final na legítima ambição de reconquistarmos um lugar tranquilo na tabela classificativa.
Com a SuperLiga a chegar ao final da primeira volta e com a reabertura do mercado de transferência, os clubes procuram conquistar pontos em todos os estádios onde jogam e tentam reforçar os seus plantéis com jogadores de qualidade suficiente que lhes permitam alcançar os objectivos a que se propuseram no início da temporada.
Infelizmente, as equipas que vão na parte superior da tabela não me dizem nada. Isto porque ao meu Beira-Mar em nada lhe diz essa luta terrível, mas saborosa e sempre apetecível. O que me preocupa, e deve ser preocupação de todos os beiramarenses, incide essencialmente nos possíveis adversários na luta pela permanência.
Olhando para esse conjunto de equipas, verifico que do 6.º lugar (Vitória de Setúbal) ao 18.º e último classificado (Académica de Coimbra) distam 12 pontos. O Beira-Mar tem mais dois pontos que os de Coimbra com a vantagem de ter alcançado um empate na visita que fez à segunda maior cidade do centro do país.
Não querendo fazer uma análise exaustiva às qualidades das equipas que certamente lutarão ombro-a-ombro com o meu Beira-Mar, importa, isso sim, começar a ganhar jogos e apresentar uma muito melhor qualidade futebolística para que o futuro se revele bem mais risonho. Convenhamos que este campeonato irá ser um dos mais equilibrados e difíceis dos últimos anos. Logo, o primeiro a claudicar terá mais dificuldade em garantir a estabilidade.
Exibições como as que foram produzidas diante de Sporting de Braga e Sporting de Espinho, em nada beneficiam a esperança de ganhar jogos. É preciso melhorar muito mais. E o mais urgente possível. Estou certo que já amahã, no sempre difícil Estádio D. Afonso Henriques, o Beira-Mar dará início há mais que ansiada retoma no amealhar de pontos. Já por diversas vezes demonstrámos que somos capazes de dar a volta às situações mais melindrosas. Recordo-me que foi precisamente diante do Guimarães (no Estádio do Felgueiras) que, há duas temporadas, conquistámos a nossa permanência na divisão maior do nosso futebol, fruto de uma excelente vitória. Sinto que a história tende a repetir-se e que iremos vencer de novo o conjunto vimaranense.
Nas bancadas do Estádio, lá estarão os beiramarenses prontos para serem o indispensável e valioso 12.º jogador a que se juntarão todos aqueles que ficarem em Aveiro. Esta força, este querer e desejo de triunfar certamente se ligarão para que, no final, possamos fazer a festa e festejarmos uma vitória que significará o voltar ao trilho das conquistas.
Em terra do conquistador, os valentes jogadores auri-negros saberão vestir o uniforme de vitoriosos. Pressinto que a crise de exibições e resultados terminará já amanhã.
Em tempo: o sorteio dos oitavos-de-final da Taça de Portugal foi o mais benéfico possível para o meu Beira-Mar. Ficar isento significa ter presença assegurada nos quartos-de-final da prova. Isto quer dizer, também, que estamos à distância de apenas duas partidas de futebol para voltarmos, pela terceira vez, ao Jamor.
O meu apelo é para que tanto a direcção, equipa técnica como jogadores saibam merecer esta verdadeira benesse da sorte. Porque, estou certo, nós, sócios e adeptos, saberemos corresponder por esses Estádios nacionais onde o Sport Clube Beira-Mar se apresentará para jogar: rumo ao Jamor!

ÚLTIMA HORA
Há coisas que nos deixam estupefactos. Hoje fiz-me acompanhar do meu tão falado guarda-chuva amarelo, com o símbolo do meu Beira-Mar, e não é que em dia de sorteio da Taça de Portugal o meu clube ficou isento? Isto quer dizer que pelo menos já temos presença marcada nos quartos-de-final. Este guarda-chuva é, de uma vez por todas, um verdadeiro talismã. Faltam apenas dois jogos para estarmos presentes na festa do Jamor.
Estou feliz!

"O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente"
Gandhi, Mohandas
O internacional português Jorge Silva e o francês Ali são os últimos reforços para o meu Beira-Mar. Espero que demonstrem, em Aveiro, as capacidades de excelentes atletas que já demonstraram num passado não muito distante. Sobre Ali, recordo-me as grandes exibições que protagonizou quando era jogador do Gil Vicente. Aliás, foi a partir dai que deu o salto para o Boavista. Relativamente a Jorge Silva, confesso que nutro alguma simpatia por ele. Nos seus tempos aureos, soube assumir o comando do balneário boavisteiro quando Litos foi para Espanha.
Já agora, foco aqui aquele que me parece ser, neste momento, um dos grandes problemas do Beira-Mar. Dá-me a sensação, e perdoem-me se estou errado, que no balneário do meu clube falta uma voz de comnado. Sou admirador das qualidades humanas de Ribeiro e Filipe. Mas, em minha opinião, estes dois capitães não têm qualidades de liderança. São demasiado simpáticos e "macios" que os limitam a ter uma atitude mais firme, quando os momentos assim o exige. Sandro, que me parece ser um bom líder, tem-se limitado a fazer tratamento para recuperar da lesão arreliador que o impede de voltar a ser feliz onde ele mais gosta: no campo de futebol.
A grande asneira desta direcção, neste capítulo, foi ter deixado partir Fusco. Esse sim, demonstrou, deste a primeira hora, que sabia liderar um grupo e ter voz de comando no balneário. Nos treinos, era sempre o último a deixar o relvado; no balneário sempre primou por ser ele a "fechar a porta". Tenho muitas saudades de Fusco. Continuo a afirmar, que uma boa equipa começa de dentro para terminar cá fora, aos olhos dos sócios e adeptos.

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Para onde vais, Beira-Mar?
Duas exibições fraquinhas. Dois jogos que prolongam o sofrimento de quem gosta, de quem sente o Beira-Mar. Estamos a caminhar por trilhos horríveis que apenas servem para confirmar uma coisa: o meu Beira-Mar vai continuar a sofrer como jamais sofreu no passado. E para aqueles que se queixavam que não lutávamos por algo de magnífico, grandioso, sublime ou inesquecível, a minha resposta é só uma: vamos lutar pela dignidade de um clube que é o emblema mais representativo de Aveiro, da região Centro e um dos melhores de Portugal. Porque, infelizmente, parece-me que só resta essa luta.
E o que mais custa verificar é que a direcção, eleita democraticamente pelo universo dos sócios beiramarenses, assiste a tudo isto impávida e serenamente. Desculpem, meus senhores, mas o trabalho para o futebol tem sido mau de mais. Isto não é trabalhar para o bem do Beira-Mar. A isto eu chamo displicência para com uma comunidade beiramarense/aveirense que merece um clube melhor classificado na SuperLiga e que deixe, de uma vez uma por todas, de ser notícia pelas piores razões.
Tenham paciência, meus senhores, mas esta é a hora de eu desabafar. Há muito que tenho aguentado tamanho desnorte para com o futebol praticado pelo meu Beira-Mar. Perdoem-me ter que vos dizer isto, mas desde a atribulada saída de António Sousa que o Beira-Mar nunca mais foi o mesmo. Sou, na verdade, favorável a renovações, a projectos novos com fundamento e que beneficiem uma instituição. Agora, sou totalmente contra pactos escuros, que não foram discutidos os seus proveitos pelos associados que todos os meses depositam uma parte do seu salário para que o Beira-Mar seja cada vez maior. O acordo com o Stellar Group, que nós só tivemos conhecimento pelo Diário de Aveiro, nunca foi explicado em sede própria aos sócios; estas aquisições de jogadores como Paul Murray, Pablo Rodriguez, "Tanque" Silva, etc. revelaram-se um verdadeiro desastre. Mesmo que tentem justificar a boa parceria com o Stellar Group refugiando-se nas boas exibições de McPhee ou Pavel Srnicek responde-lhes que a obrigação é acertar em 100 por cento de eficácia e jamais abaixo dos 50 por cento. Ou seja, o engano foi maior em comparação com o acerto.
Mesmo assim, quero-lhes dizer que para alguém vestir a camisola amarela e preta é preciso ter coragem, dignidade e qualidades humanas tanto dentro como fora do campo. Isto vem a propósito das entrevistas dadas por ex-treinadores e ex-jogadores, mas também por análises feitas pelos jornalistas.
Ninguém sabe, por outro lado, as verdadeiras razões que se prendem com as auto-demissões de Mick Wadsworth, vindo pelo mão do Stellar Group, e de Manuel Cajuda, que se queixa de não lhe terem deixado trabalhar à sua maneira.
Esta está a ser uma época negra e decepcionante. Não estamos habituados a tão desolador quadro.
Uma vez mais peço desculpa pela pertinência, mas que raio de objectivo é esse de lutar pelo 10.º lugar? Ganharemos algo se ficarmos em 7.º, 8.º, 9.º ou 10.º? Não é mesma coisa ficar em 11.º, 12.º, 13.º, etc? Para quê esse objectivo tão inusitado e sem qualquer tipo de fundamento? Ainda se colocassem a fasquia para um lugar que desse acesso às eliminatórias da Taça UEFA, talvez o empenho dos jogadores dentro do campo e o apoio dos sócios e adeptos fossem diferentes, para bem melhor. Agora, lutar para ficar nos dez primeiros não lembra a ninguém.
E como este é um texto que serve de desabafo, digo-lhes, meus amigos, que a escolha de Luís Campos foi mais um tiro nos pés. Um desejo antigo do presidente? Onde é que eu já ouvi isto. Não era Wadsworth e/ou Cajuda desejos antigos? Nada tenho contra o homem, mas como treinador deixa muito a desejar. Ao verificar a equipa que apresentou frente ao Braga (com quatro defesas centrais, sendo que um na posição de trinco e dois defesas direitos como são Rui Óscar e Ribeiro, tendo deixando dois avançados no banco) deu para ver qual é o nível de exigência de Luís Campos. Muito baixo. Demasiado baixo para um grande clube como Beira-Mar. E poderia, perfeitamente, questionar a razão da entrada do jovem Ladeira nesse jogo. Enfim, mau de mais para ser verdade!
Torna-se cada vez mais urgente que se tomem medidas eficazes que evitem males maiores. A única equipa que está abaixo de nós na tabela classificativa (Académica de Coimbra) foi a Vila do Conde, para a Taça de Portugal, impor-se por 2-0. Não serve isto também de sério aviso para o futuro do meu Beira-Mar?

"O homem é absurdo por aquilo que busca, grande por aquilo que encontra"
Valéry, Paul
Ao ler as primeiras crónicas do jogo de ontem (infelizmente, não estive presente no enfeitiçado Estádio) chego à conclusão que o Beira-Mar, uma vez mais, decepcionou o seu público. Tem sido assim, de há alguns meses a esta parte. Um estilo de jogo absurdo; um conjunto de jogadores que parecem cada vez conhcerem-se pior; um treinador... Bom, o melhor é não me alongar mais!
Valeu a passagem aos oitavos-de-final da Taça de Portugal. Foram grandes na vitória final. Mantenho intactas as minhas esperanças de acompanhar o meu clube ao Jamor, para o jogo do ano; do século. Uma final Beira-Mar frente a quem quer que seja. Desde que lá esteja o meu Beira-Mar.
A vida continua. Depois da sorte ter estado do nosso lado na lotaria das grandes penalidades, é preciso encontrar a sorte das grandes exibições para recomeçar a ganhar jogos. De repente, nem seque me lembro da última vitória. Estranho, mas é verdade!
N.B.: o meu guarda-chuva tem mesmo dado sorte. Sábado a minha equipa de inciados de basquetebol estreia-se em casa, frente ao Illiabum. Como, por esse motivo, não vou poder acompanhar o Beira-Mar a Guimarães, levarei o guarda-chuva para o Pavilhão. Pode ser que dê resultado.

quarta-feira, janeiro 12, 2005

"A confiança que temos em nós mesmos, reflecte-se em grande parte, na confiança que temos nos outros"
La Rochefoucauld, François
Hoje é dia de Taça de Portugal. O meu Beira-Mar defronta o vizinho Sporting de Espinho. Perante a actual situação, julgo que o desafio não vai ser fácil. Mesmo assim, acredito na capacidade de superação dos meus atletas. A jogar em casa (esta maldita casa, que cada vez mais parece estar enfeitiçada) temos a obrigação de levar de vencida os tigres da costa verde.
Tal como tinha prometido na passada eliminatória, disputada com o Paços de Ferreira do nosso Rui Dolores, voltei a trazer o meu guarda-chuva amarelo com o simbolo do Beira-Mar. Durante as eliminatórias da Taça de Portugal, faça chuva (obviamente) ou faça sol, este guarda-chuva irá sempre acompanhar-me. Até onde? Até ao Jamor, evidentemente!
N.B.: estou a pensar seriamente levar este guarda-chuva-talismã também aos jogos do campeonato. Provavelmente, não será má ideia!

terça-feira, janeiro 11, 2005

"O dever é a necessidade voluntária, a carta de nobreza de um homem"
Amiel, Henri
Tal como tinha prometido, apresento a minha proposta, aos associados do Sport Clube Beira-Mar, para que se dê um verdadeiro pontapé no marasmo que se vive no nosso clube. Relembro, porque é importante, que a realização da Assembleia-Geral Extraordinária visa apenas o diálogo e a necessidade urgente para que a actual direcção, eleita democraticamente por todos os sócios, possa tomar medidas eficazes a fim de evitar que o clube caia no abismo.
A assinaturas serão recolhidas às segundas, quartas e sextas-feiras, entre as 17h 45m e as 19h, na biblioteca municipal de Aveiro, onde me encontro a fazer um trabalho particular, ou, em alternativa, na sede da claque Ultras Auri-Negros, que fica no Bar do Pavilhão do nosso clube. Amavelmente, a claque aceitou aceder ao meu pedido para que os sócios lá se dirigissem.
O clube está acima de todos NÓS

Exmo. Sr. Presidente do Conselho Geral do SC Beira-Mar:

Os sócios abaixo assinados e identificados, numa iniciativa de participação activa na vida da instituição, vêm por este meio manifestar preocupação em relação ao actual momento do clube.
Deste modo, solicitam ao Conselho Geral do SC Beira-Mar que proceda às diligências necessárias no sentido de esclarecer algumas das questões consideradas fundamentais no presente e para o futuro do clube, manifestando a nossa disponibilidade para participar numa Assembleia-Geral Extraordinária, de acordo com o artigo 24.º, alínea b) dos Estatutos do Sport Clube Beira-Mar:

Futebol Profissional:
- Explicações válidas que justifiquem a actual classificação na Superliga; as sucessivas mudanças de equipa técnica; os processos disciplinares a atletas do clube e suas implicações; algumas das declarações à comunicação social proferidas por actuais e ex-dirigentes, ex-treinadores, actuais e ex-jogadores do plantel.
Ainda no âmbito do futebol profissional, exposição dos benefícios até ao momento do acordo com o Stellar Group.
Protocolo com a TBZ:
- Medidas concretas com vista à angariação de novos associados e benefícios para os actuais sócios.
- Relação com o Departamento de Marketing do SC Beira-Mar.
Protocolo com a EMA:
- Ponto de situação e posição a adoptar pela Direcção face a uma eventual permanência do incumprimento por parte daquela entidade.
Sede social:
- Ponto de situação, perspectivas de solução ou alternativas.
Novo Pavilhão:
- Ponto de situação e perspectivas.
Modalidades amadoras:
- Objectivos e apoios por parte da Direcção às seguintes secções: Basquetebol, Boxe, Judo, Ginástica e Natação.
Em relação ao basquetebol, actual enquadramento do SC Beira-Mar na Aveiro Basket, SAD.
Conselho Geral:
- Envolvimento deste órgão nas decisões mais importantes da vida do clube.

Antecipadamente gratos pela atenção dispensada,

Apresentamos a nossas cordiais Saudações Beiramarenses.

segunda-feira, janeiro 10, 2005

"A tristeza é um livro sábio que se tem no coração e que nos diz centenas de coisas - impede-nos de apodrecer como um cogumelo debaixo de uma árvore; pouco a pouco vai fabricando uma provisão de ensinamentos para a vida"
Slowacki, Juliusz
É um facto verídico que jamais sonharia que a podridão humana pudesse permitir que as pessoas tivessem comportamentos vergonhosos e de tão baixo nível que só equiparados ao mais mal-feitores da história humana. Mas, o ser humano deveria estar preparado para quando as mais ingratas e mesquinhas mentiras fossem ditas sobre ele, soubesse reagir com o devido saber e em perfeita consonância com a nobreza humana.
Costumo dizer que só me faz mal quem eu, realmente, quero. Aliás, se as falsidades escritas por alguns me fossem ditas pessoalmente, saberia esclarecer as pessoas que as dizem. Como o meu blogue é um espaço público e democrático, sinto-me na obrigação de prestar alguns esclarecimentos para elucidar, somente, quem me quer bem e que possam, por alguns momentos, pensar que essas terríveis mentiras pudessem, no mínimo, corresponder à verdade.
FACTO 1:
A) A minha relação com o SPORT CLUBE BEIRA-MAR é, em primeiro lugar, de sócio e adepto que vibra com as vitórias e sofre com as derrotas.
B) Sou, de facto, treinador da equipa de iniciados masculinos. A gratificação que recebo, de valor igual a todos os outros treinadores, sócios ou não, serve para compensar o combustível que gasto nas deslocações para os treinos e jogos. É verdade, utilizamos transporte próprio! Mesmo esse valor que recebemos tem que ser compensado com a apresentação de facturas. Ou seja, recebo uma verba irrisória mas tenho obrigatoriamente que entregar facturas naquele valor. Só a título de curiosidade, a verba que a secção de basquetebol do Beira-Mar tem destinada para cada treinador é a mais baixa de todas as equipas do concelho de Aveiro. Só o amor ao clube e à modalidade permitem que nós, treinadores, nos mantenhamos no Beira-Mar
Como "atalho de foice": estava, por opção própria, sem treinar quando me chamaram para o basquetebol. Aceitei o convite para que a modalidade não acabasse. Jamais foi por dinheiro!
C) A direcção do meu clube, pela qual tenho a melhor consideração, sempre esteve disponível para as minhas solicitações: entrevistas quando estavam de relações cortadas com o Diário de Aveiro; o engenheiro Alberto Roque aceitou, de pronto, ser meu orientador de estágio para a realização da minha tese de licenciatura; o presidente Mano Nunes abriu as portas do clube para que pudesse realizar o trabalho de campo para a realização da tese de licenciatura. Nunca, por nunca, pedi mais do que isto. O meu clube fez, por assim dizer, um trabalho de valorização académica.
FACTO 2:
O meu ingresso na função pública ocorreu no dia 1de Julho de 1998.
Relativamente à suposta "cunha" que tenha usufruido para esse ingresso tenho a referir o seguinte:
A) Sou, como sabem, militante do PPD/PSD. Na altura em que me candidatei ao meu actual emprego, o Partido político que liderava os destinos de Portugal era o PS, sendo primeiro-ministro António Guterres. Julgo que seja fácil de deduzir que daqui não levaria rigorosamente nada;
B) O aviso público de abertura para ingresso no meu local de trabalho, foi publicado no Diário de Aveiro no dia 8 de Junho de 1998. Fomos 10 candidatos sujeitos às provas obrigatórias para ingresso no serviço. Nenhum reclamou, no tempo necessário, a classificação final da qual fiquei em primeiro lugar.
C) Como devem calcular, para se ingressar na Função Pública é necessário, durante as provas de ingresso, a constituição de um juri. A homologação final foi assinada pelo representante legal do Ministério da Educação. Essa pessoa, que com o decorrer do tempo fiquei seu admirador pelas qualidades humanas e de liderança, é uma figura pública afecta a um Partido político da esquerda (no caso, Bloco de Esquerda). Pergunto: haveria lugar a "cunha" para um militante do PPD/PSD?

Lamento, profundamente, ter que prestar tais esclarecimentos. Mas como "quem não se sente, não é filho de boa gente" senti-me na obrigação de produzir tais considerações. Lamento, ainda mais, que quem fez tão mesquinhas e desleais afirmações, para com a minha pessoa, não se tenha dignado a vir ter pessoalmente comigo. Como é fácil esconder-se atrás de um computador.
Estes esclarecimentos foram prestados para preservar a minha honra e em consideração com todos os que me querem bem.
A terminar: desafio os sujeitos que tentaram denegrir a minha imagem a desmentir tudo aquilo que aqui escrevi. Dou como prazo o final desta semana. Já aqui fiz publicar o meu contacto telefónico e o meu e-mail. Se há coragem, desmintam-me!

"Aquele que sabe vencer-se na vitória é duas vezes vencedor"
Siro, Púbio
Ovarense, 31 - BEIRA-MAR, 51
Campeonato distrital de iniciados masculinos - Grupo III - 1.ª Jornada

Estou, ainda hoje, completamente fascinado com a exibição dos meus atletas. Parabéns a eles, ao João Mário Vasconcelos, ao César Fernandes, ao Carlos Bio, ao Ricardo Brito e ao BEIRA-MAR.
Depois de termos iniciado a época em Setembro; depois de termos feito mais de 40 treinos rigorosamente às terças e quintas-feiras e aos sábados; depois de tanto sacrifício, sabe mesmo bem começar o campeonato a vencer e logo fora, diante de uma equipa com provas dadas no sector da formação. Ainda hoje recordo que no início da temporada alguns dos atletas nem driblar sabiam; hoje, dois deles, já foram convovadas para os trabalhos da selecção distrital. Pragmático!
E que bem sabe recordar a exibição personalizada dos onze atletas que, vejam só, oito, repito, OITO deles ainda têm idade de minis. O aquecimento, para o jogo, foi simplesmente brilhante, a toda a prova profissional (se é que existe profissionalismo no basquetebeol do BEIRA-MAR). O Ricardo Brito e eu pura e simplesmente sentamo-nos no banco a observar, com um sorriso nos lábios, a forma como eles aqueciam. E só de saber que a secção esteve quase a fechar portas...
Bom, amanhã há treino. Vamos continuar a trabalhar para que no próximo Sábado, à tarde e no nosso pavilhão, saibamos dar continuade a esta vitória inicial.

sexta-feira, janeiro 07, 2005

"Somos totalmente responsáveis pela qualidade da nossa vida e pelo efeito exercido sobre os outros, construtivo ou destrutivo, quer pelo exemplo quer pela influência directa."
Montapert, Alfred
Aproxima-se o fim-de-semana que há muito aguardava. A minha equipa de iniciados masculinos, de basquetebol, vai estrear-se no campeonato distrital e logo frente à forte formação da Ovarense, em Ovar.
Ontem o treino não foi muito produtivo. Nota-se alguma ansiedade nos miúdos. As estreias têm, de facto, esta mística tão objectiva e clara. Fiz-lhes ver a responsabilidade que têm ao entrar no pavilhão coma camisola do Beira-Mar envergada. Disse-lhes que eles podem ser um exemplo para outros meninos que um dia desejem jogar basquetebol, no clube mais importante do distrito. Para mim, não está em causa a vitória. Quero que se divirtam e tenham prazer a jogar basquetebol. E como é bonita esta modalidade!
Cá para nós, até eu estou a sentir um nervosismo miudinho. Desejo ardentemente ganhar este jogo. Amanhã, às 10h 15m, temos o último treino. Nada táctco; vai incidir mais na mentalização para o jogo do dia seguinte.
Rezo para que seja um fim-de-semana em grande para as cores do meu clube. Em todas as modalidades. Tudo dentro do fair-play e sem que ninguém se magoe.

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Sempre que ergueres a cabeça acima das multidões, serás fatalmente invejado e criticado."
Autor desconhecido
Como já se devem ter apercebido, tenho sido alvo de violentos ataques que, ao contrário daquilo que pensam os seus autores, em nada demovem a minha determinação.
Quero, contudo, referir que o meu inabalável objectivo de solicitar a convocação de uma assembleia-geral extraordinária passa unicamente para que a direcção do meu clube justifique aos sócios todos os pormenores que envolvem a parceria com o Stellar Group, com a Câmara Municipal de Aveiro; a situação vigente nas modalidades amadoras, etc. O assunto que se relaciona com a situação actual do futebol profissional passa, na minha modesta opinião, para segundo plano, embora deva ser tratada. Não quero, nem admito que me liguem aos dois ex-vice-presidentes. Não os conheço e julgo, até, que foram extremamente inoportunos quando solicitaram a demissão da actual direcção. Estou e estarei solidário com a equipa liderada por Mano Nunes. Mas, e é bom que se saiba, que isso não significa que diga "amen" a todas as decisões tomadas por esta direcção. O julgamento dos actos da equipa liderada por Mano Nunes irá ser feito no ano que vem, por altura das eleições.
Acho uma cobardia latismável que certas pessoas não saibam separar os contextos quando trazem para este espaço o PPD/PSD, partido político do qual sou militante. Para mim, no Beira-Mar não existem diferenças políticas. Somos todos um só a lutar por um nobre objectivo: fazer do Sport Clube Beira-Mar um clube cada vez maior.
Se alguns se guiam pela inveja para com os outros, eu não levo a vida dessa forma. Não me movo por objectivos irresponsáveis. Sou um sócio, como muitos outros, que gosta imenso do Beira-Mar.

"O difícil não é subir, mas, ao subir, continuarmos a ser quem somos"
Michelet, Jules
Jogar para ganhar
O próximo jogo do meu Beira-Mar, frente à forte formação do Sporting Clube de Braga, encerra, em si mesmo, algumas particularidades dignas de registo.
A primeira é que este desafio representa a estreia de Luís Campos, e toda a sua equipa técnica, a liderar os destinos do meu clube. E para estreia, julgo que Luís Campos não poderia desejar um opositor melhor. É, reconhecidamente, um adversário difícil mas, convenhamos, acessível ao Beira-Mar. Digamos que o novo treinador tem uma oportunidade de ouro para entrar com o pé direito. E sejamos francos e honestos, seria importante que o clube vencesse para que esta animosidade à volta de Luís Campos começasse a perder alguma razão de ser.
Sobre isto, e em nome da lisura e transparência, gostaria de afirmar, publicamente, que Luís Campos não é um técnico da minha preferência. Digo-o com frontalidade e não me escondo atrás de falsos cinismos. Mesmo assim, e tal como disse a Mick Wadsworth, enquanto Luís Campos estiver à frente do meu clube será sempre o meu treinador. Desejo-lhe toda a sorte do mundo, porque se ele tiver sucesso é sinal que o meu Beira-Mar também carrega o gosto peso do sucesso.
Por outro lado, este jogo é o primeiro após a tradicional (e inconveniente pela duração, digo eu) paragem de festas. O Beira-Mar, convenhamos, não aproveitou esta paragem da melhor maneira. Rescisão extemporânea do acordo com Manuel Cajuda; ausência prolongada de vários atletas e chegada tardia do novo timoneiro que não teve o tempo suficiente para preparar a equipa. Deste modo, teremos a oportunidade de verificar até que ponto os jogadores estão devidamente preparados para defrontarem um conjunto que é do seu campeonato.
E que dizer das dispensas de jogadores como Pablo Rodriguez, Zeman e Levato, a par do processo disciplinar instaurado a "Tanque" Silva? Julgo que sobre esta matéria a direcção do meu clube tratou do assunto com dois pesos e duas medidas. Se Pablo Rodriguez nunca caiu nas boas graças dos adeptos, já Zeman (brilhante defesa-central) e Levato (não nos esqueçamos que já envergou a braçadeira de capitão) possuíam um elevado capital de confiança junto dos sócios e adeptos. Mantenho a minha opinião que estes dois atletas ainda seriam bastante úteis ao Beira-Mar. A vinda de Ricardo Silva para o lugar de Zeman, quanto a mim, não foi vantajosa para o Beira-Mar. Demoradamente está a contratação de um lugar para Levato.
Relativamente a "Tanque" Silva nota-se uma grande falta de dualidade. Também se ausentou do país sem autorização da direcção e só porque tem marcado golos (não tantos quantos um avançado deve marcar) foi-lhe apenas e só instaurado um processo disciplinar. A minha dúvida mantém-se: que penalidade irá sofrer quando terminar o processo disciplinar?
Bom, este é um conjunto de particularidades que pode, ou não, influenciar o bom rendimento da equipa no Domingo. De qualquer modo, apelo aos sócios e adeptos que na hora da verdade, quando o jogo começar estejam em grande número no bonito Estádio Municipal Mário Duarte para apoiarmos o nosso laborioso clube. Porque tal como diz a claque, e com toda a razão, "o Beira-Mar está acima de todos NÓS".
Não posso terminar esta breve reflexão sem deixar uma palavra de solidariedade para com o Paulino Silva. Julgo que a direcção, presidida por Mano Nunes, deveria ou melhor, tinha a obrigação de dar uma oportunidade ao Paulino. Tal e qual como fez quando abriu as portas a um técnico desconhecido e inexperiente como era António Sousa, e que mais tarde se veio a comprovar que se tinha tratado de uma excelente aposta, Mano Nunes e seus pares perderam uma grande oportunidade para lançar na alta-roda do nosso futebol um homem que para além de já ter mostrado provas evidentes de que é um bom técnico (grande desempenho, na globalidade, do Beira-Mar em Coimbra) mostrou, desde a primeira hora, uma grande lealdade e compromisso de honra perante o Sport Clube Beira-Mar. Um grande abraço de amizade ao Paulino.
Vemo-nos, todos em conjunto, no Domingo a gritar em uníssomo pelo nosso Beira-Mar.

"A vida contrai-se e expande-se proporcionalmente à coragem do indivíduo"
Nin, Anais
Ontem fui, como habitualmente o faço, à biblioteca municipal de Aveiro. Aliás, para que se conste, todas as segundas, quartas e sextas-feiras esse é o local onde me enontro entre as 17h 45m e as 19 horas. Ando maravilhado com a pesquisa que estou a fazer. Por outro lado, os funcionários da biblioteca, todos eles, são simplesmente fantásticos. De uma competência e simpatia incrível. Claro está que os funcionários, mal me veêm, a primeira pergunta é fulcral: "então, e o Beira-Mar?A minha resposta é pronta e imediata: "continuo a afirmar, tal como no início da época, que somos fortes candidatos a um lugar tranquilo"Mas se no início da temporada ainda me levavam a sério, chegando mesmo a afirmarem que provavelmente o Beira-Mar deveria ambicionar a algo mais, hoje quando dou a mesma resposta a reacção deles é através de um sorriso traquina e gozador. Enfim, contingências da vida. Da forma como as coisas vão evoluindo ora para melhor, ora para pior. No fundo, no fundo refugio-me no velho ditado: "quem ri por último, ri melhor!"
Bem sei que este não é o melhor momento do meu clube; que os últimos acontecimentos que envolveram a troca de treinadores; despedimentos e processos disciplinares a jogadores; entrevistas com agressões verbais mútuas; enfim, tudo factos negativos que em nada favorecem a que as pessoas confiem no meu Beira-Mar. Mas, que posso fazer? Eu sou assim acredito no meu clube, nas pessoas que gostam do meu clube. Sou um eterno crente no meu Beira-Mar. O que mais me custa é esta falta de diálogo; esta falta de esclarecimentos perante os sócios. Caramba, o que eu apenos desejo é que os dirigentes compareçam junto dos sócios e justifiquem esta parceria com o Stellar Group; estas inconvenientes mudanças de técnicos; estes castigos a jogadores. Será assim tão complicado que alguns aceitem que as pessoas conversem civilizadamente no local mais adequado para o efeito: a Assembleia-Geral? Ou vamos continuar a optar pelo "sistema" preferido de outros, que visitam o meu blogue, continuar a lavar de roupa suja em plena praça pública?
Deixei para último, mas porque os últimos são sempre os primeiros. As senhoras e meninas da biblioteca municipal dão beleza áquele espaço de cultura. Encanta-me profundamente conversar um pouco com elas.
N.B.: porque no Domingo temos um jogo importante e para vencer frente ao Sporting Clube de Braga, só na próxima segunda-feira, impreterivelmente colocarei ao dispôr dos sócios o requerimento para a convocação de uma Assembleia-Geral Extraordinária. Não desisto. Faço-o porque sinto que é um dever: "quando se faz aquilo que se pode, faz-se aquilo que se deve."Scudéry, Madeleine.

quarta-feira, janeiro 05, 2005

"O que vale a pena ser feito vale a pena ser bem feito"
Poussin, Nicolas
Para muitos, é um facto desconhecido. Para muitos outros, não: exerço, há algum tempo, as funções de treinador de basquetebol no meu Beira-Mar. Tudo começou pela simples razão de gostar imenso de basquetebol. Nos meus tempos de estudante no ensino secundário pratiquei este desporto com afinco. Recordo com saudade o título de campeão distrital; o quarto lugar alcançado no nacional e a presença na selecção distrital. Já estudante universitário, fiz parte da equipa da associação de estudantes da minha universidade. Enfim, sempre pude aprender muito com quem sabe. Como tive a clara percepção que enquanto jogador não seria uma mais-valia, optei por tirar o curso de treinador. Após o estágio realizado no Beira-Mar (e poderia ser noutro clube?) fui convidado, pelo meu amigo Carlos Bio, a ingressar no Esgueira. De pronto disse-lhe, educadamente, que não porque não me conseguia ver noutro clube.
Bom, mas isto são factos de menor importância. Aquilo que gostava de realçar é o trabalho de grande qualidade que está ser desenvolvido pelos responsáveis do basquetebol do meu clube: João Mário Vasconcelos e César Fernandes, com a indespensável ajuda do regressado decano dos treinadores: Carlos Bio (um poço de sabedoria na "sua" arte).
No início da presente temporada foi passada a mensagem, e com algum sucesso, que o basquetebol no Beira-Mar tinha acabado. De facto, um rol de situações desagradáveis sucederam na secção. Mas estes três homens meteram mãos à obra e não permitiram que o basquetebol acabasse. Hoje são cerca de 250 jovens que todos os dias dão cor, brilho e alegria ao velhinho Pavilhão do Beira-Mar. A cereja no topo do bolo vai ser a organização da fase final de juniores femininos no último fim-de-semana deste mês. Pela primeira vez na história do basquetebol feminino, o Beira-Mar foi campeão do seu grupo. Um feito notável, sem dúvida!
Neste Domingo, dia 9, o suplemente do Diário de Aveiro, dedicado ao Beira-Mar, irá publicar um trabalho sobre o basquetebol do clube. Peço-vos que leiam com a devida atenção.
Já agora, apoiem o basquetebol do Beira-Mar e todas as restantes modalidades amadoras.

terça-feira, janeiro 04, 2005

"O futuro é construído pelas nossas decisões diárias, inconstantes e mutáveis, e cada evento influencia todos os outros"
Tofller, Alvin
Sou, confesso, um autêntico devorador de bibliografias provenientes de agentes do desporto. Ora comprados, ora através de generosas ofertas (neste caso, a minha esposa esmera-se para que nada me falte e me mantenha actualizado), tenho em casa e já devidamente lidos os livros de Jardel, de José Mourinho, de Deco, do categorizado árbitro italiano Collina, as hilariantes crónicas do Zé Taxista (adepto do Benfica), do Visconde do Lumiar (fervoroso sportinguista) e da D. Bitória (indefectível portista), etc. etc.
Neste Natal tive o grato prazer de ler a magnífica bibliografia de Pinto da Costa "Longos dias têm 100 anos" (aconselho vivamente a lerem) e a épica conquista da Taça das Taças por parte do Sporting (escrito por José Goulão).
Também eu, com alguma vaidade, escrevi, com honras de publicação e edição por parte da Câmara Municipal de Aveiro, a história da Associação Desportiva de Taboeira. No prelo está uma obra (a menina dos meus olhos) sobre os Ultras Auri-Negros (desculpa Nuno Q. Martins, por estar a desvendar, um pouco, o nosso segredo).
Com tanta literatura, obviamente foram-me surgindo ideias que sonho um dia possam ser colocadas, por alguém, em prática no meu Sport Clube Beira-Mar.
Mas na minha memória está a história do Boavista. Se puderem, tomem conhecimento da fase em que o então capitão Valentim Loureiro pegou no clube, na altura em queda na III Divisão e a jogar num pelado, e fez dele campeão nacional.
Um dia, prometo, apresentarei o meu sonho para que, dignamente e com lisura, se possa fazer do Sport Clube Beira-Mar um grande entre os grandes. Ambição desmedida? Nada disso!, porque tal como disse Alexandre Pogosski, "é um bom soldado o que não aspira a ser general".

segunda-feira, janeiro 03, 2005

"Os grandes homens estão muitas vezes solitários. Mas essa solidão é parte da sua capacidade de criar. O carácter, assim como a fotografia, desenvolve-se no escuro."
Autor: Karsh , Youssuf
Um aglomerado de situações, durante o último fim-de-semana, fez-me pensar, seriamente, se valeria a pena, ou não, solicitar, a quem de direito, a convocação de uma assembleia-geral extraordinária no meu clube. Se é certo que em alguns momentos pensei em abandonar essa ideia, outros houve que não me deixaram desistir. Em conclusão, continuo com a intenção de levar esse objectivo até ao fim.
O que provavelmente faltou, e pelo facto me penitencio, foi explicar os motivos pelos quais desejo tal reunião magna. Todos nós sabemos que o Beira-Mar está a passar por um período difícil. Não é segredo para ninguém. Nos últimos tempos, o clube foi orientado por três treinadores e no próximo Domingo iremos estrear um novo técnico. Isto não é normal. Paralelamente, os jornais têm sido pródigos em notícias e entrevistas com actuais e ex-colaborados do clube. O motivo para tais reportagens prende-se com a dispensável instabilidade por que o Beira-Mar está a passar. Meus amigos, eu estou habituado a ver o meu clube a viver em paz e solidariedade entre todos. Só não sabe quem não quer que o clube caminha a passos largos para um retrocesso calamitoso. E o facto de eu achar, por bem, que se convoque uma assembleia-geral extraordinária não é, de maneira alguma, para colocar em causa a actual direcção. Nunca isso me passou pela cabeça. Sempre fui, e continuarei a ser, favorável a que os órgãos executivos devam durar até ao final dos respectivos mandatos. A direcção liderada por Mano Nunes têm-se revelado eficaz na forma como dirige os destinos do nosso clube. Mas, isso não quer dizer que sejamos obrigados a dizer "amen" a todas as suas directivas. E o protocolo assinado com o Stellar Group, peço desculpa a quem pensa o contrário, revelou-se desastroso e um fiasco. Receio que o Beira-Mar perca alguma autonomia perante esses ingleses.
Desse modo, julgo que mais importante do que ouvir o que Mano Nunes e seus pares têm para dizer numa assembleia-geral extraordinária, será eles tomarem conhecimento de tudo o que os sócios pensam e sentem sobre o nosso Beira-Mar. Haverá algum local melhor do que a assembleia-geral para o fazer? Será na praça pública a melhor forma de o fazer?
A terminar, trasncrevo o que Fernando Castro escreveu no meu blogue: "Sergio: És burro? jonalista? Sócio do nosso clube? Dirigente? FunciónÁri do Beira Mar? Pagam-te para escrever contra a direcção? Se tens coragem divulga o resustado deste teu pedidido de assembleia geral. Lembra-te que esta direcção é honesta! Meu caro, burro, julgo que não sou; jornalista, também não; sócio do beira-Mar, sou com muito gosto e orgulho; dirigente, não; funcionário, muito menos; prezo a minha liberdade intelectual para escrever o que penso com educação, sem receber um tostão; quando elaborar o pedido de uma assembeia-geral extraordinária terei todo o gosto e prazer em divulgar, em plena reunião, o resultado das assinaturas (para além das obrigatórias) a todos os que lá estiverem presentes. Será pecado querer reunir todos os sócios no meu local? Será algum crime lesa-prátia chamar os dirigentes para ouvirem os sócios no devido local?
Sobre as suas palavras, socorro-me de um autor desconhecido que dizia: "sabemos que o peso e qualidade das palavras não é o peso das coisas."
Aguardo os vossos importantes comentários!